CARNAVAL EM NATAL

terça-feira, 15 de abril de 2025

Hospital atualiza estado de saúde de Bolsonaro


 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, após uma cirurgia realizada no domingo (13/4) para tratar complicações abdominais. De acordo com o boletim médico divulgado nesta segunda-feira (14/4), o quadro clínico é considerado estável, com sinais de boa recuperação.

O procedimento, que durou cerca de 12 horas, teve como objetivo remover aderências intestinais — conhecidas como bridas — e reconstruir parte da parede abdominal. Essas alterações costumam surgir após cirurgias anteriores e podem provocar dores, obstruções e outros desconfortos.



Na nota divulgada pelo hospital, os médicos informaram que Bolsonaro está acordado, lúcido e sem apresentar dores, sangramentos ou outras complicações no pós-operatório. Ainda segundo o boletim, ele conseguiu se sentar no leito e deu início à deambulação assistida, ou seja, começou a se movimentar com apoio da equipe médica.

Essa é mais uma das intervenções médicas às quais Bolsonaro foi submetido após sofrer uma facada em setembro de 2018, durante a campanha presidencial.


Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução 


‘Fome Zero virou Come Zero’, diz Ciro Nogueira


 O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), foi ao seu perfil no Twitter/X criticar o governo petista. Em mensagem na rede social nesta segunda-feira, 14, Nogueira culpou a gestão de Lula da Silva pela redução no consumo de alimentos pelos brasileiros. O político faz referências diretas a uma nova pesquisa do instituto Datafolha.

O parlamentar, que foi ministro no governo de Jair Bolsonaro, destacou a redução de consumo de alimentos por parte de 58% da população. O resultado teria relação direta com os efeitos da inflação.

Ciro Nogueira: “Governo gasta mais, a população come menos”

“Enquanto o governo gasta mais, a população come menos. O Fome Zero do PT virou Come Zero”, escreveu Nogueira, referindo-se ao programa que o governo Lula criou durante o seu primeiro mandato.

A pesquisa do Datafolha, que abrangeu 172 municípios, revelou que oito de cada dez brasileiros mudaram a rotina para enfrentar a alta dos preços. Entre as mudanças, 61% deixaram de comer fora de casa, enquanto 50% optaram por trocar marcas de produtos, como café, por opções mais baratas.

Conforme o levantamento, 54% dos entrevistados acreditam que o governo Lula tem “muita responsabilidade” pela alta nos preços dos alimentos, enquanto 29% atribuem “alguma responsabilidade”. Apenas 14% afirmaram não considerar o Planalto responsável pela escalada dos preços.

Na quarta-feira 9, Nogueira criticou Lula por sua postura principalmente em relação à política tarifária que os Estados Unidos desenvolvem em nível global. Conforme Nogueira, Lula adota um discurso incompatível com a posição diplomática do Brasil. “Provocações e ataques em nada ajudam o Brasil. Pragmatismo, sim; populismo, não. O Brasil não pode ser covarde nem fingir ser mais forte do que é”.


Fonte: Revista Oeste

Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Café já fica atrás das grades em supermercados de São Paulo


 Café, bacalhau, picanha e azeite passaram a ser protegidos com grades, lacres e etiquetas antifurto em supermercados de São Paulo. O café foi o produto que teve maior alta no acumulado de 12 meses no último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A reportagem da Folha visitou 15 supermercados nas zonas sul, oeste e central da capital paulista, nos dias 11 e 14 de abril, e observou o fenômeno antifurto em unidades das redes Carrefour, Extra e Pão de Açúcar.

O Mini Extra do largo do Arouche e uma unidade do Carrefour Express no bairro da Saúde guardavam embalagens de café popular atrás de grades na prateleira —mas não as marcas mais caras ou as versões de cápsula. Os funcionários de ambas as lojas disseram que medida era para evitar furtos.

“Só hoje de manhã, duas pessoas já tentaram furtar os sacos de café. É muito constrangedor, porque a gente precisa parar e abordar os clientes”, disse um funcionário.

A rede Carrefour informou que a prática é comum para produtos de alto valor, e que o café se encaixaria nesta categoria. “É uma regra do varejo, nós só seguimos o mercado”, diz.

O Grupo Pão de Açúcar, dono das redes de supermercados Pão de Açúcar, Extra e Assaí Atacadista, não respondeu à Folha até a publicação desta reportagem.

A mais recente pesquisa Datafolha mostrou que quase metade dos brasileiros reduziram o consumo do café devido à inflação. Produto teve alta de 8,14% nos preços de fevereiro a março e de 77,78% no acumulado de 12 meses, segundo o IBGE.

Um promotor de merchandising da marca Pilão disse à Folha que, em uma das unidades do Extra no Grajaú, foram roubadas 300 unidades de café da marca, e que por isso o supermercado adotou os lacres antifurto.

“Uma época, não estavam nem abastecendo alguns supermercados, porque quanto mais abasteciam, mais roubavam. Pilão é mais fácil de roubar porque não é a vácuo e faz menos volume, é mais fininho, mais fácil de esconder.”

A JDE Peet’s, empresa dona das marcas de café Pilão, Caboclo, Damasco, Café Pelé e Café do Ponto, diz que as decisões relacionadas à exposição e comercialização dos produtos em loja são de responsabilidade exclusiva dos varejistas, e que não tem acesso a qualquer informação relativa aos índices de roubo nas redes varejistas.

Outros itens também têm sido alvos de proteção. Em duas unidades do Pão de Açúcar na zona sul, bacalhau, picanha, azeite e bebidas alcoólicas estavam com lacres. Um Mini Extra da região vendia azeites e bebidas em locais fechados perto dos caixas. Já em redes como Dia, Hirota Food e Oxxo, nenhuma proteção foi observada.

“Tem que lacrar mesmo, porque tem muito furto e está muito caro. Não é porque o mercado é mais elitizado, é em qualquer mercado que está caro”, diz o empresário Giovani Ribeiro, 32, que comprava picanha lacrada na unidade da Chácara Klabin. “Café está valendo mais que ouro agora.”

Em uma unidade do Pão de Açúcar em Perdizes, na zona oeste, o café não estava com lacre, mas uma funcionária relatou que a loja vinha enfrentando furtos do produto. “Comprei três pacotes de café e já foi o valor todo da minha compra”, comentou uma consumidora para um repositor. No caso do azeite, apenas as marcas em promoção —posicionadas próximos aos caixas— estavam expostas sem proteção.


Fonte: Folha de SP

Foto: Gabriela Cecchin/Folhapress

Tomate, ovos e café puxam inflação de março, que fecha em 0,56%


 A inflação oficial do País avançou 0,56% em março, com destaque para a disparada nos preços do tomate (22,55%), ovos (13,13%) e café moído (8,14%), que juntos responderam por um quarto de toda a alta do mês. O índice representa uma desaceleração em relação a fevereiro (1,31%), mas ainda assim é o maior Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para um mês de março desde 2023. No acumulado de 12 meses, a inflação chegou a 5,48%, acima dos 5,06% registrados no mês anterior. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo Alimentação e bebidas avançou 1,17% em março, acelerando frente aos 0,70% de fevereiro. Só ele contribuiu com 0,25 ponto percentual do IPCA geral do mês. O café moído, isoladamente, acumula uma alta de 77,78% nos últimos 12 meses. O impacto, segundo o IBGE, é explicado por fatores sazonais e climáticos, como a antecipação de colheitas que reduziram a oferta de tomate e a quebra de safra do café em países como Vietnã e Brasil. Os ovos, por sua vez, sofreram elevação devido ao aumento do milho, base da ração de aves, e à maior procura no período da quaresma.

Segundo o economista Helder Cavalcanti Vieira, o impacto ocorre direto na mesa do consumidor. “Esses fatores repercutem no orçamento das famílias brasileiras de forma impactante e imediata. A inflação dos alimentos já vem sendo um fator negativo importante e persistente no controle da inflação, impactando consumidores, comerciantes e governo”, afirma.

Ele destaca que o aumento da procura internacional por produtos brasileiros, o encarecimento dos insumos agrícolas — principalmente combustíveis — e o cenário climático desfavorável têm intensificado a pressão sobre os preços.

O segundo maior impacto do IPCA de março veio do grupo Transportes, com variação de 0,46% e contribuição de 0,09 ponto percentual. A passagem aérea teve alta de 6,91%, após queda de mais de 20% no mês anterior. Já os combustíveis desaceleraram no período: gasolina (0,51%), diesel (0,33%) e etanol (0,16%) subiram menos do que em fevereiro. No grupo Despesas pessoais, o subitem cinema, teatro e concertos registrou aumento de 7,76%, com o fim das promoções da “semana do cinema”.

Grupos como Habitação, Educação, Saúde e cuidados pessoais e Artigos de residência também registraram alta, mas em ritmo mais moderado. A energia elétrica, por exemplo, que havia subido 16,80% em fevereiro, variou apenas 0,12% em março. Já os chamados preços monitorados, que incluem itens como combustíveis e energia, desaceleraram de 3,16% para 0,18%.

Mesmo sem índice próprio do IPCA, o Rio Grande do Norte sente os reflexos da alta dos alimentos. “A inflação acima da meta do governo traz preocupação para os agentes econômicos, especialmente para o comércio e para o consumidor final”, observa Helder Cavalcanti. O economista alerta ainda para o impacto sobre a população de baixa renda, mais vulnerável a oscilações nos itens essenciais. “A elevação do INPC é preocupante por reduzir o poder de compra de um segmento de consumidores que mais contribui para a circulação da moeda, geração de empregos e crescimento da economia”, completa.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, também subiu 0,51% em março. No acumulado do ano, a alta é de 2,00% e, em 12 meses, o índice atingiu 5,20%, reforçando os impactos sobre os consumidores mais sensíveis a variações nos alimentos.


Números

IPCA

Variação em março: 0,56%

Acumulado no ano: 2,04%

Acumulado em 12 meses: 5,48%

Inflação de março/24: 0,16%


Alimentos que mais subiram em março

Tomate: +22,55%

Ovo de galinha: +13,13%

Café moído: +8,14%

Cebola: +5,71%

Banana-prata: +4,81%

Açúcar cristal: +2,68%

Leite longa vida: +2,59%

Farinha de mandioca: +2,46%

Frango em pedaços: +1,49%

Pão francês: +1%

Refeição fora de casa: +0,34%


Transportes

Passagem aérea: +6,91%

Gasolina: +0,51%

Diesel: +0,33%

Etanol: +0,16%


Fonte: Tribuna do Norte com informações do IBGE

Foto: Magnus Nascimento 

Prefeitura pode gerar economia R$1,5 milhão por mês com novo modelo de transporte

 


R$ 1,5 milhão é o montante que a Prefeitura do Natal irá economizar com a adoção do transporte institucional através da utilização de veículos por aplicativos, garantindo o transporte oficial dos servidores em atividades administrativas.

O novo modelo de transporte para os servidores foi instituído pelo prefeito de Natal, Paulinho Freire, através do Decreto Nº 13.347, publicado no Diário Oficial do Município. O Decreto institui as regras para a mudança da atual estrutura de veículos locados e motoristas terceirizados por serviços sob demanda via aplicativos. 

O objetivo da Prefeitura é reduzir os custos com locação de automóveis e contratação de motoristas, promovendo eficiência nos gastos, modernização e digitalização nos processos públicos. “Nosso levantamento revelou que teremos uma economia de mais de R$1,5 milhão por mês. Para se ter ideia o valor seria suficiente para construir uma Unidade Básica de Saúde por mês”, exemplificou o secretário de Administração de Natal, Brenno Queiroga.

A Secretaria Municipal de Administração (SEMAD) realizou um estudo técnico detalhado sobre a frota, os contratos vigentes e o custo médio da operação durante os três primeiros meses de gestão. Esse tempo foi essencial para assegurar que a mudança de modelo no transporte dos servidores seja tecnicamente viável, fundamentada e compatível com a realidade do Município. “Além da economia, estaremos permitindo o aumento da eficiência e transparência do serviço, com redução real do custo do KM de R$11,30/km para menos de R$3,00/km, com o controle total de todas as viagens”, explicou Queiroga

Com o Decreto, haverá a substituição progressiva do modelo atual por transporte sob demanda, via aplicativos, com credenciamento público de operadoras que já atuam com tecnologia consolidada e estrutura corporativa pronta para atendimento institucional. O modelo segue experiências já implementadas com êxito por órgãos públicos como: Governo Federal (TáxiGov), Prefeitura de São Paulo, Banco do Estado do Pará (Banpará). “Esses casos comprovaram economias de até 70% por km rodado e melhoria substancial na rastreabilidade e controle da mobilidade administrativa”, explicou o secretário da SEMAD.

O modelo escolhido ainda preserva contratos vigentes, permite transição gradual e veda a substituição de veículos operacionais essenciais (ambulâncias, viaturas, motos, fiscalização e veículos da Guarda Municipal) e também estabelece um teto de R$ 3,00/km médio mensal, reajuste automático pelo preço da gasolina ANP e a vedação à criação de regras específicas para o Município.  


Foto: Divulgação 

Com 262 assinaturas, PL protocola pedido para votar urgência do projeto de anistia do 8/1 na Câmara

 


O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, protocolou no sistema da Câmara dos Deputados o requerimento de urgência pedindo a votação do projeto de lei que anistia acusados e condenados pela participação no 8 de janeiro de 2023. O partido conseguiu 262 assinaturas válidas. Para que o requerimento fosse considerado como elegível para votação, eram necessárias 257 deputados apoiando.

Mesmo com o número de assinaturas alcançadas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não é obrigado a colocá-lo em votação. As assinaturas são apenas uma forma de demonstrar apoio a matéria. Na semana passada, Motta afirmou que não pautaria propostas que pudessem gerar “crises institucionais”. Aos líderes mais próximos disse que “não é o momento” para avançar com a proposta.

O requerimento de urgência, depois de aprovado em plenário, acelera a análise de propostas na Casa. Uma vez aprovado o requerimento de urgência por maioria em plenário, a matéria precisa ser analisada pelos deputado em até 45 dias.

Desde 2010, cerca de mil e 38 pedidos de urgência para propostas estão com status de “pronto para a pauta” na Câmara e estariam prontos para votação em plenário, seja com com as assinaturas necessárias, ou com apoio de líderes dos partidos. Todos esses ainda não foram votados.


Fonte: O Globo

Foto:  Eraldo Peres/AP

Oposição pede a Moraes prisão domiciliar de 20 presos do 8 de Janeiro

 


Integrantes da oposição pediram que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes conceda prisão domiciliar a 20 presos pelo 8 de Janeiro que tenham “vulnerabilidades”, como idade avançada, doenças ou comorbidades ou dependentes. Também solicitaram a criação de uma “força-tarefa” para acelerar a análise dos inúmeros processos e “avançar na pauta da Justiça humanitária”.

O ofício foi enviado ao gabinete de Moraes em 9 de abril, depois que o ministro Cristiano Zanin negou um habeas corpus coletivo. Também cita decisões recentes de Moraes que permitiram que acusados pelos atos extremistas cumprissem as penas de prisão ou prisão preventiva em casa. Os nomes foram selecionados pela Asfav (Associação de Vítimas e Familiares do 8 de Janeiro). Para a oposição, os casos se encontram em situação semelhante.

As decisões de Moraes são:

  • 28.mar.2025 – a concessão de prisão domiciliar a Jaime Junkes, condenado a 14 anos de prisão, em razão do seu câncer de próstata;
  • 28.mar.2025 – a concessão de prisão domiciliar a Débora Rodrigues, réu que escreveu “perdeu, mané” na estátua “A Justiça” durante o 8 de Janeiro, depois que o ministro Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o caso para não prejudicá-la pela interrupção do julgamento;
  • 3.abr.2025 – a concessão de prisão domiciliar à missionária que é ré pelo 8 de Janeiro e ainda aguarda julgamento, por “compatibilização entre a liberdade de ir e vir e a Justiça Penal”.

“Todos esses casos, havemos de reconhecer, por uma questão substantiva de Justiça, reclamam a adoção de medidas jurisdicionais que assegurem o cumprimento humanitário da pena e de medidas processuais cautelares restritivas da liberdade de ir e vir, na linha de compromissos assumidos pela República Federativa do Brasil no plano internacional, a exemplo das Regras de Bangkok –Regras das Nações Unidas para o Tratamento de Mulheres Presas e Medidas Não Privativas de Liberdade para Mulheres Infratoras– e as Regras de Tóquio –Regras Mínimas das Nações Unidas para a Elaboração de Medidas Não Privativas de Liberdade”, diz o documento.

O texto cita o caso de Cleriston Pereira da Cunha, que morreu na prisão depois de um mal-súbito, em novembro de 2023. Ele tinha recebido parecer favorável da PGR (Procuradoria Geral da República) para ser solto, mas o pedido não foi julgado. Os episódios têm sido usados por congressistas da oposição como símbolo de anistia pelo 8 de Janeiro.

Também transcreve trecho da decisão de Moraes que converteu a prisão preventiva da missionária em prisão domiciliar, que fundamentou a ordem na “compatibilização entre a liberdade de ir e vir e a Justiça penal”.

“O essencial em relação às liberdades individuais, em especial a liberdade de ir e vir, não é somente sua proclamação formal nos textos constitucionais ou nas declarações de direitos, mas a absoluta necessidade de sua pronta e eficaz consagração no mundo real, de maneira prática e eficiente, a partir de uma justa e razoável compatibilização com os demais direitos fundamentais da sociedade, de maneira a permitir a efetividade da Justiça Penal”, diz o trecho.


Fonte: Poder 360

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Após urgência, governo traça plano para tentar barrar PL da Anistia

 


Sem conseguir evitar a apresentação do requerimento de urgência do projeto da anistia, lideranças do governo Lula definiram novas frentes para tentar evitar que a proposta avance na Câmara.

A nova estratégia do Palácio do Planalto prevê “ir para cima” e ameaçar tirar cargos de deputados de partidos com ministérios no governo que assinaram o requerimento de urgência do projeto.

O governo também pretende argumentar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ele deveria respeitar a fila de mais de dois mil pedidos de urgência que aguardam votação.

Com o argumento, o objetivo de lideranças governistas é fazer com que o requerimento de urgência do PL da Anistia fique esquecido, assim como outras propostas que estão na fila.

Integrantes do Palácio do Planalto ficaram irritados com o apoio à urgência do projeto da anistia de parlamentares de siglas que, em tese, pertencem à base do governo.

Dos 264 deputados que assinaram o requerimento, 146 são de partidos que têm, pelo menos, um ministério no governo Lula.


Fonte: Metrópoles

Foto: Vinícius Schmidt

Mark Zuckerberg depõe em 1º dia de processo que pode forçar Meta a vender Instagram e WhatsApp

 


Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, depôs nesta segunda-feira (14), no primeiro dia de um julgamento sobre supostas práticas anticompetitivas da empresa, dona do Facebook, ao comprar o Instagram e o WhatsApp.

A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), agência do governo americano, acusa a Meta de manter um monopólio ilegal no mercado de redes sociais. O objetivo da ação é fazer a empresa reestruturar seu negócio ou vender o Instagram e o WhatsApp.

O advogado da FTC Daniel Matheson apresentou antigos comentários de Zuckerberg e arquivos da Meta, como um documento em que a empresa diz que “as pessoas usam o Facebook para se manterem conectadas”, o que é visto como o mesmo segmento do Instagram e do Facebook.

“Eles decidiram que a concorrência era muito acirrada e que seria mais fácil comprar seus rivais do que competir com eles”, disse o advogado da FTC Daniel Matheson, segundo o jornal Washington Post.

Zuckerberg tentou rebater as alegações de que a Meta teve o objetivo de acabar com a concorrência ao comprar outras duas plataformas que também permitem conectar amigos e familiares. Segundo ele, o objetivo do Facebook vai além disso.

“A grande maioria da experiência gira mais em torno da exploração de seus interesses, entretenimento, coisas assim”, disse Zuckerberg, ainda de acordo com o Washington Post. “Essa tem sido a tendência ao longo de toda a história da empresa”.

O executivo disse que a empresa identificou que usuários do Facebook querem ter acesso ao que seus amigos publicam, mas também interagir com conteúdo de influenciadores que eles não conhecem pessoalmente, segundo o Washington Post.

“As pessoas continuaram se envolvendo com mais e mais coisas que não eram o que seus amigos estavam fazendo”, afirmou, de acordo com a Reuters.

A Meta, então Facebook Inc., comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014, que passaram a operar sob o mesmo guarda-chuva do Facebook. A FTC aprovou as compras, mas disse que os efeitos das duas negociações seriam monitorados.

O Washington Post afirma que a abordagem da FTC para este caso foca na alegação de que os usuários foram prejudicados pelas práticas da Meta, e não em aumentos de preço por serviços, como costuma acontecer nesse tipo de caso.

Uma eventual venda do Instagram e do WhatsApp terá um grande impacto nos negócios da Meta. A empresa tem metade do seu faturamento nos EUA gerado pelo Instagram, segundo projetções da consultoria eMarkerter.

O julgamento será realizado durante esta semana e ouvirá executivos atuais e antigos da Meta, incluindo a ex-diretora de operações Sheryl Sandberg, a então “número dois” da empresa.

O julgamento começa em um momento em que as grandes empresas de tecnologia dos EUA estão alinhadas com o governo de Donald Trump. A Meta, por exemplo, doou US$ 1 milhão para a posse do presidente americano, e Zuckerberg foi um dos empresários que compareceram à cerimônia.


Fonte: G1

Foto: Reuters 

Casos de violência escolar batem recorde e mais do que triplicam em 10 anos, aponta estudo


 O número de casos de violência no ambiente escolar mais do que triplicou em 10 anos, atingindo o ápice em 2023, mostra uma análise de dados nacionais da Fapesp, divulgada nesta segunda-feira (14).

Naquele ano, segundo o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), 13,1 mil pacientes foram atendidos em serviços públicos e privados de saúde, após se automutilarem, tentarem suicídio ou sofrerem ataques psicológicos e físicos no contexto educacional. Em 2013, houve 3,7 mil episódios.

Metade dos casos notificados foi de agressão física. Em seguida, aparecem os de violência psicológica/moral (23,8%) e sexual (23,1%). Em 35,9% das situações, o agressor era um amigo ou conhecido da vítima.


O Ministério da Educação (MEC) classifica quatro categorias principais de violência que afetam a comunidade escolar:

  • agressões extremas, com ataques premeditados e letais, como a tragédia em uma creche de Blumenau em 2023, quando quatro crianças morreram;
  • violência interpessoal, com hostilidades e discriminação entre alunos e professores;
  • bullying, quando ocorrem intimidações físicas, verbais ou psicológicas repetitivas;
  • episódios no entorno, como tráfico de drogas, tiroteio e roubos/furtos.

Segundo a Fapesp, os seguintes fatores explicam o pico de violência entre 2022 e 2023:

  • desvalorização dos professores no imaginário coletivo;
  • relativização de discursos de ódio, como se fossem menos prejudiciais do que realmente são;
  • precarização da infraestrutura das escolas;
  • agressões sofridas ou vistas pelos alunos no ambiente doméstico;
  • falhas nas ações de mediação de conflito;
  • despreparo das secretarias estaduais de educação para lidar com casos de misoginia e racismo.

Parte da elevação de casos também pode ser explicada pelas melhorias nos processos de registros dos hospitais e pelo crescimento das “comunidades mórbidas virtuais” (grupos on-line que se estruturam com base em ideias destrutivas).

Especialistas ouvidos pela Fapesp listam alternativas:

  • políticas contínuas, intersetoriais e integradas;
  • parcerias com os setores de saúde, de justiça e de assistência social;
  • transformação estrutural da cultura escolar (em vez de projetos isolados);
  • gestão escolar com representatividade racial e feminina;
  • acionamento dos conselhos tutelares em casos graves (prática incomum em escolas particulares).


Fonte: G1

Foto: G1/ObservaDH

Foto: Luíza Morfim/Divulgação