Para o deputado estadual José Dias (PL), “o PT sofre de uma síndrome terrível. Não consegue ver os fatos. Eles distorcem a realidade de acordo com a sua imaginação e cria a versão que bem interessa”.
José Dias disse que a construção da barragem Oiticica “é um sonho centenário. Foi trabalhada trabalhada pouco ou muito por outros governos. E teve, vamos dizer assim, o seu desenrolar mais rápido ou menos lento, ou melhor, começando a funcionar em governos recentes”.
Segundo Dias, os governos do PT têm parte nessa história desde Dilma Rousseff, “mas o grande impulsionador foi indiscutivelmente o governo Bolsonaro, foi quem investiu mais, fez tudo para que ela realmente tornasse irreversível”.
José Dias declarou, ainda, que pelo esforço do senador Rogério Marinho, que como ministro, ele conseguiu mobilizar mais de 90% do recurso para essa obra, “que não foi terminada, diga-se a absoluta verdade, por incompreensão, proselitismo político, disfunção ideológica da governadora que criou em vez de facilidade obstáculos terríveis para que a obra fosse concluída”.
O deputado José Dias disse que foram levantando problemas, “coisas que seriam facilmente equacionadas, solucionadas, como realmente aconteceu que agora está sendo levada a cabo”.
Na avaliação de José Dias, “foi um trabalho realmente muito grande” da governadora Fátima Bezerra (PT) “para impedir que a obra fosse feita numa velocidade que não convinha a ela Isso é a prática mais deletéria que nós podemos ter na política”.
“Se nós tivéssemos o mínimo de coerência e honestidade política, a obra seria iniciada, ressaltava-se a participação de todos e dava o crédito a quem tem crédito. Mas não, ela vai ser apenas um instrumento de propaganda política com dinheiro público. Pior é isso. vão gastar muito dinheiro nosso, mas é uma obra fundamental, e será concluída como a adutora do Seridó.
O deputado Nelter Queiroz (PSDB) destacou-se na Assembleia Legislativa por sua vigilância e cobrança na conclusão da barragem Oiticica, que “na verdade é um complexo”.
Nelter Queiroz diz que “agradece ao governos federal como um todo, a todos os presidentes Dilma, Bolsonaro e Lula, realmente é um sonho, também foi uma luta do nosso mandado, mas está prestes para ser concluída, faltando algumas coisas que estão em andamento, como o asfalto de acesso à RN-118, precisamente da comunidade de Aroeira, até a Nova Barra de Santana”.
Queiroz lembra que em sua vinda ao Rio Grande do Norte no segundo mandato, a presidente Dilma Roussef, “houve um trabalho por segmentos do PT tirar a barragem da pauta, mas conversei com o deputado federal Henrique Eduardo Alves, que na época presidia a Câmara dos Deputados, e convenceu a presidente a colocar e liberar dinheiro para Oiticica”.
Segundo Queiroz, por esse motivo de Henrique Alves presidir a Câmara, “e não tivesse ocorrido a liberação dos recursos, a barragem Oiticica hoje ainda não tinha saído do papel”.
Por fim, Queiroz reconhece que outra cobrança dele, as agroavílias foram feitas, “mas alguns ajustes têm que ser feitos, e nós estamos cobrando e irei lá solicitar exatamente mais obras para a nossa região, como o anel viário de Jucurutu e o acesso da Serra de João do Vale”.
Para o deputado estadual Coronel Azevedo (PL), o presidente Lula vem entregar a barragem Oiticica “para atestar a incompetência da gestão do PT. Onde coloca a mão é desmantê-lo. Uma obra que foi deixada praticamente concluída no governo Bolsonaro, faltava apenas detalhes. Todo esse tempo, aí é má gestão em dose dupla, visto que há providências por parte também do governo do Estado, da gestão petista estadual”.
Por isso, segundo Azevedo, “o povo brasileiro acordou e está rejeitando essas propostas que foram apresentadas durante a campanha eleitoral e não executadas, não entregues. O povo está se sentindo enganado pelo governo petista. Mais uma pesquisa, IPEC, publicada agora na Folha de São Paulo hoje, 41% do Brasil diz não a Lula, apenas 27% ainda crê nas suas narrativas que nunca se executam então o Brasil acordou e Lula vem apresentar o atestado de óbito do seu governo”.
O deputado Luiz Eduardo (SDD) questiona, depois da obra de Oitica ter passado por três presidentes, “qual a lição que a gente tira desse episódio? Quando eles brigam por ideologia política o país sofre. Quando eles se juntam para fazer obras, o país se beneficia. E graças a Deus que essa obra vai ser concluída. A Barragem de Oiticica vai ajudar a resolver um problema sério de muitas famílias do Rio Grande do Norte e gerar turismo e dividendos econômicos na região do Seridó”.
“Nós que vivemos em uma cidade com abundância de água não imaginamos como é difícil existir em um lugar onde a água é escassa. Então, vamos torcer para que os presidentes briguem menos e façam mais pelo povo”, concluiu.
Já na avaliação do deputado Taveira Júnior (União), a barragem de Oiticica “é uma obra essencial, realmente, para o Rio Grande do Norte. A conclusão dela representa uma conquista bastante significativa para a população do Seridó”.
“O que a gente espera é que a entrega aconteça, sem atraso, e que a barragem possa de fato cumprir seu papel no abastecimento hídrico e no desenvolvimento daquela região, onde vai beneficiar 43 municípios e, assim, independente do governo o que importa é que essa estrutura finalmente saia do papel e traga benefício concreto para o povo potiguar”, completou Taveira Jr.
Inauguração começa às 12h em Jucurutu
O presidente Lula da Silva, participa, a partir das 12 horas desta quarta-feira, 19 de março, da inauguração da Barragem Oiticica, em Jucurutu, na região do Seridó, ocasião em assina a ordem de serviço para construção da adutora do Agreste Potiguar.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, também estará na inauguração do Complexo Oiticica, obra que foi iniciada em 2013, durante o governo Dilma Rousseff.
Ao longo do tempo, o projeto passou por ajustes atendendo aos pleitos de moradores. O governo Dilma executou 69% da obra, que chego a 95% no governo Bolsonaro, como parte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).
A barragem contará com uma ampliação em sua capacidade de reservatório, que saltará de 75,56 milhões de metros cúbicos para 742 milhões. Essa expansão não apenas aumenta a segurança hídrica na região, como também beneficiará diretamente 43 municípios e cerca de 330 mil pessoas.
Fonte: Tribuna do Norte
Foto: João Gilberto