quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Prefeitura de Natal autoriza crédito de R$ 7,7 milhões para Hospital Municipal

 


A Prefeitura de Natal autorizou a abertura de um crédito suplementar de R$ 7.716.282,72 para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), destinado a reforçar o orçamento da construção do novo Hospital Municipal. O decreto foi assinado pelo prefeito Paulinho Freire e publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (14).

O recurso é proveniente de um contrato de financiamento firmado com o Banco do Brasil e será destinado integralmente à obra da unidade hospitalar, localizada na Avenida Omar O’Grady, no bairro Pitimbu.

No final de julho, cerca de R$ 8 milhões que estavam previstos para a continuidade da obra foram realocados pela prefeitura para outras áreas da saúde, como o reforço do SAMU, a ampliação da assistência hospitalar e ambulatorial do SUS, e o custeio de despesas com recursos humanos.

O novo hospital tem um investimento total inicial de R$ 140 milhões e foi projetado para oferecer atendimento em diversas especialidades, como ginecologia, obstetrícia e atendimento neonatal. A unidade também contará com centro cirúrgico e de diagnóstico, além de internação para pacientes clínicos e cirurgias eletivas.


Fonte: Novo Notícias

Foto: Reprodução

Defesa de Bolsonaro chama acusação da PGR de absurda e diz que ex-presidente determinou transição, não golpe


 A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República) da suposta trama golpista é absurda e mistura eventos para conseguir uma condenação sem provas.

“Não há como condenar Jair Bolsonaro com base na prova produzida nos autos, que demonstrou fartamente que ele determinou a transição, evitou o caos com os caminhoneiros e atestou aos seus eleitores que o mundo não acabaria em 31 de dezembro, que o povo perceberia que o novo governo não faria bem ao país”, diz.

A afirmação foi feita nas alegações finais da defesa de Bolsonaro no processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no fim de 2022. O prazo para as defesas dos réus apresentarem sua versão final encerrava nesta quarta (13).

A defesa diz que a Polícia Federal não conseguiu encontrar as supostas minutas golpistas mesmo tendo apreendido centenas de celulares e computadores.

Na versão dos advogados, os documentos que tratavam sobre a tentativa de golpe de Estado só são relatados pelo delator Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

“A falha na acusação é profunda. Descortina que essa narrativa sobre um decreto com prisões diversas existiu apenas na palavra não corroborada do delator, e exibe o vazio da presunção de que as minutas teriam sido alteradas pelo ex-presidente”, diz.

A equipe comandada pelo advogado Celso Vilardi argumenta que a inexistência de documentos na acusação da PGR é “também a inexistência de prova sobre sua alteração”.

“O mantra deste processo surge já aqui: ninguém viu, nem testemunha, nem mesmo o delator. Afinal, também não existe nos autos a suposta minuta de decreto com um texto ‘enxugado’ prevendo apenas a prisão do Ministro Alexandre de Moraes”, completa.

Segundo a defesa de Bolsonaro, as discussões travadas entre o ex-presidente e os chefes das Forças Armadas se limitavam a “impedir o caos social que a ameaça de fechamento das estradas pelos caminhoneiros poderia causar”.

Os advogados dizem que o ex-presidente nunca tratou com os comandantes militares de possibilidades de reverter o resultado das eleições. Era somente a possibilidade de uma decretação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para emprego de militares contra o fechamento de rodovias.

“Se em algum momento as discussões foram ou não desviadas para outras medidas, isto é percepção subjetiva e pessoal do brigadeiro [Baptista Júnior], não fato. O que se tem de factual é o general Freire Gomes não ameaçando uma prisão, mas alertando a necessidade de cuidado, para medidas como a GLO que podiam levar a outras medidas cuja ilegalidade deveria ser objeto de análise”, diz.

Mesmo negando a existência de minutas golpistas, a defesa de Bolsonaro diz que a confecção de um documento com medidas antidemocráticas seria um ato preparatório, sem punição possível no Código Penal.

“Para além de estarmos diante, como visto, de mero ato preparatório e, portanto, impunível, evidente que o estudo, cogitação e o ‘brainstorm’ de possíveis medidas legais, sob um viés analítico de sua viabilidade e submissão à lei, não pode ser tido como ato violento”, completa.

Ela também dedica parte do documento para colocar em dúvida a voluntariedade do tenente-coronel Mauro Cid no acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal.

“Essa é a prova dos autos. Uma delação manipulada desde o seu primeiro depoimento e, portanto, imprestável. Mauro Cid se protegeu apontando o dedo àquele cujos atos foram sempre públicos e de governo”, afirma.

Celso Vilardi chega a comparar as táticas adotadas pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes contra Mauro Cid com as adotadas na Operação Lava Jato.

A citação à força-tarefa de Curitiba se dá no contexto de medidas restritivas contra investigados e familiares servirem como elemento de pressão para acordos de colaboração premiada.

Bolsonaro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) como o líder da suposta trama golpista que planejou um golpe de Estado após Lula (PT) derrotá-lo nas eleições presidenciais de 2022.

O ex-presidente e outras 33 pessoas foram acusados de cometer os crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado do patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.

As penas máximas somadas ultrapassam 40 anos. A expectativa no Supremo é que o julgamento ocorra em setembro.


Fonte: Folha de S.Paulo

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Idosa de 62 anos condenada pelos atos do 8/1 leva surra na cadeia “por ser bolsonarista”

 


Uma idosa de 62 anos, condenada a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, foi agredida no Presídio Feminino de Florianópolis, em Santa Catarina, após uma briga em cela. Identificada como Jucilene Costa do Nascimento, a detenta foi ferida no rosto após as presas descobrirem que ela seria bolsonarista.

A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) afirmou ter ocorrido desentendimento entre duas custodiadas. A briga aconteceu após as presas da cela descobrirem o motivo da prisão. As agressões aconteceram em 4 de agosto e foram identificadas durante procedimento de rotina realizado pela equipe da unidade. A autora foi realocada de cela como medida preventiva.

Antes das agressões, a defesa da idosa havia pedido, em maio deste ano, a revogação da prisão mediante às medidas cautelares. Após a agressão, a solicitação foi feita novamente, mas negada nesta quarta-feira (13/8).

Jucilene Costa do Nascimento foi presa em 8 de janeiro, ficou sete meses detida e chegou a ser solta. Em 2024, voltou à prisão onde está há 1 ano e dois meses. Após a agressão, foi encaminhada para atendimento médico, exame de corpo de delito e registro de boletim de ocorrência.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) informou que foi registrado um desentendimento entre duas custodiadas no Presídio Feminino Regional de Florianópolis, prontamente identificado durante procedimento de rotina realizado pela equipe da unidade.


Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução 

Réus por plano de golpe criticam falta de imparcialidade de Moraes no STF

 


As defesas dos réus do “núcleo 1” da ação penal sobre a suposta trama golpista apresentaram as alegações finais ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quinta-feira (14).

Nos documentos, os acusados pelos crimes fazem críticas ao ministro Alexandre de Moraes, ressaltando que o magistrado não pode atuar de forma imparcial, já que figura como vítima de um possível atentado.

Há ainda reclamações pela forma como foi conduzido o processo de delação do tenente-coronel Mauro Cid.

A defesa do general Augusto Heleno, por exemplo, foi uma das mais enfáticas ao contestar a isenção de Moraes. Apesar do pedido já ter sido afastado pela 1ª turma do STF, o militar reforça o reconhecimento de suspeição do ministro, justificando que a continuidade do relator à frente da ação penal “coloca em risco os ditames constitucionais que acompanham o devido processo legal” e “fere diretamente a presunção de inocência dos acusados”.

Outra reclamação apresentada pelo advogado do membro do Exército Brasileiro é a quantidade de vezes que o magistrado questionou os réus: “No entanto, durante o interrogatório, o ministro relator extrapolou seus poderes instrutórios ao assumir, de forma indevida, o protagonismo e tomar para si a iniciativa das perguntas que deveriam ser formuladas pelo titular da ação penal, presente na audiência”.

De acordo com análise da defesa, Alexandre de Moraes teria feito aproximadamente 330 questionamentos aos réus, enquanto o procurador-geral da República formulou apenas 61 indagações para comprovar os fatos narrados em sua denúncia. Isso, segundo as alegações finais de Augusto Heleno, configuraria “nulidade insanável” porque o sistema processual penal “não admite que o julgador se transforme em investigador e acusador ao mesmo tempo”.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, não fez críticas notáveis à condução direta de Moraes na ação, mas apontou para a ausência de provas do processo. Os advogados afirmam que não há única evidência que atrele o político à ação descrita como “Punhal Verde e Amarelo”, suposto plano de atentar contra a vida de autoridades e políticos brasileiros, e muito menos aos atos de 8 de janeiro.

“O mantra deste processo surge já aqui: ninguém viu, nem testemunha, nem mesmo o delator. Afinal, também não existe nos autos a suposta minuta de decreto com um texto “enxugado” prevendo apenas a prisão do Ministro Alexandre de Moraes. E também não existe, em lugar nenhum dos autos, nem mesmo em depoimentos, o documento que a acusação diz ter sido apresentado pelo então ministro da defesa, agora aos três comandantes das Forças Armadas no dia 14 de dezembro”, expõe o documento de defesa de Bolsonaro.

As alegações finais do general Walter Braga Netto também tratam sobre a falta de imparcialidade do ministro do STF: “Sua suspeição decorre do fato de a denúncia apontá-lo como a pessoa que seria vitimada pelos denunciados, sendo natural e evidente a contaminação subjetiva do julgador (que na prática aconteceu, conforme será demonstrado)”.

A defesa do réu ainda critica o fato de certas declarações apresentadas por Mauro Cid não “coincidirem com a linha investigativa”. Segundo os advogados, o fato do delator estar mentindo teria gerado pedidos de prisão por parte da PGR (Procuradoria-Geral da República).


Fonte: CNN

Foto: Reprodução

Delegada da PF alerta sobre o que atrai pedófilos nas redes: ‘Abusador vai onde a criança está’

 


A ampla utilização da internet por crianças cada vez mais novas e a falta de moderação de conteúdo por parte das redes sociais tornou o ambiente digital um local ainda mais perigoso para menores.

A análise é da delegada da Polícia Federal, Rafaella Parca, responsável por coordenar nacionalmente a repressão a crimes cibernéticos ligados ao abuso sexual infantojuvenil. Em entrevista ao Estadão, ela alerta que os abusadores infantis estão em toda parte, mesmo em plataformas que à primeira vista os pais podem considerar inofensivas.

“Sempre tem essa pergunta: ‘qual plataforma é mais perigosa?’ Todas são perigosas. Por quê? O abusador está onde a criança está. E crianças estão cada vez mais novas com redes sociais, desvigiadas, sem educação digital”, diz.

Na semana passada, o influenciador Felca chamou atenção para o tema após publicar um vídeo sobre o que chamou de “adultização”. Na publicação, Felca traz um compilado de denúncias sobre influenciadores que abusam da imagem de crianças e mostra como o algoritmo das plataformas, segundo ele, funciona para entregar esse tipo de conteúdo para pedófilos.

Como o Estadão mostrou, o número de investigações sobre o tema na Polícia Federal explodiu nos últimos anos. Somente em 2024, foram instaurados 1202 inquéritos. Nesse cenário, a delegada afirma que a falta de regulação das plataformas digitais é um dos principais desafios, já que muitas delas não contribuem com a polícia.

“As plataformas digitais têm de monitorar proativamente. Só assim a gente vai conseguir melhorar, porque a polícia não vai conseguir ficar 24 horas fazendo isso. É impossível”, afirma.

Ao Estadão, o Telegram afirmou que mais de 481.670 grupos e canais relacionados a abuso sexual infantil foram removidos da plataforma no primeiro semestre deste ano, e que tem repassado dados dos criminosos para atender “solicitações legais válidas”. Em nota, a empresa disse que “aplica uma rigorosa política de tolerância zero” em relação a esses conteúdos. O Telegram afirma ainda que as mídias enviadas no aplicativo são confrontadas com um banco de dados de conteúdos semelhantes já removidos, para permitir o reenvio.

O Discord afirmou que colabora com as autoridades brasileiras em todos os níveis de governo e “oferece orientação e treinamento sobre como enviar solicitações legais adequadas, garantindo um processo eficiente e respostas em tempo hábil.” A plataforma cita como exemplo a cooperação com as autoridades na Operação Fake Monster, de combate à rede de crimes de ódio. A empresa disse ainda que reforçou equipes para identificar e remover conteúdos nocivos e aprimorou a resposta rápida a abusos. O Discord menciona ainda a “Central da Família”, que presta assistência aos responsáveis sobre como a rede é utilizada pelos filhos e com quem eles interagem.


Fonte: Estadão

Foto: Reprodução

Lei “Juliana Soares” é aprovada por unanimidade na Câmara de Parnamirim

 


Foi aprovado, nesta quarta-feira (13), o projeto de lei ordinária “Juliana Soares”, que proíbe pessoas condenadas pelo crime de feminicídio, de forma tentada ou consumada, de assumir cargos públicos no município de Parnamirim. O projeto foi apresentado inicialmente pelo vereador Michael Borges, mas devido a sua importância, foi solicitado que houvesse a assinatura coletiva, reconhecendo que esse é um tema que sensibiliza todos os mandatos da Casa Legislativa.

O projeto de lei ordinária nº. 178/2025 tramitava em regime de urgência desde o dia 5 de agosto. Durante a 80ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Parnamirim, nesta quarta (13), os vereadores decidiram pela aprovação de forma unânime do projeto que agora segue para sanção do Poder Executivo.

Durante a apresentação do projeto de lei, no dia 5 de agosto, Michael Borges destacou que a medida é um passo importante para que o município adote uma postura firme contra a violência de gênero: “Não podemos permitir que pessoas condenadas por feminicídio ocupem funções públicas e representem a população. A violência contra a mulher é uma chaga social que precisa ser combatida com leis severas e exemplos claros de intolerância a esse tipo de crime”, afirmou o parlamentar.

“Essa lei que leva o nome de Juliana é uma resposta dessa Casa Legislativa, em pleno Agosto Lilás, com relação às agressões sofridas pelas mulheres”, discursou o vereador Michael Borges durante a votação. Juliana Soares foi brutalmente agredida com 61 socos dentro de um elevador pelo seu ex-companheiro, o caso chamou a atenção em todo o país.


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: Reprodução 

Extremoz inicia estudos de arqueologia nas ruínas históricas com apoio da UFRN e IPHAN



A Prefeitura de Extremoz deu um passo decisivo para a preservação e valorização de seu patrimônio histórico. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebeu autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) para iniciar os estudos de arqueologia nas ruínas do antigo convento jesuíta e da Igreja de São Miguel Arcanjo.

O trabalho será conduzido por uma equipe multidisciplinar formada por arqueólogos e pesquisadores do Museu Câmara Cascudo (MCC), do Laboratório de Arqueologia do Departamento de História (DEH/CCHLA) e do Laboratório de Arqueologia do Seridó (DHC/CERES), todos vinculados à UFRN. A coordenação é dos professores Abrahão Sanderson Nunes Fernandes da Silva e Roberto Airon Silva, e da arqueóloga Hozana Danize Lopes de Souza.

O projeto começa com a etapa de educação patrimonial, envolvendo gestores municipais, incluindo prefeita e vice, além de representantes de setores e moradores que utilizam a área. Em seguida, serão realizadas as escavações arqueológicas para identificar e preservar vestígios históricos que ajudem a contar a trajetória de ocupação da região.

Segundo o material técnico do projeto, a participação da comunidade é essencial para o sucesso dos trabalhos, garantindo que as descobertas e a história local sejam compartilhadas e preservadas coletivamente.

Essa ação é parte dos projetos aprovados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), visando não apenas a preservação das ruínas, mas também a elaboração de um futuro projeto de revitalização do espaço, transformando-o em um ponto de referência histórica, cultural e turística para Extremoz e o Rio Grande do Norte.

Referência nacional em Cuidados Paliativos estará em Natal para treinar equipes do Hospital Unimed - CSU

 



_Dra. Lilia Embiruçu, referência nacional na área, estará em Natal para treinar equipes do Complexo Hospitalar e palestrar no 1º Seminário de Cuidados Paliativos_

A Unimed Natal receberá, nesta sexta-feira (15) e sábado (16), a médica Lilia Embiruçu, referência nacional em Cuidados Paliativos, para uma agenda de treinamentos e palestras voltados à qualificação de profissionais do Novo Hospital Unimed – CSU e da Gerência de Prevenção e Atenção Domiciliar – GPAD. A programação inclui capacitações para técnicos e equipe multiprofissional, além de participação como palestrante no 1º Seminário de Cuidados Paliativos promovido pela cooperativa.

Com ampla experiência clínica e acadêmica, Dra. Lilia é neonatologista e paliativista, pós-graduada em Luto e Capelania, e atua como técnica da Área Técnica de Saúde da Criança da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. É coordenadora do Serviço de Espiritualidade – Capelania Hospitalar do Hospital Mont Serrat, facilitadora Qelca (especialização em Final de Vida) pelo St Christopher’s Care – Londres/Inglaterra e Instituto Premier/SP, além de integrar o Comitê de Cuidados Paliativos Pediátricos e o Comitê de Dor da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Também é membro da Academia Brasileira de Bioética Clínica e da equipe de Cuidados Paliativos do Hospital Geral Roberto Santos.

A vinda da Dra. Lilia representa um momento importante para o fortalecimento da cultura de cuidados paliativos no Hospital Unimed - CSU. Sua bagagem técnica e científica oferece aos profissionais da instituição ferramentas para ampliar a assistência a pacientes e familiares em situações que demandam um cuidado integral, humanizado e multidisciplinar.

“É muito bom ter presença de uma profissional com a experiência e o conhecimento da Dra. Lilia Embiruçu. Esta é uma oportunidade valiosa para a atualização e o aprimoramento das nossas práticas assistenciais. Nosso compromisso é oferecer um atendimento que una excelência técnica e sensibilidade humana, e os cuidados paliativos são parte fundamental desse processo”, destacou o diretor de Recursos Próprios da Unimed Natal, Dr. Robinson Dias.

Para o coordenador do Núcleo de Cuidados Paliativos do Hospital Unimed - CSU, Dr. Rodrigo Furtado, a presença de Dr. Lilia reforça o compromisso da instituição com a formação contínua. “O cuidado paliativo exige um olhar atento, que valoriza o paciente como um todo, incluindo suas dimensões física, emocional, social e espiritual. Ter a Dra. Lilia compartilhando sua experiência conosco é um ganho imensurável para nossa equipe e, sobretudo, para os nossos pacientes.”

NÚCLEO DE CUIDADOS PALIATIVOS UNIMED

O Núcleo de Cuidados Paliativos do Novo Hospital Unimed – CSU está na terceira e última fase de implantação. Esta iniciativa é voltada a oferecer suporte especializado a pacientes com doenças crônicas ou em estágio avançado, promovendo qualidade de vida e bem-estar físico, emocional e espiritual. O serviço é integrado por uma equipe multiprofissional e busca alinhar condutas assistenciais, orientar familiares e fortalecer a humanização do atendimento.

Crise na saúde obriga Sesap a pedir insumos emprestados

 


Durante apresentação do balanço das ações de saúde do primeiro semestre na Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF) da Assembleia Legislativa, o secretário estadual de Saúde Pública, Alexandre Motta, admitiu que está recorrendo a empréstimos de insumos a outros órgãos públicos, federal e estadual, para reabrir as UTIs do Hospital Maria Alice Fernandes.

“A gente tem boa relação com a Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e apresentamos a lista dos materiais que nós precisamos ao Hospital Ana Bezerra de Santa Cruz, há uma iniciativa deles em nos ajudar”, informou o secretário, na audiência pública a quarta-feira (13).

Alexandre Motta disse, ainda, que “associado a isso, boa relação” com a Secretaria de Saúde da Paraíba”, razão pela qual apresentou essa lista: “E existe uma perspectiva de que possa ser, por empréstimo, esse material cedido. Se isso acontecer, e a gente espera que aconteça, esses materiais vão ser mandados buscar e a gente reabre os leitos de forma imediata”.

Motta explicou para os deputados e representantes de outras instituições presentes na CFF, que estava “só colocando para as medidas que fizemos, as tratativas. Não podemos dizer que vamos reabrir hoje se chegar”.

O secretário de Saúde apresentou números sobre as ações desenvolvidas pela Sesap, dado orçamentários e aplicações dos recursos, mas “a dificuldade é exatamente por restos a pagar que não foram concretizados e os fornecedores se recusam a entregar os insumos”.

Segundo Motta, “o fato é que é que vamos conversar com os fornecedores e vamos aguardar as respostas dos nossos parceiros institucionais”.

O presidente da CFF, deputado estadial Coronel Azevedo (PL) informou que cumpriu-se na comissão “a obrigação revista em lei e agradecemos ao secretário pela prestação de contas e envio de relatórios”, embora lamentasse a situação em que se encontra a prestação de serviços de saúde à população do Rio Grane do Norte.

“Temos visto de maneira recorrente noticiários na imprensa sobre atrasos de pagamentos de fornecedores da Secretaria Estadual de Saúde”, lamentou.

Já o deputado estadual José Dias (PL) justificou sua ausência na CFF, da qual é membro titular, por discordar da forma como o secretário enaltece atuação do governo Fátima Bezerra na área de saúde: “Quem quem quiser ver, só é visitar os hospitais que são de responsabilidade do governo do Estado para ver a situação”.

José Dias exibia em nãos, no plenário da Casa, reportagem da TRIBUNA DO NORTE em que instituições como Conselho Regional de Medicina (Cremern), Ministério Público e Defensoria Pública, cobravam a reabertura de leitos do Hospital Maria Alice Fernandes. “Eu preferi não assistir, até porque eu não quero ser indelicado, mas também não sou obrigado, por eu não ser um doente mental, de assistir uma violência contra a verdade sem protestar”, avisou.

Alexandre Motta disse na audiência pública, que passou de duras horas e 40 minutos, que tem 33 mil pessoas aguardando cirurgias de diversas naturezas. “Nós temos dificuldades de honrar nosso compromisso desde que a gente chegou na gestão, mas esse atraso já estava verificado desde o ano passado, mas uma coisa que essa casa precisa ter consciência, e não nenhum questionamento para embate, mas é só para deixar claro, aquela mudança do ICMS, tirou da saúde, isso é um valor estimado, por volta de R$ 136 milhões”, declarou.

Motta acrescentou que “isso realmente foi muito impactante para nós e ainda repercute nas nossas ações. Óbvio que os nossos atrasos não se devem exclusivamente a isso”.

Em relação a atrasos de pagamentos a fornecedores, principalmente de insumos, disse que, realmente, “sso cria embaraços na hora do fornecimento, porque muitas vezes a gente paga algum fornecedor, mas como ele tem atrasos anteriores, cria dificuldade na hora de fornecer. E isso, obviamente, cria dificuldades na hora que a gente tem uma gestão mais ágil necessária em alguns insumos. Tivemos muitos restos a pagar e por isso demoramos a entrar no orçamento 2025”.

O deputado Tomba Farias (PL) questionou o secretário sobre a liberação de leitos de UTI, principalmente para pacientes vindos do interior. “Hoje seria preciso algo em torno de R$ 83 milhões para pagar as contas do mês, sem a folha, e hoje recebemos um valor variável que chega em média a R$ 50 milhões, o que me obriga a fazer escolhas. Isso sem falar nos restos a pagar, que tem que ser colocado em dia.

Estamos tentando fazer o melhor com o que temos. Usando os recursos da melhor forma e tentando priorizar aquilo que entendemos ser prioridade”, esclareceu Motta.

O deputado Neilton Diógenes (PP) questiono o descumprimento da lei 141/2012, que obriga o Estado a investir 12% da arrecadação na saúde e indagou sobre o que falta para que a secretaria tenha mais eficiência e resolutividade. “Nós temos cumprido os 12% anuais, mas precisaríamos de pelo menos mais 2% em virtude das ações judiciais e de restos a pagar”, disse Motta.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: João Gilberto 

Com 88,7%, cartão de crédito lidera endividamento das famílias em Natal

 


O cartão de crédito continua sendo o principal vilão quando o assunto é o endividamento das famílias natalenses. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 88,7% dos endividados na capital potiguar apontam o cartão como origem das dívidas, uma proporção superior às demais modalidades, como carnês (20,8%), cheque especial (11%) e financiamentos habitacionais (7%).

A pesquisa revelou ainda que 9,2% das famílias em Natal ainda recorrem a instrumentos de alto custo, como o cheque pré-datado e o cheque especial, o que agrava o risco de inadimplência em caso de perda de renda. Apesar disso, o tempo médio de atraso caiu para 42 dias, abaixo da média nacional, que é de 64 dias.

Para o economista William Figueiredo, o uso do cartão de crédito está enraizado na cultura da população brasileira, que enxerga vantagens em opções como o crédito rotativo — que permite comprar hoje e pagar dentro de até 30 dias — e o parcelamento, muitas vezes sem juros. “O uso do cartão é um instrumento financeiro que existe para ajudar as famílias, a sociedade a fazer uma melhor gestão dos seus recursos. Ele só vai se tornar um problema a partir do momento que você não tem controle sobre os seus gastos”, explica o economista.

A autônoma Maria Vanessa já teve a experiência de comprar no cartão de crédito e perder o controle de seus gastos mensais. “Quando eu compro no cartão, não tenho a noção de estar pegando dinheiro. Então vou gastando como se não houvesse amanhã. Quando chega a fatura, eu digo: ‘Meu Deus, para que fui fazer isso?’”, disse, enquanto escolhia vestidos em uma loja de roupas no bairro Cidade Alta.

Já o enfermeiro Edinaldo Gomes conta que não costuma usar o cartão de crédito e que é organizado com as finanças, mas frequentemente empresta o cartão para familiares que não têm limite de crédito disponível: “A pessoa já está acostumada e quer comprar, mas sabe que, seja no débito ou no crédito, tem que pagar no dia certo. E essas pessoas que parcelam no meu cartão já sabem que são elas mesmas que vão pagar depois”, afirma.

O estudo também destaca fatores que seguem pressionando o consumo das famílias potiguares. A inflação persistente em serviços essenciais — como energia elétrica e alimentação fora do lar —, combinada à taxa Selic elevada (15% em julho de 2025) e à queda de 1,6% na renda média do trabalhador no Rio Grande do Norte (R$ 2.448, segundo a Pnad Contínua do IBGE), dificulta o alívio nas finanças.

De acordo com o levantamento, o mercado de crédito vem registrando uma desaceleração nas concessões para pessoas físicas, o que aponta para um comportamento mais cauteloso tanto por parte das instituições financeiras quanto dos consumidores. A taxa média de juros ao consumidor segue em alta pelo quinto mês consecutivo, reforçando a necessidade de atenção aos indicadores de inadimplência.

“Particularmente no Rio Grande do Norte a gente está tendo um aumento considerável da geração de emprego. Eu coloco isso na conta do próprio aumento da taxa de juros. O crédito está mais caro. A taxa básica de juros hoje no Brasil está em 15%”, analisou o economista William Figueiredo.

No curto prazo (de 2 a 3 meses), a tendência é de manutenção ou leve recuo no endividamento. No médio prazo (6 a 12 meses), eventuais cortes na Selic e datas sazonais de consumo podem reaquecer o crédito, exigindo maior vigilância sobre o risco de inadimplência.

O relatório da CNC também alerta para 2026: caso o comprometimento da renda familiar — atualmente em 34,6% da renda média no RN — volte a subir, há risco de retomada da inadimplência estrutural.

Figueiredo recomenda que a população evite utilizar múltiplos cartões de crédito, pois isso pode dificultar o controle das finanças pessoais. A orientação é concentrar os gastos em poucos instrumentos financeiros. “Se eu somar meu cartão de crédito, meus carnês, minhas contas do mês, o quanto isso está consumindo da minha renda? Se essa dívida for superior a 30%, tem que estar mais atento, mais alerta”, reforça.


Endividamento cai em Natal, mas segue em patamar elevado

O percentual de famílias endividadas em Natal caiu de 86,4% em julho de 2024 para 83,5% no mesmo mês de 2025, segundo a Peic. Apesar da retração, o Instituto Fecomércio RN alerta que o nível ainda é elevado, indicando que a maioria das famílias da capital potiguar continua convivendo com algum tipo de débito.

A inadimplência também apresentou melhora: 40,1% das famílias declararam estar com contas em atraso, uma queda expressiva em relação aos 52,2% do ano anterior. Ainda mais significativo, apenas 1,6% disseram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas, um índice muito abaixo da média nacional (12,7%) e também inferior ao observado em capitais vizinhas, como Fortaleza e Recife.

“A queda na inadimplência de Natal está diretamente ligada ao aumento da formalidade do mercado de trabalho. No ano passado o RN bateu recordes de geração de empregos. Esse ano já foram quase 7 mil empregos gerados nesses primeiros seis meses”, disse o economista William Figueiredo.


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: Anderson Régis

Ceará Mirim