quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Após 18 anos, os nova-iorquinos ainda sofrem as consequências do ataque

Além dos cerca de 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos no desabamento das torres, Nova York ainda não terminou de contar as pessoas doentes de câncer e outros males graves, sobretudo de pulmão, ligados à nuvem tóxica que planou durante semanas sobre o sul da ilha. 

As dezenas de milhares de bombeiros, socorristas, médicos ou voluntários mobilizados foram os primeiros afetados. 

Um censo do programa federal de saúde reservado aos sobreviventes dos atentados detectou câncer em 10 mil deles. 

Pessoas "comuns" que trabalhavam ou residiam no sul de Manhattan quando ocorreram os ataques, uma categoria de doentes que não para de aumentar. 

No fim de junho passado, mais de 21 mil deles tinham se registrado no programa de saúde, duas vezes mais que em junho de 2016. E desses 21 mil, cerca de 4 mil foram diagnosticados com câncer, sobretudo de próstata, mama ou pele. 

O presidente Donald Trump ratificou agora no fim de julho passado uma lei que adiou de 2020 para 2090 a data limite para apresentar demandas para o fundo federal especial de indenização. 

O fundo será refinanciado, após ter esgotado seu orçamento inicial de US$ 7,3 bilhões, com uma indenização média de US$ 240 mil por doente e de US$ 682 mil por pessoa morta. 

Os ataques do 11 de setembro chocaram não apenas os americanos, mas o mundo. Faleceram pessoas de 80 nacionalidades diferentes. Do número total de mortos, 372 eram estrangeiros.