segunda-feira, 4 de abril de 2022

Governo do RN reduz alimentos nos restaurantes populares

O Programa assistencial mais importante do RN vai acabar pelo andar da carruagem.

 O programa social de Restaurantes Populares do RN, já foi o maior programa de alimentação para pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade do Brasil. Chegando a servir mais de 1 milhão de refeições em um único mês.

 Ocorre que desde do início do governo Fátima, o programa vem sofrendo cortes e reduções drásticas. Inclusive noticiado nesse BG e por mais de uma vez as respostas do governo só reforçaram o que informamos.

 Enquanto a quantidade de miseráveis e famintos aumenta, o quantitativo de refeições servidas pelo programa só tem reduzido conforme se comprova no edital nº 003/2022/2022 publicado nessa sexta-feira dia 01 de abril, onde se percebe uma redução de 42.570 refeições por mês, apenas nos lotes dessa licitação, representando uma redução anual de 510.840, você não leu errado, são mais de meio milhões de refeições ao ano que a população em estado de vulnerabilidade social deixou e vai deixar de receber. Esse desmantelo já teve até cobertura das televisões ao vivo, filas e filas e as pessoas sem ter a refeição a 1 real naquele dia.

 Para melhor ilustrar apresentamos a tabela abaixo com os quantitativos de cada cidade:

 Cidade/Local do Programa  Quantidade antes do Governo Fátima   Quantidade no Governo Fátima

Santa Cruz  de 1000 refeições diárias cai para 765 refeições diárias

Jardim de Piranhas de 400 refeições diárias  para 300 refeições diárias

Jucurutu   de 400 refeições diárias   para 285 refeições diárias

Ceará Mirim      de  500 refeições diárias  para190 refeições diárias

João Câmara  de  500 refeições diárias  para 450 refeições diárias

Macau    de 700 refeições diárias  para 665 refeições diárias

Natal/ Planalto  de  500 refeições diárias  para 330 refeições diárias

Natal/ Pompeia  500 refeições diárias   

Canguaretama  de 500 refeições diárias  para 330 refeições diárias

São José do Mipibu   de  500 refeições diárias  para 230 refeições diárias

Santo Antônio  de  500 refeições diárias  para 220 refeições diárias

Areia Branca    de  500 refeições diárias  para 400 refeições diárias

Assu 500 refeições diárias   

Mossoró   de 800 refeições diárias  para 700 refeições diárias

Apodi    500 refeições diárias   

São Miguel 475 refeições diárias   

Total de Refeições Diárias  de 8775 refeições diárias cai para 6840 refeições diárias.

Manter e aumentar os programas que fornecem refeições ao povo, não é mais uma questão de gestão, mas sim uma questão humanitária e de sobrevivência. Não se pode acabar com um dos poucos alentos para os pobres em meio a inflação galopante e a uma crise econômica/social pós pandemia, onde comprar comida está cada dia mais difícil.

 A SETHAS argumenta que as reduções ocorreram em localidades que não serviam a quantidade contratada, não atingindo a meta proposta nos contratos. Contudo devemos fazer uma indagação aos gestores do Governo: porque o excedente gerado com a diminuição dos quantitativos, não foi redirecionado para outras unidades dos Restaurantes onde muita gente fica sem se alimentar devido à pouca quantidade de refeições contratadas? Será que não tem pessoas precisando?

 É inconcebível ver o Rio Grande do Norte indo na contramão dos nossos estados vizinhos, que neste difícil momento estão fomentando os programas alimentares. Os Governos que antecederam o atual, investiram e ampliaram os programas que distribuem refeição para a população, levando o nosso Estado a ser destaque nacional nesse tipo de assistência, chegando a distribuir mais de 1 milhão de refeições mensais.

 Mas o que vemos atualmente, são pessoas desesperadas, aglomeradas e famintas em filas que se torna cada vez maior, em busca de um prato de comida que em breve não será mais servido.

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