Operar o paciente sem a necessidade de serrar o osso esterno e nem parar o coração para desviar o sangue para uma máquina assumir a função no corpo, enquanto ocorre a cirurgia. Essas são algumas das grandes vantagens da Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva.
“A técnica é feita com o coração do paciente batendo, o que diminui os riscos e garante uma recuperação muito mais rápida, com menor chance de infecção e retorno às atividades cotidianas em curto prazo, explica o cirurgião cardiovascular Waldo Daniel, precursor da CCMI no Brasil.
Nesta segunda-feira (28), Dr Waldo Daniel estará, a convite do Dr. Francisco Moreira Neto, trazendo a Cirurgia Cardíaca Minimamente Invasiva para Ribeirão Preto SP. Duas cirurgias estão marcadas: a primeira delas no Hospital da Unimed, outra no Hospital São Lucas.
“Um dos pacientes tem mais de 70 anos e optamos pela Cirurgia para Revascularização de Miocárdio pelo método Minimamente Invasivo justamente para reduzir o risco de infecção, diminuir o trauma cirúrgico e acelerar a recuperação. Na CCMI tudo é feito através de uma pequena e discreta incisão (de aproximadamente 5 a 8 cm), no espaço entre as costelas, sem precisar serrar o osso do torax. No final, a cirurgia fica praticamente imperceptível, o que tem também um forte impacto na autoestima e recuperação psicológica, pois não há aquela grande cicatriz estigmatizante da cirurgia tradicional com corte vertical entre as mamas”, explica Dr. Waldo.
Será a primeira vez que o método será utilizado em pacientes de Ribeirão Preto SP e a principal vantagem é uma recuperação mais rápida e com menos restrições. “O tempo médio de recuperação da cirurgia convencional é de 90 dias, e o da minimamente invasiva, que está sendo implantada agora em Ribeirão Preto SP, é de 15 a 20 dias”, reforça o cirurgião.
A CCMI PODE SER APLICADA PARA TRATAR QUAIS PATOLOGIAS?
A CCMI de Revascularização de Miocárdio é uma das mais realizadas, embora o método abranja todas as necessidades de tratamento de patologias do coração, como troca de válvulas, plastia, cirurgias da aorta, cardiopatias congênitas, tumores, ou outras doenças coronárias.
Na revascularização do miocárdio, mais conhecida popularmente como ponte de safena, se opera para fazer um caminho alternativo para o sangue chegar após a lesão, para que a área do músculo do coração não venha a infartar, quando há obstruções das artérias coronárias.
