quarta-feira, 22 de abril de 2020

FCDL pede flexibilização do isolamento ao governo e planejamento sobre retorno das atividades




O presidente da Federação das Câmaras do Dirigentes Lojistas do RN, Afrânio Miranda, cobrou do Governo do Estado que o novo Decreto que será editado nesta quinta-feira (23) seja mais flexível e permita a reabertura gradual e controlada do comércio.

“Nos municípios do interior está tudo aberto. Está tudo funcionando. As pessoas estão abrindo porque estão desesperadas. Ou funcionam ou não têm condição de alimentar os filhos, pagar funcionários, pagar a conta de luz. A gente não pode trabalhar para poder ganhar o dinheiro e pagar as contas. O governo precisa flexibilizar com um isolamento parcial já a partir do dia 24 e a gente precisa de prazos até para se programar”, pontuou o empresário.

O Uso obrigatório de máscaras por toda população e isolamento mais rígido para os grupos de risco foram algumas sugestões do presidente da FCDL para seguir no combate à contaminação, mesmo com uma possível flexibilização do decreto em relação à reabertura da economia.

Os pedidos foram feitos ao vivo, durante entrevista ao programa de rádio 12 em Ponto 98, na presença do secretário de tributação do Estado, Carlos Eduardo Xavier, que concordou sobre a necessidade da porta de saída, mas destacou a importância de avaliar o momento certo para isso.

“Precisa do retorno, mas precisa ter muita responsabilidade, pois estamos lidando com vidas. A gente entende a angústia, sabe o que está acontecendo. A gente acompanha diariamente análise diária das notas fiscais eletrônicas, os dados são péssimos para a economia. Os dados de saúde são bons, mas não podemos tropeçar no passo”, pontuou Cadu.

Segundo o secretário, o entendimento do governo é manter as regras atuais, mas já vislumbra a porta da saída, graças às medidas adotada lá atrás. “Mas esse retorno tem que ser muito bem planejado para não antecipar e correr o risco do que aconteceu em Milão, que antecipou o retorno, as pessoas se contaminaram em grande escala, o sistema de saúde não deu conta e foi aquela desgraça lá. Nosso trabalho é construir juntos, Administração Pública e Setor Privado, num clima que dê segurança ao retorno. Até mesmo construindo escalonamentos de horários e dias de funcionamento, rodízio de pessoas através do número de CPF... estudar as medidas... Mas nossa avaliação é que não dá para dar esse passo atrás agora, sem segurança para isso”, destacou.