sexta-feira, 5 de abril de 2019

Caderneta de poupança volta a crescer. Depósitos superaram retiradas em R$ 1,85 bilhão

A caderneta de poupança voltou a atrair o interesse dos brasileiros no mês de março. A captação líquida - depósitos menos retiradas - somou R$ 1,85 bilhão, informou o Banco Central.

Apesar da melhora, o valor ainda é baixo e representa queda de 53,4% em relação a março do ano passado, quando os depósitos tinham superado os saques em R$ 3,98 bilhões.

Mesmo com o recuo em relação a 2018, a captação líquida atingiu o segundo melhor nível para meses de março desde 2013. Naquele mês, os depósitos tinham excedido as retiradas em R$ 5,96 bilhões. Em março de 2014, 2015 e 2016, a poupança tinha registrado saques líquidos – com os correntistas retirando mais do que depositando.

Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.

Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história.

Com rendimento de 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia), a poupança está se tornando menos atrativa porque os juros básicos estão no menor nível da história, em 6,5% ao ano. Nos 12 meses terminados em março, a poupança rendeu 4,16% a.a.