quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Depósitos na poupança superam saques em R$ 13,32 bilhões em 2019

O Banco Central informou que os depósitos na caderneta de poupança superaram os saques em R$ 13,237 bilhões em 2019.

No ano passado, os depósitos somaram R$ 2,475 trilhões e, os saques, R$ 2,461 trilhões. Esse movimento aconteceu apesar da queda nos juros definidos pelo Banco Central ao longo do ano passado e que reduziu o rendimento da poupança (leia mais abaixo).

O ingresso de recursos registrado em 2019 foi menor do que verificado em 2018, quando os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 38,2 bilhões.

Essa também foi a menor entrada líquida de recursos, para um ano fechado, desde 2016, quando R$ 40,701 bilhões deixaram a caderneta de poupança.

No entanto, com o ingresso de recursos no ano passado, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado na poupança, registrou aumento.

Em dezembro de 2018, o volume total era de R$ 797,821 bilhões, valor que subiu para R$ 845,464 bilhões no fechamento de 2019.

O que não está muito interessante é o rendimento da poupança.

Com a queda dos juros básicos da economia para 4,5% ao ano, a caderneta de poupança passou a render menos, assim como outros investimentos em renda fixa, como fundos de investimentos, CDB´s e Tesouro Direto.

Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo BC.

Com a taxa Selic atualmente em 4,5% ao ano, a remuneração da poupança está hoje em 3,15% ao ano, mais Taxa Referencial. Com isso, economistas dizem que a aplicação em poupança está muito próximo, e até perdendo para a inflação, desde dezembro do ano passado.