quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Bolsonaro: “falo palavrão, mas eu não roubo”

 


O presidente Jair Bolsonaro participou, na manhã desta quarta-feira (9), de uma solenidade no município de Jucurutu, onde está a barragem de Oiticica. Acompanhado de deputados e ministros, entre eles os potiguares Rogério Marinho e Fábio Faria, Bolsonaro elevou o tom contra a oposição, a quem chamou parte de “canalhas”, falou sobre escândalos de corrupção e se exaltou ao falar sobre projeto de quase R$ 50 milhões da Funai sobre criptomoedas destinadas a indígenas. “Vá pra p** que pariu!”, gritou o presidente.

Relatando a importância das obras de transposição do Rio São Francisco, que chegarão ao Rio Grande do Norte nesta quarta-feira e terão a barragem de Oiticica, posteriormente, como local de armazenamento, Bolsonaro disse que o custo total da obra chegou a R$ 15 bilhões, em números arredondados.

Segundo ele, valores desviados e mal utilizados por Petrobras, BNDES e Caixa seriam suficientes para realizar 100 obras de transposição. “E tem gente que sente saudade desses canalhas? Todo mundo sofre em consequência desses canalhas. Não estou alfinetando nem criticando ninguém. Estou mostrando números”, disse o presidente, afirmando ainda que o Governo completou “três anos sem corrupção”.

Ainda elevando o tom político, Bolsonaro relembrou uma proposta que, segundo ele, capitaneada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), previa o investimento de R$ 50 milhões para ações na área de criptomoedas voltadas aos indígenas.

“Os gastos eram mal feitos. Nos surpreendemos com um projeto de R$ 50 milhões na Funai para ensinar índio a mexer com bitcoin. Ah, vá para a p** que pariu!”, esbravejou Bolsonaro, que depois complementou. “Falo palavrão, mas eu não roubo!”.

Tribuna do Norte