A Prefeitura do Natal suspendeu parte do atendimento de média e alta complexidade para procedimentos cardíacos. A razão, Segundo explicou o secretário, é a demanda acima da media pactuada, com pacientes vindos de outros municípios e aumentando a conta de Natal.
Mas a situação é extremamente grave devido à possibilidade de colapso e mortes em série de crianças e adultos que aguardam procedimentos de urgência.
A decisão da gestão foi comunicada através de ofício à rede conveniada. No documento, é informado que só serão pagos os valores contratados dentro do teto. Uma solução “simples” que pode resultar em consequências preocupantes, como a piora do quadro e mortes.
Na prática, isso significa que a partir do dia 10, pessoas que precisarem de assistência médica por motivos de infarto, cardiopatias congênitas ou outros problemas do coração ficarão sem o serviço, esperando em UPAs ou sendo encaminhadas para casa.
De acordo com levantamento do jornalista Dinarte Assunção junto à rede conveniada do município, há pelo menos 71 pessoas aguardando procedimentos. O número pode estar defasado, uma vez que diariamente cardiopatas se deparam com falta de atendimento e engrossam a lista.
Um problema de orçamento sendo resolvido a custo de vidas de natalenses que precisam de atendimento e o tinham regularmente até essa decisão.
A situação também contribui para a judicialização da saúde. Quem não consegue assistência, busca a garantia do serviço através do judiciário.
A Prefeitura também chama à responsabilidade o Governo o do estado que está com repasses atrasados na área da saúde e cobra uma repactuação com Governo Federal e os demais municípios, já que a capital realiza procedimentos de pacientes vindos de outras cidades.