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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Nikolas Ferreira vai protocolar “CPI das Pesquisas” do IBGE

 


O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) vai colher assinaturas para tentar abrir uma CPI para investigar eventuais distorções em pesquisas divulgadas pelo IBGE. Atualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é comandado por Marcio Pochmann, doutor em Ciências Econômicas e filiado ao PT.

“Chega de maquiar a realidade. Lula colocou um petista fiel, Marcio Pochmann, no comando do IBGE para fabricar uma ‘realidade paralela’. Dados recentes do IBGE mostram desemprego de 6,1%, retirando da conta 4,4 milhões de desempregados, além de publicar que o Brasil atinge o menor índice de pobreza da história, mas com critérios alterados”, diz Nikolas Ferreira.

“Vou protocolar uma CPI para investigar essas distorções e garantir que o IBGE publique dados em conformidade com a realidade e que não seja transformado em um puxadinho do PT”, afirma.

A taxa de desemprego divulgada pelo IBGE este ano, a menor da série histórica iniciada em 2012, é calculada na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). O levantamento considera em situação de desemprego aqueles que tentaram e não conseguiram encontrar trabalho no período analisado. Os que não estão empregados, mas não buscaram vaga, são considerados fora da força de trabalho e não constam no cálculo.

Há também a situação das pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho por acreditarem que não encontrariam vagas e desistem de ingressar no mercado. Essas pessoas também não entram no percentual de desempregados. Esta metodologia é adotada pelo IBGE desde o início da Pnad, em 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff.


Fonte: Blog do BG Com informações de Metrópoles

Foto:  Bruno Spada/Câmara dos Deputados


Setor hoteleiro do RN prevê 85% de ocupação durante o Carnaval 2025


 Com a aproximação do Carnaval, a indústria hoteleira do Rio Grande do Norte trabalha com expectativas positivas para a ocupação nos principais destinos turísticos do estado. Apesar de a Prefeitura do Natal ainda não ter divulgado a programação oficial para a festividade, a expectativa é que a combinação de clima favorável e atrativos locais continue posicionando a capital como um dos destinos mais procurados no período. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do RN (ABIH-RN), a projeção é de 85% de ocupação durante o período.

De acordo com Edmar Gadelha, presidente da ABIH-RN, o setor está preparado para atender à demanda, apostando na excelência do atendimento e no acolhimento característico da hotelaria potiguar. “Isso evidencia não apenas o potencial turístico do nosso estado, mas também o fortalecimento de nossas estratégias de divulgação e a qualidade dos serviços oferecidos pelas redes de hospedagem. O Carnaval é uma das épocas mais aguardadas do ano, e acreditamos nos atrativos do nosso destino”, afirma.

A mesma percepção é reforçada por Grace Gosson, presidente do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do RN (SHRBS-RN), destacando que a ocupação hoteleira deve se manter elevada, especialmente com o incremento de turistas regionais. “Devemos ter a vinda de bastante turista vindos da Paraíba, Pernambuco e de interiores do nosso estado, motivados pelas festas que a Prefeitura normalmente realiza ao longo dos últimos anos. A expectativa é que haja um aumento em relação ao ano anterior”, explica.

O Carnaval, que acontecerá entre os dias 1 a 4 de março, surge como um período estratégico para a hotelaria potiguar após a redução natural no fluxo de visitantes registrada em fevereiro, quando se encerra o auge da alta temporada de verão devido à retomada das aulas e fim dos recessos prolongados de início de ano. Nesse contexto, as festas tradicionais e as belezas naturais continuam a ser um diferencial competitivo.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Airfoto/ABIH-RN

ELEIÇÃO UNIMED: Mastologista Flávio Rocha vai integrar futura chapa da oposição, ao lado de Márcio Rêgo e Carla Karini



O grupo da Oposição ganha cada vez mais força para conquistar a eleição da Unimed. O novo integrante da futura chapa confirmado nesta quarta-feira (22) é o médico mastologista Flávio Rocha, da Liga contra o Câncer. 

“Nosso grupo cada vez mais unido e fortalecido. Vamos juntos construir uma cooperativa mais justa, inclusiva, com gestão mais transparente, profissional, ética e que valorize cooperados e usuários”, destacou Márcio Rêgo.

“A Unimed é formada por cooperados. Nos últimos anos tenho visto muitos amigos desistindo da cooperativa e pacientes assustados com a "saida" dos médicos.  Nesta chapa, estou vendo a oportunidade de fortalecer o cooperado, célula de sustentação da  nossa UNIMED”,  ressaltou Rocha.


_União e representatividade_


Dr. Flávio é o sexto nome anunciado pelo grupo que tem a frente Dr. Márcio Rêgo (ortopedista), Dra. Carla Karini (cardiologista), Dra. Dodora Rocha (patologista), Dr. Robinson Dias (ginecologista e obstetra) e Dr. Marcos Doti (oftalmologista).

A eleição da Unimed Natal será em março, mas segundo pesquisa Perfil/TV Ponta Negra, a oposição já largou na frente com quase 14% de vantagem para a chapa da situação, que até já trocou os pré-candidatos porque a primeira composição não emplacou.

Foto: Divulgação 

Márcio Rêgo e Carla Karini são recebidos pela direção da Liga Contra o Câncer


Elogiada pela qualidade do atendimento, acolhimento e pelo compromisso com os pacientes, a Liga Contra o Câncer possui um modelo de gestão que enche de orgulho pacientes, médicos e colaboradores. Para conhecer mais de perto os detalhes dessa gestão humanizada, os médicos Márcio Rêgo e Carla Karini estiveram visitando o Hospital da Liga, nesta terça-feira (21). Eles foram recebidos pela direção da unidade.

“Escutar sobre a Liga me encheu de orgulho. Quero que um dia os pacientes possam dizer: fui bem acolhido em todos os locais que passei. Esse é o nosso compromisso com a Unimed e todos os nossos parceiros”, afirmou a Dra. Carla. 

Além de ouvir, Márcio Rêgo também falou sobre sua visão para o futuro da Unimed, mais fortalecida, transparente e livre de conflitos de interesses. “Fazer da Unimed uma cooperativa realmente voltada para o cooperado, sem tantas diferenças que existem hoje. Vamos construir um sistema mais justo e inclusivo, onde as decisões sejam tomadas com foco nos princípios cooperativos e na busca por um atendimento de excelência”, destacou.

A futura chapa da oposição busca uma equipe dedicada e com valores sólidos. Para o grupo, o futuro da Unimed se desenha com base na ética, no compromisso com o cooperativismo, transparência, profissionalismo, descentralização das decisões, inclusão, valores institucionais e na humanização do atendimento.

Foto: Divulgação 

Bolsonaro diz que STF comanda o país em sigilo e critica perseguições

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (21) que o Supremo Tribunal Federal (STF) “opera em sigilo e, por isso, exerce controle sobre o país”.

O ex-presidente afirmou que não há sentido em depor na Suprema Corte:

“Não adianta eu ir lá depor. É o que eles querem, já tá pronta a sentença”.

O político também comentou sobre a possibilidade de receber 28 anos de prisão e questionou sua suposta vinculação aos atos de vandalismo às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, ressaltando que estava fora do Brasil na época.

Durante entrevista ao ‘Show da Manhã’, Bolsonaro abordou a “minuta de golpe”, defendendo que discutir dispositivos constitucionais não é ilegal e que nada foi concretizado nesse sentido.

Por fim, o ex-presidente falou sobre a “perseguição que enfrentou durante seu mandato”, mencionando ações do STF e a abertura de inquéritos.

Fonte: Diário do poder
Foto: Isac Nóbrega/PR

Deputada Federal Carla Dickson protocola emenda à MP do PIX para proteger brasileiros de armadilha do Governo


 

deputada federal Carla Dickson (União Brasil) protocolou, nesta segunda-feira (20) na Câmara Federal, uma emenda à Medida Provisória 1288/2025, publicada pelo Governo Federal trazendo novas normatizações relacionadas às transações financeiras via PIX. A emenda pede a exclusão do parágrafo quarto do artigo 2° da MP que determina a equiparação do pagamento via PIX ao pagamento em espécie, ou seja, em dinheiro.

“Primeiro veio o trágico anúncio que a Receita Federal iria fiscalizar as transações via PIX. Ao se dar conta do erro grave o governo voltou atrás, recuou da medida, mas tá tentando corrigir nos colocando uma pegadinha que vai penalizar diretamente o bolso do povo brasileiro. É claro que não posso permitir isso e minha iniciativa é pra proteger o cidadão” ressalta a deputada Carla Dickson.

A tal armadilha descrita pela deputada está exatamente nessa equiparação. Todos as fiscalizações e efeitos que atualmente existem para pagamentos em dinheiro, pela MP também deverão existir para pagamentos via PIX.

Atualmente, por lei, todas as transações bancárias acima de R$ 2 mil para pessoas físicas e de R$ 6 mil para pessoas jurídicas, já devem obrigatoriamente ser informadas à Receita Federal. Isso quer dizer que pelas novas regras propostas pelo governo, qualquer pessoa ou estabelecimento comercial que receber um pagamento via PIX acima desses valores, a transação também será automaticamente informada à Receita. Ou seja, abre a possibilidade de cobrança de multa, caso as declarações de imposto de renda não relacionem essas movimentações.

Vale salientar também que todos os pagamentos em espécie não podem ser recusados por quaisquer pessoas, nem por quaisquer negócios jurídicos, sob pena de se infringir duas leis. O Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90) e a Lei das Contravenções Penais (Lei 3.688/41). Assim sendo, os pagamentos via PIX também não poderão ser recusados.

“Resumindo, na verdade e na prática o Governo não recuou da tentativa de tributar o PIX, ele só disfarçou. Isso só mostra a única estratégia de arrecadar mais nas costas do trabalhador. Ao invés de tributar quem pode mais, mais uma vez, o objetivo é penalizar você que vive de salário e luta para sobreviver. É um absurdo e vou lutar contra isso no plenário da Câmara”, reforça a deputada.


Fonte: Blog do BG 

Foto: Reprodução/ Blog do BG 

Carlos Eduardo Alves, ex-vereador e empresários são denunciados em ação que descreve propinas e fraudes na Prefeitura de Natal

 


O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apresentou uma ação civil pública contra o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Nunes Alves, e outros agentes públicos e empresários, por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção que teria causado um prejuízo de R$ 3.671.674,34 ao erário municipal. A ação, ajuizada após a eleição de 2024, cmo trâmite na 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, aponta que Carlos Eduardo teria praticado atos dolosos durante sua gestão, diretamente relacionados à manipulação de contratos públicos no âmbito da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SEMSUR).

No âmbito penal, os crimes prescreveram e os envolvidos não serão denunciados, mas no âmbito cível, não prescreve a obrigatoriedade de ressarcir o erário em caso de condenação. O Blog do Dina tenta ouvir os envolvidos

Denúncia Detalha Esquema e Monopólio de Contratos

De acordo com a acusação, o ex-prefeito teria liderado, entre 2013 e 2017, um esquema que envolvia:

  • Fraude em Licitações: Contratos superfaturados e direcionados para empresas específicas;
  • Pagamento de Propinas: Estimado em 5% do valor dos contratos firmados, totalizando R$ 3.671.674,34;
  • Monopólio: Um grupo empresarial dominava os contratos de iluminação pública em Natal, operando com a anuência e colaboração de agentes públicos.

Conforme o MPRN, as irregularidades teriam garantido às empresas contratadas mais de R$ 73 milhões em pagamentos ao longo do período, sendo parte desse valor desviado para abastecer o esquema de corrupção.

Provas e Indícios Apresentados

A ação é embasada em robustas evidências obtidas na Operação Cidade Luz, incluindo:

 

  • Interceptações Telefônicas: Conversas detalham a manipulação dos contratos e o pagamento de propinas.
  • Relatórios da Controladoria Geral do Município: Identificaram superfaturamento nos contratos.
  • Quebra de Sigilo Fiscal e Bancário: Reforçou a movimentação ilícita dos recursos.

O ex-prefeito, segundo o documento, teria usado sua posição para garantir a manutenção do esquema, beneficiando empresas como ENERTEC, SERVLIGHT, LANÇAR, BKL CONSTRUÇÕES e REAL ENERGY, que integravam o chamado “cartel pernambucano”.

Segundo o Ministério Público, Carlos Eduardo, na condição de prefeito, foi peça central na execução do esquema. Interceptações telefônicas sugerem que decisões críticas passavam pelo seu aval. Em uma chamada com a então chefe da Unidade Administrativa Financeira (USAF) da SEMSUR, o dono da empresa BKL CONSTRUÇÕES afirma que “o pagamento só sairia com a assinatura do ‘MOR”.

Essa referência reforça a acusação de que o ex-prefeito tinha pleno conhecimento e controle sobre os atos dolosos praticados pela administração municipal.

Carlos Eduardo e Outros Alvos da Ação

Além de Carlos Eduardo, são réus na ação o ex-secretário da SEMSUR, Raniere Barbosa, e outros gestores públicos e empresários que teriam operado como intermediários e beneficiários do esquema.

Conforme o Ministério Público, os réus atuaram de forma consciente e deliberada para permitir o desvio de recursos públicos. A ação classifica a conduta de Carlos Eduardo como “ato doloso”, praticado em interesse próprio e de terceiros, em grave violação aos princípios da administração pública.

Impacto no Erário e Ressarcimento

O MPRN cobra o ressarcimento integral do prejuízo ao município, além da aplicação de sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa. O valor exato solicitado é de R$ 3.671.674,34, correspondente ao montante mínimo estimado de propinas pagas.


Fonte: Blog do Dina

Foto: Reprodução 

Área queimada no Brasil cresce 79% em 2024, diz MapBiomas

 


A área devastada por queimadas no Brasil cresceu 79% em 2024 com relação a 2023, segundo dados do Monitor do Fogo, do MapBiomas. Foram queimados 30.867.676 hectares no ano passado –uma área maior que todo o território da Itália.

Dos mais de 30 milhões de hectares queimados em 2024, 73% foram de vegetação nativa, sendo 25% em formações florestais. As queimadas em áreas de pastagens somaram 21,9% do total de 2024.

O número de área queimada em 2024 foi maior desde 2019, início da série do Monitor do Fogo.

“O ano de 2024 destacou-se como um período atípico e alarmante do fogo no Brasil, com um aumento expressivo na área queimada em quase todos os biomas, afetando especialmente as áreas florestais, que normalmente não são tão atingidas”, disse Ane Alencar, diretora de Ciências do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e coordenadora do MapBiomas Fogo.

A Amazônia foi o bioma com o maior número de queimadas: foram 17,9 milhões de hectares incendiados em 2024. É seguida por Cerrado (9,7 milhões), Pantanal (1,9 milhão), Mata Atlântica (1 milhão), Caatinga (330 mil) e Pampa (3.400).

“O fogo na Amazônia não é um fenômeno natural e não faz parte de sua dinâmica ecológica; é um elemento introduzido por ações humanas”, declarou Felipe Martenexen, do MapBiomas Fogo.

O Estado que mais sofreu com as queimadas foi o Pará: 7,3 milhões de hectares (24% do total). O local vai sediar a COP30 este ano.

Depois do Pará estão os Estados de Mato Grosso (6,8 milhões de hectares) e Tocantins (2,7 milhões).


Fonte: Poder 360

Foto: Reprodução 

Governo mantém sigilo de pesquisas encomendadas sob Lula e vai liberar as de Bolsonaro

 O governo Lula (PT) decidiu manter sob sigilo as pesquisas de opinião que foram encomendadas pela Secom (Secretaria de Comunicação Social) a partir de 2023, na gestão do petista, mas vai liberar o resultado de levantamentos feitos na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Em parecer apresentado em novembro passado, a CGU (Controladoria-Geral da União) aceitou os argumentos da pasta, comandada pelo então ministro Paulo Pimenta (PT), de que as pesquisas do atual mandato são “documentos preparatórios” e não podem ser divulgadas.

A Secom ainda argumentou que a publicação antecipada pode “resultar em pressões externas ou na manipulação da opinião pública” e prejudicar propostas de governo em andamento.

A CGU afirmou que os dados podem ser divulgados no fim do mandato de Lula ou quando for “implantada” a política pública ligada a cada pesquisa.

A Controladoria, por outro lado, decidiu que os levantamentos da gestão Bolsonaro, todos feitos em 2022, devem ganhar publicidade. Nesse caso, o posicionamento representa uma mudança de atitude da CGU. Em junho, a pasta havia concordado em manter sob sigilo todas as pesquisas, inclusive aquelas realizadas antes de 2023.

A Folha solicitou o material referente aos levantamentos encomendados pelo governo Bolsonaro, com base na LAI (Lei de Acesso à Informação). Em novembro, a Secom afirmou que precisaria de 90 dias para avaliar e tratar o conteúdo das pesquisas.

No total, a Secom pagou R$ 13 milhões por 33 levantamentos realizados, de 2022 a 2024, pelo Ipri (Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem), divisão de pesquisas da empresa FSB. O instituto venceu uma licitação em 2022, e o último trabalho foi realizado em abril de 2024, quando se encerrou o contrato.



A reportagem também solicitou acesso a uma lista específica de pesquisas feitas desde 2022 e pediu para a Secom apontar o motivo do sigilo de cada uma delas.

A pasta, no entanto, apontou apenas que os relatórios de pesquisas “passíveis de divulgação” já estavam disponíveis em seu site, sem informar a razão de cada levantamento permanecer escondido.

O link fornecido pela Secom apresenta os resultados de pesquisas realizadas de 2009 a 2011 e de 2013 a 2018.

A gestão Bolsonaro encomendou 13 das 33 pesquisas feitas pelo Ipri. A Secom sinaliza que esses levantamentos devem ter os resultados divulgados neste primeiro trimestre de 2025.

As pesquisas do governo passado incluem avaliações colhidas em entrevistas feitas em domicílios, antes das eleições de 2022. Os temas das sondagens eram Auxílio Brasil, “conjuntura nacional”, “juventude e universo feminino” e “inclusão e programas sociais”, entre outros.

O governo Bolsonaro ainda encomendou sete levantamentos com o rótulo “regular semanal”, feitos por telefone. O último foi feito em dezembro de 2022, quando o então presidente já havia sido derrotado na disputa ao Planalto.

Já o governo Lula quis saber a opinião da população sobre as marcas de 100 dias e de 1 ano do governo petista. Essas pesquisas custaram R$ 2,1 milhões cada. São os maiores valores pagos por levantamentos individuais dentro do contrato com o instituto.

No total, as pesquisas encomendadas sob Lula custaram R$ 9,8 milhões.

No governo petista, a Secom ainda encomendou levantamentos sobre “diagnóstico de políticas públicas”, “perfil da classe média brasileira”, “endividamento da população brasileira”, “avaliação de governo e conjuntura” e “conflito no Oriente Médio e agenda pública”.

As pesquisas mais recentes também incluem a percepção sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Outra pesquisa trata especificamente da Operação Sequaz, da Polícia Federal, contra uma suposta tentativa do PCC (Primeiro Comando da Capital) de realizar ataques contra autoridades, entre elas o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Em março de 2023, Lula se tornou alvo de críticas ao afirmar que o plano descrito pela PF era uma “uma armação” do ex-ministro de Bolsonaro.

Procuradas, a CGU e a Secom não se manifestaram sobre a decisão de manter todas as pesquisas feitas sob Lula em sigilo.

Em recursos apresentados nos processos baseados na LAI, a Secom afirmou que o site da pasta já aponta “valor e objeto de cada pesquisa”. O link indicado, porém, aponta um título genérico da pesquisa, sem detalhar quais foram as perguntas feitas à população e seus resultados.

A Secom também considerou o pedido para liberar os documentos “desarrazoado”. A secretaria citou uma portaria do fim de 2023 sobre o acesso a informações da Presidência. O texto barra a divulgação de dados que podem “trazer maiores prejuízos à sociedade do que os benefícios de sua divulgação”.

Ao ser acionada em recurso apresentado pela reportagem, a CGU disse que existe precedente “em que se decidiu pelo indeferimento do recurso, por entender que resultados de determinadas pesquisas possuem o potencial de trazer à tona informações distorcidas referentes a uma política pública a ser implantada”.

Segundo a CGU, a divulgação ainda poderia “frustrar expectativas e gerar a propagação de informações equivocadas, além de que se tratam de documentos preparatórios à tomada de decisão futura, cujo acesso é assegurado a partir da edição do ato ou decisão correspondente”.

Fonte: Folha de São Paulo

Foto: Gabriela Biló – 25.out.24/Folhapress

Integrantes do MP impõem obstáculos na divulgação de salários

 


Enquanto no Judiciário, graças a um lampejo de transparência (estabelecido e mantido em grande parte pela pressão da sociedade), é possível saber que os penduricalhos pagos a magistrados têm pelo menos 2.669 nomes diferentes, no MP (Ministério Público) não é possível sequer ter ideia sobre o grau de criatividade para batizar benefícios. Saber o quanto eles custam aos cofres públicos, então, é missão para poucos, e extensa.

Para começo de conversa, não há uma fonte unificada com os dados de remuneração de todos os MPs, como há para o Judiciário .

Se uma pessoa quiser verificar uma informação simples como, por exemplo, a média de remuneração nos MPs estaduais ao longo de 1 ano, precisará acessar 27 sites diferentes, baixar 12 planilhas de cada um, e tratar os dados para torná-los compatíveis entre si, já que cada órgão libera as informações no formato que achar melhor (e às vezes o mesmo MP muda a forma de divulgação de um mês para outro). O DadosJusBr, da Transparência Brasil, tem cumprido essa missão paulatinamente.

E, como no fundo do poço quase sempre tem um alçapão, há outro obstáculo: a regulamentação da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) nas MPs. Já há 1 ano em vigor, a resolução 281 de 2023 (PDF – 445 kB) do Conselho Nacional do Ministério Público estabelece que a consulta a dados de remuneração de integrantes e funcionários dos MPs só deve ser liberada depois de a pessoa interessada se identificar.

Até o momento, MPs de 6 Estados aplicam a regra: Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo. Nesse aspecto, a criatividade fica bem visível, já que cada órgão exige dados diferentes do cidadão que queira conferir quanto recebem os procuradores, promotores e funcionários.

Os Estados de Pará, Rio de Janeiro e São Paulo são os mais exigentes. No caso dos primeiros, é preciso usar a conta gov.br; o MP paulista pede nome, e-mail, CPF, telefone e aplica um teste para saber se a pessoa é um robô.

O Mato Grosso do Sul não chega a pedir dados pessoais de quem verifica os pagamentos a seus integrantes e funcionários, mas também não revela muito. Usando a LGPD como desculpa, não divulga os nomes das pessoas às quais cada remuneração se refere. Elas só são identificadas pelos cargos que ocupam e suas lotações.

Nada disso é de fato amparado pela legislação. A divulgação sem obstáculos das remunerações de agentes públicos é permitida pela LGPD, por serem de interesse público. A coleta de dados pessoais de quem consulta as informações é, por sua vez, contrária à regra, porque não obedece aos princípios de finalidade e necessidade. Nem sequer há clareza sobre o que é feito com esses dados, quem tem acesso a eles e por quanto tempo são armazenados.

A incapacidade de procuradores e promotores de garantir plena transparência sobre seus ganhos, simplesmente cumprindo a lei, cobre sua intensa reação contra a limitação de supersalários via PEC do corte de gastos de desconfiança, e macula a integridade de uma instituição com enorme importância na defesa e manutenção da democracia.


Fonte: Poder 360

Foto: Poder 360