quinta-feira, 3 de março de 2022

Boris Johnson liga para Bolsonaro e pede ajuda do Brasil para intermediar fim da guerra na Europa

 

O presidente Jair Bolsonaro conversou por telefone nesta quinta-feira (3) com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia, informou o governo britânico.

 Segundo o material divulgado, Bolsonaro e Johnson concordaram em pedir um cessar-fogo urgente na Ucrânia e disseram que a paz deve prevalecer na região.

 Ainda de acordo com o material divulgado pelo governo do Reino Unido, Boris Johnson afirmou no telefonema que as ações do governo de Vladimir Putin na invasão da Ucrânia foram "repugnantes", e que o mundo não pode permitir o êxito das agressões promovidas pela Rússia.

 Johnson também afirmou a Bolsonaro na ligação, segundo o governo britânico, que o Brasil foi um "aliado vital" na Segunda Guerra Mundial – e que, novamente, a voz do país se mostra crucial para a solução da crise.


  No contato por telefone, Boris Johnson e Jair Bolsonaro concordaram sobre a importância de pedir o fim da violência e garantir a estabilidade global. O primeiro-ministro britânico também afirmou que espera trabalhar em cooperação com Bolsonaro em assuntos bilaterais como segurança e comércio.

 A posição do Brasil

Nesta quarta-feira (2), o Brasil foi um dos 141 países a votar na sessão extraordinária da Assembleia-Geral das Nações Unidas para condenar a invasão russa na Ucrânia.

 Os países que votaram contra foram Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia. A China se absteve.

 O texto "deplora nos mais fortes termos a agressão da Rússia contra a Ucrânia". Ela é não vinculante, o que significa que, a partir dela, os países não são obrigados a fazer nada. Sua importância, portanto, é política: mostra como a maioria dos países vê a invasão promovida por Moscou.

 No voto a favor da resolução da Assembleia-Geral, o Brasil alerta que "a resolução é um apelo à paz da comunidade internacional. Mas a paz exige mais do que o silêncio das armas e a retirada das tropas. O caminho para a paz requer um trabalho abrangente sobre as preocupações de segurança das partes".

 Apesar do posicionamento explícito do Brasil na ONU, as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema até o momento não deixam clara a posição de repúdio à invasão russa na Ucrânia.

 G1

                           

                           

                                                                 

 

 

                                                

                       

                           

                               

 

Fonte: Portal Grande Ponto