O Programa assistencial mais importante do RN vai acabar
pelo andar da carruagem.
O programa social de Restaurantes Populares do RN, já foi o
maior programa de alimentação para pessoas que se encontram em estado de
vulnerabilidade do Brasil. Chegando a servir mais de 1 milhão de refeições em
um único mês.
Ocorre que desde do início do governo Fátima, o programa
vem sofrendo cortes e reduções drásticas. Inclusive noticiado nesse BG e por
mais de uma vez as respostas do governo só reforçaram o que informamos.
Enquanto a quantidade de miseráveis e famintos aumenta, o
quantitativo de refeições servidas pelo programa só tem reduzido conforme se
comprova no edital nº 003/2022/2022 publicado nessa sexta-feira dia 01 de
abril, onde se percebe uma redução de 42.570 refeições por mês, apenas nos
lotes dessa licitação, representando uma redução anual de 510.840, você não leu
errado, são mais de meio milhões de refeições ao ano que a população em estado
de vulnerabilidade social deixou e vai deixar de receber. Esse desmantelo já
teve até cobertura das televisões ao vivo, filas e filas e as pessoas sem ter a
refeição a 1 real naquele dia.
Para melhor ilustrar apresentamos a tabela abaixo com os
quantitativos de cada cidade:
Cidade/Local do Programa Quantidade
antes do Governo Fátima Quantidade no
Governo Fátima
Santa Cruz de 1000
refeições diárias cai para 765 refeições diárias
Jardim de Piranhas de 400
refeições diárias para 300 refeições diárias
Jucurutu de 400
refeições diárias para 285 refeições diárias
Ceará Mirim de 500
refeições diárias para190 refeições diárias
João Câmara de 500
refeições diárias para 450 refeições diárias
Macau de 700
refeições diárias para 665 refeições diárias
Natal/ Planalto de 500
refeições diárias para 330 refeições diárias
Natal/ Pompeia 500
refeições diárias
Canguaretama de 500
refeições diárias para 330 refeições diárias
São José do Mipibu de 500
refeições diárias para 230 refeições diárias
Santo Antônio de 500
refeições diárias para 220 refeições diárias
Areia Branca de 500
refeições diárias para 400 refeições diárias
Assu 500 refeições
diárias
Mossoró de 800
refeições diárias para 700 refeições diárias
Apodi 500
refeições diárias
São Miguel 475
refeições diárias
Total de Refeições Diárias de 8775
refeições diárias cai para 6840 refeições diárias.
Manter e aumentar os programas que fornecem refeições ao
povo, não é mais uma questão de gestão, mas sim uma questão humanitária e de
sobrevivência. Não se pode acabar com um dos poucos alentos para os pobres em
meio a inflação galopante e a uma crise econômica/social pós pandemia, onde
comprar comida está cada dia mais difícil.
A SETHAS argumenta que as reduções ocorreram em localidades
que não serviam a quantidade contratada, não atingindo a meta proposta nos
contratos. Contudo devemos fazer uma indagação aos gestores do Governo: porque
o excedente gerado com a diminuição dos quantitativos, não foi redirecionado
para outras unidades dos Restaurantes onde muita gente fica sem se alimentar
devido à pouca quantidade de refeições contratadas? Será que não tem pessoas
precisando?
É inconcebível ver o Rio Grande do Norte indo na contramão
dos nossos estados vizinhos, que neste difícil momento estão fomentando os
programas alimentares. Os Governos que antecederam o atual, investiram e
ampliaram os programas que distribuem refeição para a população, levando o
nosso Estado a ser destaque nacional nesse tipo de assistência, chegando a
distribuir mais de 1 milhão de refeições mensais.
Mas o que vemos atualmente, são pessoas desesperadas,
aglomeradas e famintas em filas que se torna cada vez maior, em busca de um
prato de comida que em breve não será mais servido.
Blog do BG