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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Nova CPMF provoca demissão de nome importante do Governo Bolsonaro


O ministro Paulo Guedes demitiu o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra. O motivo foi a apresentação, num seminário na última terça (10), em Brasília, pelo adjunto de Cintra, Marcelo de Sousa Silva, de estudos não autorizados por Guedes, que defendem uma proposta mais ampla que a simples criação de um imposto.

Na avaliação do ministro, a divulgação de informações não oficiais prejudica o entendimento público de seu projeto, que prevê, por exemplo, a substituição de nove impostos por três.

Cintra será substituído interinamente por José de Assis Ferraz Neto.

Após a demissão, o presidente Jair Bolsonaro publicou em seguida, nas redes sociais, texto dizendo que a “tentativa de recriar a CPMF” derrubou o secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, cuja demissão foi anunciada mais cedo.

Segundo o texto, a recriação da contribuição ou o aumento da carga tributária "estão fora" da reforma tributária "por determinação do presidente da República".

Já fora do Governo, o ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, reconheceu que o projeto defendido por ele para a reforma tributária era incompatível com o que vinha sendo defendido dentro do governo.

“Houve um conflito de ideias, incompatibilidade de projetos, de percepções de realidade, mas espero que reforma continue avançando e continuo torcendo por esse governo”, disse Cintra.