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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Defesa de Bolsonaro critica vazamento de delação de Cid

 


A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou uma nota criticando o vazamento da delação do ex-ajudante de ordens do presidente, o tenente-coronel Mauro Cid. Os advogados Celso Vilardi, Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser afirmaram que a defesa não tem acesso à íntegra da delação, apesar do que chamaram de “vazamentos seletivos”.

Os depoimentos de Mauro Cid para a investigação dos planos golpistas de 2022/2023 são mantidos sob sigilos pelo ministro Alexandre de Moraes. No último domingo (26.jan.2025), porém, foi revelado pelo jornal O Globo um dos depoimentos realizados pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O documento, de 28 de agosto de 2023, tem 6 páginas e menciona mais de 20 pessoas.

“Investigações ‘semissecretas’, em que às defesas é dado acesso seletivo de informações, impedindo o contexto total dos elementos de prova, são incompatíveis com o Estado Democrático de Direito, que nosso ordenamento busca preservar”, afirmaram os advogados no comunicado divulgado no último domingo (26.jan).

Jair Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados em novembro de 2024 pela Polícia Federal pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Segundo a corporação, uma “organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder” foi identificada pelo órgão.

A nota assinada pela defesa de Bolsonaro “manifesta sua indignação diante de novos ‘vazamentos seletivos’, assim como seu inconformismo diante do fato de que, enquanto lhe é sonegado acesso legal à integralidade da referida colaboração, seu conteúdo, por outro lado, veio e continua sendo repetidamente publicizado em veículos de comunicação”.

A delação de Cid menciona ainda que Eduardo Bolsonaro (PL), deputado federal e filho de Bolsonaro, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, faziam parte de um grupo mais radical próximo ao ex-presidente. O senador Jorge Seif (PL-SC), também citado por Mauro Cid na delação, disse que as declarações eram “falaciosas, absurdas e mentirosas”.

“Jamais ouvi, abordei ou insinuei nada sobre o suposto golpe com o presidente da República nem com quaisquer dos citados na delação vazada. O conteúdo do depoimento ilegalmente vazado é apenas uma opinião de “classificação” que me inclui de forma criminosa como parte de um grupo fictício, e não contém nenhum relato de fato específico sobre participação minha que jamais existiu”, afirmou Seif em nota.

Fonte: Poder 360

Foto: Reprodução 

Fortaleza dos Reis Magos vai ter cobrança de ingresso e novos horários de visitação; entenda

 


O Forte dos Reis Magos, um dos principais pontos turísticos e históricos de Natal, terá o valor do ingresso reajustado para R$ 10 a partir de 1º de fevereiro. A mudança foi oficializada por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado neste sábado 25.

Desde janeiro de 2024, a entrada na fortaleza custava R$ 5. Apesar do aumento, moradores de Natal continuarão tendo gratuidade, desde que apresentem um comprovante de residência.

Segundo a Fundação José Augusto, responsável pela administração do Forte, a cobrança tem como objetivo garantir a sustentabilidade financeira do local, além de valorizar o patrimônio e permitir a manutenção e a melhoria contínua dos espaços e acervos.

O horário de funcionamento continuará o mesmo, com visitações de terça a domingo, das 8h às 16h.

A portaria também prevê descontos e benefícios para alguns grupos. Entidades Sindicais de Classe representativas do segmento turístico terão 30% de desconto na compra de pacotes de pelo menos mil ingressos adquiridos às quartas-feiras.

Além disso, guias de turismo cadastrados e acompanhando visitantes terão entrada gratuita. O benefício da meia-entrada será concedido a estudantes do ensino fundamental, médio, técnico e superior, professores, jovens de 15 a 29 anos inscritos no Cadastro Único, idosos a partir de 60 anos, crianças com idade superior a 12 anos, pessoas com deficiência e doadores de sangue e medula óssea, desde que apresentem a documentação necessária.

Fonte: Portal 98Fm

Foto: Sandro Menezes / Governo do RN

Força Democrática protesta contra Lula e celebra engorda de Ponta Negra





Na manhã deste domingo (26/01), o grupo ativista Força Democrática realizou um ato na Praia de Ponta Negra.

O objetivo foi comemorar o término da obra de engorda da praia, custeada com recursos destinados pelo então presidente Jair Bolsonaro, e protestar contra o governo Lula, que enfrenta novas acusações de irregularidades fiscais.

Durante o ato, o presidente municipal do PL, Coronel Hélio, agradeceu ao presidente Bolsonaro, ao senador Rogério Marinho, ao ex-prefeito Álvaro Dias e ao atual prefeito Paulinho Freire. “Preservar o Morro do Careca, nosso maior patrimônio turístico, é fundamental. Com essa obra, o desenvolvimento econômico está de volta à nossa capital”, destacou.

Líder do Força Democrática, Reny reforçou a importância da obra para Natal: “Não fosse a atuação de Bolsonaro, talvez essa obra não fosse realizada. É um marco para a cidade e para o Rio Grande do Norte.”

No mesmo ato, o grupo manifestou indignação contra o governo Lula, destacando as revelações feitas pelo ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), que comprovam a realização de pedaladas fiscais no programa “Pé de Meia”. Para os ativistas, o episódio reforça a necessidade de vigilância sobre as ações do governo, que repetidamente desrespeita normas de governança e responsabilidade fiscal.

O movimento segue ampliando sua presença e promete novas mobilizações nos próximos meses.

Foto: Divulgação 



ALIMENTOS: Carne sobe 20,8% e está entre os produtos que mais tiveram alta de preços

 


A inflação dos alimentos subiu 8,23% em 2024 na comparação com o ano anterior. Dentre as comidas analisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o abacate teve a maior alta (174,7%).

O top 3 termina com a laranja-lima (91,0%) e a tangerina (74,2%). Os dados são do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), usado para medir a inflação oficial do Brasil.

As carnes bovinas em geral tiveram uma alta de 20,8% e são um destaque dentre os alimentos que mais encareceram no ano. O acém teve uma expansão de 25,2% e está no 9º lugar no ranking. O patinho aumentou 24,1% e ocupa a 12ª posição.

Alguns alimentos têm um impacto maior no bolso do cidadão do que outros. As carnes são mais buscadas pelos brasileiros do que algumas frutas, por exemplo. Alguns produtos terminaram o ano em queda, como foi o caso da cebola e do tomate. Não têm tanto impacto no índice geral quanto.

“Mesmo que os preços de itens como cebola e tomate tenham caído, a redução em alimentos de menor valor agregado não é suficiente para compensar os aumentos nos cortes como picanha e costela”, disse Haroldo Torres, economista e sócio-diretor do Pecege Consultoria e Projetos, em entrevista anterior ao Poder360.

ÍNDICES PREOCUPAM LULA

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mobiliza no começo de 2025 em uma tentativa de baratear os alimentos ao longo do ano. O tema é caro para o governo petista, por causa do apelo social e da necessidade de melhorar os índices de popularidade.

Janeiro foi um mês com dificuldades de Lula frente aos brasileiros, especialmente por causa da crise sobre as regras de fiscalização do Pix.

A intenção de melhorar o custo da alimentação existe, mas os ministros estão perdidos quanto à forma de execução da empreitada. Parte da equipe defende que não haja impacto das medidas nas contas públicas. Outros já falam em aumentar subsídios e diminuir impostos, o que traz impacto nos cofres do Tesouro pelo lado das despesas e das receitas.


Fonte: Poder 360

Foto: Poder 360

Medicamentos tiveram alta de até 359% no preço em 2024

 


Medicamentos tiveram alta de até 359% no preço em 2024. A comparação é de janeiro em relação a dezembro do mesmo ano. Os dados são da CliqueFarma | Afya, ferramenta que compara preços de remédios e outros itens farmacêuticos.

O rivaroxabana, anticoagulante usado para prevenir e tratar tromboses, foi remédio cujo valor mais subiu no período (359%). Foi seguido pelo prednisolona, corticosteroide que trata inflamações e doenças autoimunes, aliviando inchaços e alergias (340%). Fechando o top 3 vem a tadalafila, usada no tratamento da disfunção erétil, hiperplasia prostática benigna e hipertensão arterial pulmonar (328%).

Segundo os dados, os aumentos podem ser explicados, de maneira geral, por uma combinação de fatores econômicos (inflação e câmbio), logísticos (cadeia de suprimentos e aumento no custo dos insumos) e comerciais (alta demanda e baixa concorrência em medicamentos específicos).

“Muitos desses medicamentos também são usados para condições críticas ou crônicas, o que os torna mais suscetíveis a grandes variações de preços”, disse a CliqueFarma | Afya.

A CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) autorizou em 2024 um reajuste de até 4,5% nos valores praticados em medicamentos no Brasil. Os valores superiores a 300%, porém, ultrapassam o percentual estipulado no ano passado.

Para chegar ao índice, a CMED observou fatores como inflação dos últimos 12 meses, produtividade das indústrias de medicamentos, custos não captados pela inflação, como o câmbio e tarifa de energia elétrica e concorrência de mercado, conforme determina o cálculo definido desde 2005.


Fonte: Poder 360

Foto: Poder 360

Combustível ficará mais caro a partir de 1º de fevereiro; reajuste do ICMS será aplicado em todo o país


 A partir de 1º de fevereiro, os motoristas terão que gastar mais para encher o tanque. Isso porque o valor da gasolina, do etanol e do diesel subirá nos postos porque o  ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre combustíveis sofrerá um reajuste na data mencionada.

A alíquota da gasolina e do etanol aumentará em R$ 0,10 por litro, passando para R$ 1,47.  Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, para R$ 1,12. A mudança nos impostos será aplicada em todos os estados e aumenta as preocupações com a inflação. A alta dos preços dos combustíveis tende a gerar um efeito cascata, já que o custo do transporte é embutido no preço de produtos e serviços.

No ano passado, por exemplo, a gasolina foi o subitem que mais teve peso no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), e acumulou alta de 9,7%. Em 2024, a inflação estourou o teto da meta. Com a inflação fora desse limite, o Banco Central age com taxas de juros mais altas, o que gera um efeito de desaceleração na economia.

O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) explicou o reajuste no ICMS é uma medida para garantir um sistema fiscal equilibrado, alinhado às flutuações do mercado e promovendo uma tributação mais justa.

Defasagem

Embora a Petrobras não siga mais o Preço de Paridade Internacional (PPI), mantendo certa autonomia em relação ao mercado global, as defasagens nos preços domésticos são significativas. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço praticado pela Petrobras e o valor no mercado internacional chega a 85 centavos por litro no diesel (24%) e a 37 centavos na gasolina (13%).

Segundo a entidade, os reajustes devem ser aplicados, de forma a dar maior segurança para a importação dos volumes necessários para completar o atendimento das demandas, bem como para não prejudicar as precificações dos produtos dos produtores privados.

O preço dos combustíveis já vem sendo pressionado pela valorização do dólar, que recentemente ultrapassou a marca de 6 reais. O aumento no ICMS sobre gasolina, etanol, diesel e biodiesel adiciona uma nova camada de pressão, tornando inevitável o repasse aos consumidores nas bombas. O problema é que elevações no preço dos combustíveis têm um efeito cascata sobre a economia, impactando diversos setores e contribuindo para o aumento generalizado da inflação.


Fonte: Veja

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Lula tem piores resultados no Congresso e vislumbra campo minado até 2026


 A primeira metade do terceiro mandato de Lula (PT) foi marcada por um desempenho ruim no Congresso Nacional, reflexo de um fenômeno político observado há cerca de dez anos e que projeta mais dificuldade para a reta final da gestão.

O desempenho das medidas provisórias em 2023 e 2024 —a principal ferramenta legislativa do Executivo— foi o pior da história. Os vetos presidenciais, outro grande instrumento do governo na área, também tiveram marca histórica negativa.

Um total de 32 vetos feitos por Lula a projetos aprovados pelo Legislativo foram derrubados total ou parcialmente por deputados e senadores, que têm a palavra final (o presidente tem o poder de vetar projetos do Congresso, que por maioria pode derrubar esses vetos). O número é similar ao de igual período da gestão de Jair Bolsonaro, do PL (31).

Das 133 medidas provisórias que Lula editou em 2023 e 2024, só 20 foram aprovadas, com modificações, cerca de um terço do observado no mesmo período sob Bolsonaro, que até então detinha o pior desempenho —58 MPs aprovadas de um total de 156.

A maior parte, 76, caducou sem ter sido votada.

As MPs têm eficácia de lei desde a edição, mas precisam ser corroboradas pelo Congresso em um prazo de até 120 dias, caso contrário deixam de valer (antes de setembro de 2001 elas podiam ser reeditadas indefinidamente, sem necessidade de análise do Congresso).

Contribuíram para esse resultado a disputa de poder entre Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) sobre a tramitação das MPs, o que travou boa parte delas, e a relativa pequena presença da esquerda no Congresso —com o controle de apenas cerca de um quarto das 594 cadeiras.

Mas esses dois fatores não são os únicos.

Dilma Rousseff 2 (2015-2016), Michel Temer (2016-2018), Bolsonaro (2019-2022) e Lula 3 (2023 em diante) protagonizaram governos que tiveram na maior parte do tempo uma difícil relação com o Congresso.

O cenário diferiu da maior parte dos governos anteriores, que também enfrentaram momentos de turbulência com o Congresso, mas que na média conseguiram manter uma relação hegemônica.

Os tempos dos costumeiros “tratoraços governistas” no Congresso começaram a ruir em 2015, período que abrigou dois grandes eventos que mudariam o curso da história recente —o começo da escalada em valores e em impositividade das emendas parlamentares e a vitória de Eduardo Cunha (MDB-RJ) sobre o governista Arlindo Chinaglia (PT-SP) na eleição para a presidência da Câmara.

As emendas são hoje o principal instrumento de política dos congressistas, que consomem boa parte do dia a dia e do mandato gerenciando verbas para obras e investimentos em seus redutos eleitorais e costurando blocos locais políticos com governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores.

Só em 2024, por exemplo, cada deputado teve ao menos R$ 38 milhões em emendas. Cada senador, ao menos R$ 70 milhões. Líderes de bancadas e parlamentares mais influentes direcionam bem mais que isso.

De 2015 até agora, as emendas tomaram uma direção ascendente que as levou a superar a casa dos R$ 50 bilhões. Além do aumento no volume, o Congresso aprovou a execução obrigatória para a maior parte da bolada.

Isso tirou da mão dos governos o principal instrumento que era historicamente usado para formar maiorias e cobrar fidelidade no Congresso, o conhecido “toma lá, dá cá”: o governo só liberava emendas de parlamentares aliados e fiéis, e parlamentares condicionavam o apoio e o voto a essa liberação.

O empoderamento do Congresso coincidiu também com a falta de fôlego da esquerda nas urnas e, consequentemente, a majoritária presença da centro-direita e da direita na Câmara e Senado.

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Fonte: Folha de São Paulo

Foto: Ranier Bragon – 1.jan.23/Folhapress

Sisu 2025: divulgação dos resultados atrasa e fica para segunda-feira sob queixas dos estudantes


 Desde o início da manhã de domingo, relatos nas redes traziam estudantes reclamando da instabilidade no portal do Sisu. Ao clicar no endereço eletrônico, o usuário se deparava com a mensagem: “Fique tranquilo, não se preocupe, em breve você poderá acessar a plataforma do Sisu”.

Apesar do MEC não divulgar uma previsão para a liberação da consulta neste ano, no entanto, os inscritos se basearam em horários dos anos anteriores para justificarem as queixas. No ano passado, o resultado era previsto para sair às 9h, mas a divulgação aconteceu horas mais tarde, por volta das 18h. Já em 2023 foi mais próximo do esperado, às 9h44.

A poucos minutos da meia-noite, o MEC informou que “as equipes técnicas da Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação seguem trabalhando na finalização dos resultados do Sisu”, e que a divulgação ocorrerá ao longo desta segunda-feira (27), sem estabelecer um horário para que isso aconteça.

Por volta das 20h, o termo “Sisu” estava entre os mais citados na plataforma X, com piadas, memes e inúmeras reclamações. O presidente da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Hugo Silva, chegou a postar a print de uma mensagem enviada ao presidente do Inep cobrando respostas sobre o atraso. “É inadmissível que os estudantes precisem ficar mais de 20h em aflição com algo que definirá nosso futuro”, publicou.

“O fato de eu ter acordado às 8:00 da manhã pra entrar no site do sisu às 9:00 achando que ia ter saído o resultado meio que me faz odiar o mundo”, escreveu um usuário. Após a divulgação do comunicado do MEC, outro inscrito endossou a reclamação: “Faltando minutos pra meia-noite, o MEC e o INEP avisam que o resultado do Sisu só sai amanhã. A falta de organização e respeito com milhões de estudantes que esperaram o dia inteiro é revoltante. Incompetência não tem limite”.

O senador Alessandro Vieira (SE) criticou o atraso e disse que o MEC é “incapaz de divulgar um resultado de Sisu no horário previsto e principalmente de manifestar um mínimo de respeito pelos alunos e suas famílias”.


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Fonte: O Globo

Foto: Reprodução 

Nova variante do vírus da dengue deixa autoridades em alerta

 


Acompanhar o pai e o tio quase morrerem de complicações de dengue há alguns anos não assustou Lia Salomão tanto quanto a epidemia de 2024, quando ela e parte da família passaram sufoco com a doença que matou mais do que a covid-19.

“Hoje posso dizer que estou neurótica, e essa neurose é uma onda de 2025, acho que ela não existia 2024, porque não tínhamos essa noção de que era tão fácil pegar dengue”, comenta a moradora de São Paulo. “Parecia que se eu estivesse passando um repelente e não deixando água no pratinho do vaso de plantas, estava bom, mas na realidade não é bem assim.

Além da fadiga e desgaste físicos sentidos por mais de uma semana, Salomão conta ter sofrido com disfunção cognitiva pós-viral, como é conhecida a falta de concentração após a cura de uma doença como a dengue, além da perda de cabelo – outro efeito colateral comum. “Ambos foram sensações muito ruins, mas a terrível foi com a minha avó, de 91 anos, que já bebia pouca água e passou a beber ainda menos, por conta do gosto ruim que fica com qualquer líquido; pensei que ia perdê-la a qualquer momento.”

A população acima dos 60 anos é a mais vulnerável à dengue, constituindo a maior parte das 6.068 mortes causadas por ela em 2024. Esse ano presenciou a pior epidemia já registrada no Brasil, quando mais de 6,6 milhões contraíram a doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti. O triste recorde anterior cabia aos anos de 2015 e 2023, quando mais de 1,649 milhão adoeceram.

Fonte: G1
Foto: Freepik

Governo do RN cobra mais R$ 38 milhões ao DNOCS para conclusão da barragem de Oiticica


 O Governo do Rio Grande do Norte solicitou ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) um montante de R$ 38,7 milhões para conclusão das obras de Oiticica, iniciadas em 2013, segundo documento obtido pelo jornal Tribuna do Norte.

Segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), o valor é necessário para conclusão de uma série de questões que ainda estão em andamento na barragem. Ao fim das obras, o Complexo Hidrossocial de Oiticica deve terminar em R$ 893 milhões de investimentos. Atualmente, a barragem acumula 45 milhões de m³ de água.

De acordo com o documento, o Governo aponta que foram repassados R$ 15 milhões “sendo ainda necessário o repasse do saldo remanescente no valor de R$ 38.717.215,95, fundamental para a conclusão das etapas de enchimento da barragem, bem como para o andamento das obras e serviços do Empreendimento Oiticica”, aponta o documento assinado pelo secretário Paulo Lopes Varella Neto.

Reiteramos a importância da celeridade na liberação dos recursos financeiros supracitados, a fim de evitar a descontinuidade de serviços e assegurar o cumprimento dos prazos estabelecidos para a execução das obras”, aponta ainda o documento.

No final de 2024, o Governo anunciou em seus canais a finalização das obras físicas da Barragem de Oiticica. O titular da Semarh, Paulo Varella, explica que o evento do ano passado foi para anunciar o fechamento do barramento de Oiticica, mas que ainda tem questões a serem executadas na obra em si. “Estamos trabalhando lá dentro, estamos colocando instrumentos, tem galerias, complementos. O barramento em si está pronto”, diz.

Ele explica ainda que os valores remanescentes são necessários para a conclusão de duas agrovilas, questões elétricas, vias de acesso, entre outras intervenções no Complexo Oiticica. O titular disse que os recursos não estão atrasados e que o pedido não significa nova atualização no preço do empreendimento, que deve fechar em R$ 893 milhões.

Em nota, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) disse que já repassou para a obra R$ 746.988.792,32. “Todos os recursos disponíveis, ou seja, que estavam empenhados, foram repassados. Os recursos solicitados, por meio do ofício SEMARH, deverão ser repassados após a aprovação do orçamento de 2025, pelo Congresso Nacional”, disse o MIDR.

“O Termo de Compromisso Nº 01/2013 celebrado entre o DNOCS e o Estado do Rio Grande do Norte, cujo objeto é a implantação do Empreendimento Barragem Oiticica, tem seu prazo de conclusão para no dia 31 de dezembro de 2025, conforme consta no seu 16º Termo Aditivo. Entretanto, é importante destacar que 100% do corpo da barragem está executado, permitindo, assim, o acúmulo de água. O DNOCS, de forma periódica, acompanha diretamente, solicita informações e faz visitas constantes às obras da Barragem de Oiticica. Os principais itens do cronograma que faltam concluir são a Estrada de Contorno, incluindo as obras de drenagem e passagens molhadas, Agrovilas e a estrada de acesso ao Complexo da Barragem de Oiticica”, finaliza o MIDR.

“Construtora tem contrato até o fim do ano”, diz Varella

Mesmo com as entregas previstas para março, o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do RN, Paulo Varella, garante que a empresa que toca as obras em Oiticica não deverá ser desmobilizada, permanecendo por mais um tempo no local para monitoramento e instrumentação da barragem, avaliações periódicas após a quadra chuvosa e eventuais reparos.

“Uma obra deste tamanho é de uma responsabilidade monstruosa. A construtora tem contrato até o fim do ano. Temos que acompanhar o enchimento, fazer as medições, medir instrumentos. Agora em março terminaremos essa fase “hard”, mas teremos que continuar trabalhando e acompanhando até que a gente veja que está tudo certo. Se precisar de qualquer intervenção da empresa ela estará pronta para fazer. O vertedouro, por exemplo, é o maior do mundo em CCR (Concreto Compactado a Rodo). Temos a gerenciadora que deve continuar durante esse tempo acompanhando tudo isso, temos o plano de segurança de barragens que estamos implementando, principalmente nesse período de enchimento”, acrescenta.

Com obras iniciadas em 2013 e uma previsão para conclusão em 2015, Oiticica ganhou diversos prazos e encareceu ao longo do tempo em 187% do orçamento inicial. Ao término das obras, Oiticica poderá chegar a um orçamento de R$ 893 milhões, valor bem acima do orçado no início das atividades em 2013, na casa dos R$ 311 milhões. O secretário Paulo Varella explica que o Complexo Hidrossocial de Oiticica “é uma nova forma de se construir barragens no Rio Grande do Norte”, uma vez que a obra terá grande impacto social. A mudança no preço da obra, segundo Varella, se deve à inclusão de agrovilas, inclusão do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PSIF), desapropriações e adequações.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Divulgação