segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Hospital Walfredo não tem insumos básicos e falta até papel toalha, diz sindicato

 O Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (Sindsaúde) divulgou nesta segunda-feira (04) que os profissionais da saúde do maior hospital público do Estado, o Walfredo Gurgel, estão sofrendo com o desabastecimento de insumos básicos em alguns setores da unidade, principalmente na farmácia e no setor de higienização.

 Os servidores contaram ao sindicato que estão há mais de vinte dias trabalhando  sem insumos essenciais aos pacientes, como por exemplo, jelcos 22 e 20, utilizados para fazer os acessos venosos para procedimentos de medicação e hidratação venosa. Segundo as informações, os únicos que a farmácia fornece atualmente são o 14 e 16. No último fim de semana, faltou até o item mais básico: papel toalha.

  “Esse é um governo que não prioriza a saúde e deixa funcionários e pacientes à própria sorte!” desabafa uma servidora da unidade. Ainda na denúncia, os servidores relatam que a alta demanda de pacientes idosos dificulta ainda mais o uso do jelco 14 ou 16 para realizar acessos venosos.

 Além disso, muitos pacientes, ao verem o tamanho do jelco, que deveria ser usado apenas em casos de alta emergência, e não nas enfermarias, se recusam a permitir que os servidores realizem o procedimento.

 A diretora do Sindsaúde/RN, Maria do Socorro, esteve presente no último fim de semana que faltou até papel toalha e afirma que é “desgastante” trabalhar sem os insumos necessários. Socorro acrescenta ainda que os pacientes que faziam uso de Ciprofloxacino tiveram o uso suspenso, desde ontem, pela falta da medicação.

 “O que mais precisa acontecer para que o Governo do Estado e a Secretaria de Saúde Pública passem a olhar com seriedade para os problemas da saúde do Estado? Os servidores não aguentam mais tanto descaso e quem sofre com esse desabastecimento na prática são eles e os pacientes. O Sindsaúde/RN repudia o fato do maior hospital de trauma do RN sofrer com desabastecimento. É desumano. Exigimos respostas, chega de descaso!”, disse o sindicato.