sexta-feira, 18 de julho de 2025

Moraes proíbe Jair Bolsonaro de falar com filho Eduardo

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18). Na medida, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou ainda a proibição de Jair Bolsonaro usar suas redes sociais, e de se comunicar com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente nos EUA.

“A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (18/7), em Brasília, dois mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal, no âmbito da PET n.º 14129”, disse a PF em nota.

Fonte: Grande Ponto com informações de Metrópoles

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Oposição reage a novas medidas contra Bolsonaro: “Perseguição política disfarçada de ação judicial”

 


Líderes da oposição no Congresso divulgaram, nesta sexta-feira (18), uma nota oficial criticando duramente as recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. As medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais e de contato com aliados e diplomatas. Os parlamentares afirmam que se trata de uma escalada autoritária e denunciam uma suposta tentativa de silenciar o principal líder da oposição no Brasil.

Confira a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

O Brasil assiste, mais uma vez, a um grave episódio de perseguição política disfarçada de ação judicial. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi novamente alvo de medidas cautelares arbitrárias determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que, em nome da autoridade, tenta impor o silêncio ao principal líder da oposição no país. As medidas impostas — como a proibição do uso das redes sociais, de comunicação com diplomatas estrangeiros, de manter contato com aliados políticos e até com seu próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, além da imposição de tornozeleira eletrônica — não se sustentam juridicamente e ferem princípios constitucionais fundamentais, como o devido processo legal, a dignidade da pessoa humana e a proporcionalidade.

Não há condenação. Não há provas inequívocas de crime. Há, sim, uma escalada autoritária e o uso do aparato judicial como instrumento de repressão política. Trata-se de um movimento perigoso, que ameaça as bases do Estado de Direito e transforma a divergência em delito. A criminalização de opiniões, o cerceamento da liberdade de expressão, o cerceamento do direito de defesa e de prerrogativas de advogados, tudo na tentativa de neutralizar lideranças por vias judiciais, que colocam em risco a própria democracia. Criticar autoridades, denunciar abusos e participar do debate público são direitos garantidos pela Constituição — e não podem ser tratados como afrontas institucionais.

O contraste com o passado recente é evidente. Em 2016, Dilma Rousseff discursou na ONU para denunciar um suposto golpe. Em 2017, advogados de Lula foram à Europa questionar decisões do Judiciário brasileiro. Em 2018, a defesa do ex-presidente recorreu à ONU para impedir sua prisão, enquanto ele próprio, mesmo condenado, pôde viajar ao exterior para fazer denúncias contra instituições brasileiras — sem sofrer qualquer censura, prisão domiciliar ou restrição de fala. Por que, então, agora se trata com tamanha rigidez um ex-presidente que sequer foi condenado?

Enquanto se restringem liberdades e se tenta calar adversários, vemos, ao mesmo tempo, a relativização da corrupção de réus confessos da Lava Jato, o perdão bilionário de escândalos que drenaram os cofres públicos, o abandono dos aposentados, o aumento do custo de vida e o avanço do aparelhamento do Estado. Uma cortina de fumaça encobre o caos econômico e moral instalado no país, desviando a atenção para perseguições políticas seletivas.

Diante desse cenário, o Congresso Nacional precisa reassumir seu papel constitucional. É dever do Legislativo agir com independência e responsabilidade para conter os excessos de um Poder que, cada vez mais, ultrapassa os limites da legalidade e da razoabilidade. Quando decisões individuais violam liberdades fundamentais, silenciam representantes eleitos e interferem diretamente na vida política nacional, o Parlamento deve reagir com firmeza para restabelecer o equilíbrio entre os Poderes e proteger os direitos do povo.

É hora de a sociedade brasileira se posicionar com coragem. O povo deve voltar às ruas, de forma pacífica e ordeira, para exigir respeito à Constituição, à liberdade e à democracia. Nenhuma toga está acima da lei. Nenhum cargo autoriza a perseguição. Nenhum brasileiro deve ser silenciado por pensar diferente. Somos 213 milhões de cidadãos livres. E a Constituição é clara: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

Por tudo isso, reafirmamos nosso repúdio à censura, à intimidação e à tentativa de humilhação de um ex-presidente da República. O silêncio jamais será uma opção diante da injustiça.

Rogério Marinho
Líder da Oposição no Senado

Carlos Portinho
Líder do PL no Senado

Izalci Lucas
Líder da Oposição no Congresso

Zucco
Líder da Oposição na Câmara

Sóstenes Cavalcante
Líder do PL na Câmara


Fonte: Blog do BG

Foto: Jefferson Rudy

Moraes impõe tornozeleira e toque de recolher a Bolsonaro; entenda restrições

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de mandados da Policia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (18). Segundo apurado pela imprensa nacional, o ex-presidente também foi submetido a “medidas restritivas”, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro fará uso de tornozeleira eletrônica, além de precisar se submeter a recolhimento domiciliar das 19h às 7h, em dias úteis, e durante todo o final de semana. O ex-presidente também foi proibido de acessar redes sociais e não poderá se comunicar com diplomatas ou embaixadores estrangeiros.

A Polícia Federal cumpriu mandados na casa do ex-presidente e em endereços ligados ao Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.

A PF apontou que Bolsonaro tem atuado para dificultar o julgamento da ação penal por tentativa de golpe, que tramita no STF sob a relatoria de Moraes.


As medidas restritivas impostas a Jair Bolsonaro são:


uso de tornozeleira eletrônica;

recolhimento domiciliar entre 19h e 7h e finais de semana;

proibição de se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros;

proibição de se comunicar com outros réus e investigados;

proibição de acesso às redes sociais.

Segundo a Polícia Federal, as ações de Bolsonaro podem caracterizar crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

Além das novas medidas restritivas, Bolsonaro segue com o passaporte retido. Desde fevereiro de 2024, quando foi alvo da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, Bolsonaro está sem o documento. O ex-presidente tentou recuperá-lo em quatro ocasiões, mas todos os pedidos formulados por sua defesa para a devolução do documento foram negados por Alexandre de Moraes.


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: Ton Molina/STF

Prefeitura do Natal anuncia reforma da Praça e Árvore de Mirassol e Mercado das Quintas

 


As ordens de serviço para o início de três obras estruturantes que vão transformar importantes espaços públicos da capital potiguar: o novo pavilhão da Praça da Árvore de Mirassol, a reestruturação da própria Árvore de Mirassol — uma das maiores do Brasil — e a revitalização do Mercado Público das Quintas, serão assinadas, na terça-feira (22), pelo prefeito Paulinho Freire e pelo secretário municipal de Serviços Urbanos, Felipe Alves. As intervenções foram licitadas sob gestão da Semsur e representam um investimento total de R$ 2,2 milhões.

O grande destaque fica por conta da construção do novo pavilhão da Praça da Árvore, em Capim Macio, zona Sul da cidade. A cobertura será fixa, com projeto arquitetônico desenvolvido pela equipe técnica da Semsur. A proposta incorpora formas orgânicas em duas estruturas sobrepostas, criando uma identidade visual marcante e moderna para o espaço. A área coberta será de 584 metros quadrados e o prazo previsto de execução da obra é de quatro meses.

Além da cobertura diferenciada, o projeto prevê a instalação de elementos vazados decorativos em concreto, os conhecidos cobogós, combinados com estrutura de madeira, paisagismo integrado, novos bancos com tecnologia que reduz a absorção de calor, lixeiras, floreiras e balizadores com design atualizado.

“Estamos diante de um marco para o espaço público da cidade. A nova cobertura do pavilhão será um símbolo arquitetônico, funcional e acolhedor, pensado para valorizar o convívio e o bem-estar dos cidadãos”, ressalta o secretário municipal de Serviços Urbanos, Felipe Alves.

Outro ponto fundamental do pacote de obras é a recuperação completa da Árvore de Mirassol, um dos maiores símbolos natalenses e cartão-postal da cidade. A estrutura metálica, exposta constantemente a intempéries como sol, chuva e maresia, passa por nova manutenção estrutural para garantir segurança e longevidade. A última reforma havia ocorrido em 2021. Com a revitalização, o objetivo da Prefeitura é manter a Árvore acesa nas principais datas comemorativas do ano, reforçando o calendário de celebrações e a valorização da cultura local.

Já na zona Oeste, o Mercado das Quintas, considerado um dos mais tradicionais da cidade, também será requalificado. Localizado entre as ruas Pedro Nóva e Bela Vista, o mercado passará por melhorias estruturais na cobertura, revisão elétrica, pintura externa e interna, além da instalação de novos ventiladores de parede, palco com cobertura para eventos, adequações de acessibilidade, novos corrimões e sinalização para pessoas com deficiência. O equipamento público possui área total de 423 metros quadrados e receberá investimentos de R$ 150 mil.

 

STTU anuncia operação especial de trânsito para corrida neste domingo (20)


 A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) anuncia operação especial de trânsito para acompanhar a corrida promovida pela COOPANEST-RN, que acontece neste domingo (20). A largada será na Praça Cívica, na rua Trairí, com início às 6h da manhã.

De acordo com a STTU, a operação de fechamento das vias começará às 4h30 de manhã e tem o objetivo de garantir a segurança dos atletas e promover a fluidez nas vias que integram o percurso da prova.

A corrida sairá da rua Trairí e irá pela avenida Prudente de Morais, no sentido Candelária, realizando o retorno na Alexandrino de Alencar, nas proximidades do Corpo de Bombeiros. O trajeto se encerra no ponto de partida, também na rua Trairi.

Durante todo o percurso, agentes de mobilidade estarão posicionados em pontos estratégicos de bloqueio para auxiliar os atletas e condutores.

Os principais pontos de interdição são:
• Av. Prudente de Morais com Av. Gov. Juvenal Lamartine
• Av. Floriano Peixoto com rua Mossoró
• Rua Jundiaí com rua Prof. Fontes Galvão
• Av. Prudente de Morais com rua Ceará-Mirim

As linhas de transporte público que trafegam pela região terão o itinerário desviado. A nova rota provisória seguirá o seguinte percurso:
• Av. Nilo Peçanha
• Rua Manoel Dantas
• Av. Deodoro da Fonseca
• Rua Olinto Meira
• Av. Alexandrino de Alencar

A STTU orienta os condutores a utilizarem rotas alternativas durante a realização da corrida e reforça que agentes de mobilidade estarão nas vias para garantir a organização do tráfego e a segurança viária. A previsão é que todo o percurso da prova seja liberado ao trânsito a partir das 10h30. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 156, (84) 3232-10033232-9105 e 3232-9107.

Capacitação e novas parcerias impulsionam pequenos negócios em Extremoz

 



A Prefeitura de Extremoz realizou, nesta quinta-feira (18), um importante evento voltado ao fortalecimento do setor produtivo local. Cerca de 100 microempreendedores participaram da Oficina de Manipulação Segura de Alimentos, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, em parceria com a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde e com o apoio técnico do SEBRAE/RN.

Além da qualificação, o encontro marcou um avanço estratégico para o empreendedorismo da cidade: a assinatura do Termo de Cooperação Técnica entre a Prefeitura e a Agência de Fomento Desenvolve RN. O ato contou com a presença da presidente da agência, Márcia Maia, do diretor Elan Ferreira e da prefeita Jussara Sales, que destacou a importância do convênio para ampliar o acesso a crédito e incentivar novos negócios. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Rafael Correia, também participou da assinatura.

Com a parceria firmada, os pequenos empreendedores de Extremoz terão mais oportunidades de capacitação, acesso facilitado a financiamentos e suporte técnico para o desenvolvimento de suas atividades.

Para a prefeita Jussara Sales, o momento representa um passo concreto no compromisso da gestão municipal com o fortalecimento da economia local: “Nossa missão é apoiar e estimular quem empreende em Extremoz. Capacitação, crédito e parcerias estratégicas são caminhos para fazer a cidade crescer”, afirmou.

A parceria com o SEBRAE e o apoio da Desenvolve RN sinalizam uma nova fase para o empreendedorismo extremozense, aliando qualificação e incentivo ao crédito como pilares para o desenvolvimento econômico sustentável do município.

Desabastecimento atinge cerca de 36% da lista de remédios da Unicat



 A Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) registra um desabastecimento médio de 36,4%, considerando todas as oito unidades espalhadas pela capital e as descentralizadas (CEAFs), localizadas no bairro Alecrim, também em Natal, e nos municípios de Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros, Currais Novos, Santa Cruz e Assú. Na sede da Unicat, faltam 62 dos 218 medicamentos fornecidos à população, ou seja, 30,2% de escassez. O levantamento não leva em consideração os medicamentos para os quais não existem pacientes cadastrados. Todos os dados são da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e retratam o cenário da quinta-feira (17).


Na segunda unidade da capital, no Alecrim, zona Leste, faltam 35% dos remédios. No interior do Rio Grande do Norte, a situação também é preocupante. De acordo com as planilhas da Sesap, Santa Cruz, cidade distante 120 quilômetros de Natal, apresenta o maior percentual de desabastecimento do Estado: 46,8%. Em Caicó, na região Seridó, o índice chega a 44,1%, isto é, 68 medicamentos indisponíveis frente aos 154 totais que são fornecidos para a população. Há desabastecimento ainda nas unidades das cidades de Mossoró (34,4%), Pau dos Ferros (38,4%), Currais Novos (33,3%) e Assú (29,5%).


Faltam medicamentos para tratamento de tumores, diabetes, hipertensão arterial, artrite, ansiedade, sobrecarga de ferro, glaucoma, doenças respiratórias, epilepsias, câncer de próstata, endometriose, e complementos alimentares. Ao todo, cerca de 40 mil pessoas têm cadastro ativo no Estado. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou contato com a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) para saber se há previsão para reabastecimento dos estoques, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.


Um dos medicamentos de alta demanda da Unicat, a insulina análoga de ação prolongada não está disponível para a população de Natal. Há estoque em todas as outras unidades do Estado. O medicamento serve para manter os níveis de glicose no sangue estáveis ao longo do dia e da noite, simulando a insulina que o corpo produz naturalmente para essa função. Em março, a Unicat deu início ao cadastramento de pacientes portadores de Diabetes mellitus tipo 1, para recebimento do insumo, mas os estoques seguem vazios, aguardando envio do Ministério da Saúde.


Medicamentos

Veja como está a lista de medicamentos da Unicat


Unicat (sede Natal)

62 indisponíveis

143 disponíveis

30,2% de desabastecimento

Alecrim

14 indisponíveis

26 disponíveis

35% de desabastecimento

Caicó

68 indisponíveis

86 disponíveis

44,1% de desabastecimento

Mossoró

60 indisponíveis

114 disponíveis

34,4% de desabastecimento

Pau dos Ferros

63 indisponíveis

101 disponíveis

38,4% de desabastecimento

Currais Novos

47 indisponíveis

94 disponíveis

33,3% de desabastecimento

Santa Cruz

74 indisponíveis

84 disponíveis

46,8% de desabastecimento

Assú

44 indisponíveis

105 disponíveis

29,5% de desabastecimento

Fonte: Sesap


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Magnus Nascimento 

SEM CERVEJINHA: Heineken vai aumentar preço da cerveja no Brasil em 6%, diz jornal

 


A Newswires noticiou nesta quarta-feira (16) que a Heineken aumentou seus preços no Brasil em uma média de 6% em todo o seu portfólio, marcando o primeiro aumento de preços desde abril de 2024. A nova tabela de preços entrará em vigor em julho. Isso ocorre após o aumento de preços da Ambev (ABEV3) ocorrido no início deste ano, após o Carnaval.

O Bradesco BBI questiona se este pode ser um ponto de inflexão para as ações da Ambev.

“Houve rumores nas últimas semanas sobre o aumento de preços da Heineken, mas ainda vemos a leitura inicial da Ambev como positiva. No fim do dia, isso sinaliza um ambiente de preços mais racional para a cerveja brasileira, pelo menos no curto prazo. O aumento mais amplo da inflação de cerveja no setor após os aumentos da Ambev no início deste ano reforça essa visão”, avaliam Henrique Brustolin e Pedro Fontana, analistas que assinam o relatório. As ações subiam 1,73%, a R$ 13,50, às 12h (horário de Brasília) nesta quarta.

A questão-chave, no entanto, é se isso marca uma mudança estrutural na dinâmica competitiva — e ainda não acreditam que isso aconteça.

Os analistas apontam que a Heineken nunca foi a empresa mais agressiva em termos de preços e a empresa passou mais de um ano sem realizar um ajuste de preços. Assim, acreditam que sua ambição de aumentar volumes e participação de mercado permanece intacta, e agora está cada vez mais focada em lidar com o lucro dominante da Ambev no segmento mainstream — especialmente com a inauguração de sua nova cervejaria este ano.

“Em nossa opinião, a decisão de aumentar os preços agora também pode refletir os ganhos recentes de participação, principalmente após a decisão da Ambev, o que ajuda a sustentar as ambições de crescimento de volume. Além disso, o fato de a Heineken ter esperado a ação da líder de mercado — revertendo uma tendência de vários anos — contribui para essa visão”, avalia.

Em última análise, acredita que a trajetória patrimonial da Ambev depende de sua capacidade de continuar recuperando margens, o que depende de uma entrega equilibrada de preços e volumes, o que ainda não foi visto, segundo Brustolin e Fontana.

“Os resultados do 2T25 serão fundamentais para avaliar essa relação preço-volume, mas, dada a trajetória dos preços no ano, manter margens estáveis na cerveja brasileira este ano ainda parece desafiador”, apontam os analistas do Bradesco BBI.

Tudo isso ocorre em meio a sinais de desaceleração na indústria cervejeira brasileira e a um impulso limitado das operações internacionais da Ambev. Mesmo considerando uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações/receita) consolidada estável em 2025, projeta a Ambev sendo negociada a 14,5 vezes o múltiplo de P/L (preço sobre lucro), o que só ofereceria um cenário de ações mais convincente se a confiança no crescimento dos lucros retornasse.

O BBI mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 12.

Já o Goldman Sachs segue com recomendação de venda para os ativos. O banco, embora reconheça que um cenário competitivo mais racional é claramente um fator positivo para o setor como um todo, considera essa notícia com reservas, levando em conta que: 1. Os preços relativos ainda favorecem a Heineken, já que o rastreador sugere que a Ambev aumentou seus preços em média 7% em abril (e mais 2% em junho); 2. A atividade promocional tem sido intensa, compensando parcialmente o repasse desses ajustes para o nível da receita líquida.

“No contexto de demanda enfraquecida, oferta crescente e custos substancialmente mais altos, continuamos acreditando que será difícil para a Ambev manter sua participação de mercado e lucratividade nos próximos 12 meses – um contexto que, em nossa opinião, não justifica sua atual avaliação de preço/lucro prospectiva de 14,1 vezes”, conclui.


Fonte: InfoMoney

Foto: Bloomberg

Trump publica carta a Bolsonaro e diz que “sistema se voltou contra você”

 


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou, nesta quinta-feira (17/7), em sua rede Truth Social uma carta direcionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em que, mais uma vez, afirma que Bolsonaro é vítima de “um sistema injusto que se voltou contra” ele.

“Prezado Sr. Bolsonaro, vi o tratamento terrível que você está recebendo nas mãos de um sistema injusto que se voltou contra você. Esse julgamento deveria acabar imediatamente! Não me surpreende vê-lo liderando nas pesquisas; você foi um líder altamente respeitado e forte, que serviu bem ao seu país”, escreveu Trump.

O presidente norte-americano ainda destacou que compartilha do mesmo compromisso [de Bolsonaro] de ouvir a voz do povo”.

“Estou muito preocupado com os ataques à liberdade de expressão — tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos — vindos do atual governo. Expressei fortemente minha desaprovação, tanto publicamente quanto por meio da nossa política tarifária. É minha sincera esperança que o Governo do Brasil mude de rumo, pare de atacar os opositores políticos e encerre esse regime ridículo de censura. Estarei observando de perto”, completou Donald Trump.

Confira a carta:

Original


Traduzida


Fonte: Metrópoles 

Foto: Alan Santos/PR

Lula e Congresso encerram semestre em conflito e com lista de contas a acertar a partir de agosto

 


O presidente Lula (PT) e o Congresso Nacional encerraram o semestre legislativo em conflito e com uma lista de contas a acertar a partir de agosto, quando deputados e senadores voltam do recesso.

O último dia de trabalho efetivo de Câmara e Senado, nesta quarta (16), reuniu vários elementos dessa tensão, com discursos inflamados aos microfones, votações a toque de caixa e acusações de lado a lado durante a sessão que invadiu a madrugada de quinta-feira (17).

Crise do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), eventuais pautas-bomba, licenciamento ambiental, aumento no número de deputados e outros temas fizeram parte do cardápio que inflamou a semana e que, certamente, terão reflexo a partir do próximo mês.

A relação do governo Lula 3 com o Congresso nunca foi pacífica, tendo em vista a presença minoritária da esquerda, o que vinha ocasionando derrotas ao Palácio do Planalto.

Recentemente, porém, o governo entabulou uma reação após avaliar ter repercutido positivamente na popularidade presidencial a campanha encabeçada pelo PT nas redes sociais na linha de “ricos contra pobres”, tendo o Congresso como um dos alvos. O tarifaço de Donald Trump, na sequência, deu ao petista legitimidade para tentar retomar das mãos do bolsonarismo o discurso nacionalista.

A primeira medida direta de Lula em confronto com o Congresso foi recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do Legislativo, em junho, de sustar o decreto de aumento do IOF, votação que na Câmara teve apoio inclusive dos esquerdistas PDT e PSB, com placar elástico —383 votos a 98.

Na quarta-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes validou a maior parte do decreto de Lula, ponto central do plano do ministro Fernando Haddad (Fazenda) no sentido de equilíbrio das contas públicas.

A decisão de Moraes foi mote para bolsonaristas que participavam de votação na Câmara pressionarem enfaticamente o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a adotar uma reação, alegando que a falta de resposta causaria a completa desmoralização do Congresso.

No mesmo instante, chegou a notícia de outra ofensiva de Lula contrária aos interesses dos congressistas, dessa vez com o veto ao projeto que aumenta o número de deputados de 513 para 531.

A decisão do presidente foi tomada sem informação prévia a Motta e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), avalizadores do projeto. A atitude do petista foi lida por parlamentares como o troco da derrota aplicada na votação do IOF, cuja votação não foi informada previamente ao Planalto, mas sim publicada no perfil de Motta no X (ex-Twitter).

O Congresso poderá derrubar o veto de Lula na volta do recesso, mas agora caberá ao Legislativo o ônus público de, caso busque manter o aumento do número de deputados, colocar a digital em uma pauta que precisará do apoio de ao menos metade dos congressistas. Pesquisa do Datafolha mostrou em junho que 76% dos brasileiros são contra o projeto.

Coube à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), informar Motta sobre o veto, após receber a confirmação do gabinete do presidente. Na conversa, a ministra contou ter opinado pela chamada sanção tácita —quando o Executivo não se manifesta, deixando a promulgação a cargo do Legislativo—, mas Lula optou pelo veto.

Foi o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), quem deu a notícia a Alcolumbre. A postura de Lula tem sido encarada como uma prova de que ele não perdoou o fato de Motta ter anunciado pelas redes sociais a decisão de levar à pauta a derrubada do decreto do IOF.

Na avaliação de aliados de Lula e até de Motta, ao não o informar, o presidente deu resposta ao que foi considerado como descortesia do deputado.

Assim que a notícia do veto veio a público, Motta deixou o plenário da Câmara e foi ao Senado se reunir com Alcolumbre. Nenhum dos dois falou sobre o teor do encontro nem se manifestou publicamente sobre as decisões de Lula. Embora dos dois lados haja “bombeiros” que apostem nos 15 dias de recesso parlamentar como um possível redutor da fervura, os ânimos entre os parlamentares na noite e madrugada eram de conflagração.

Uma primeira resposta veio da mesma sessão em que o deputado foi pressionado a agir. A Câmara aprovou na noite de quarta uma pauta-bomba que inclui um crédito subsidiado de até R$ 30 bilhões para o agronegócio com verbas de petróleo do pré-sal. O placar, mais uma vez, foi folgado, 346 a 93.

Já na madrugada desta quinta foi a vez de os deputados aprovarem o projeto de lei que simplifica o licenciamento ambiental, classificado pela esquerda como o “PL da devastação”. Partidos com ministério no governo Lula somaram 63% dos votos a favor do projeto.


Fonte: Folha de S.Paulo

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

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