terça-feira, 19 de julho de 2022

RN TEVE 10 MIL REGISTROS DE ROUBOS E FURTOS DE CELULARES NO RN

 

De 2018 a 2021, o Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 2.062% nos números de roubo e furto de celulares, considerando a taxa por 100 mil habitantes. O Estado passou de apenas 456 casos em 2018 para 10.091 no último ano — equivalente a 27 casos por dia, ou um aparelho a cada 53 minutos. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

A variação analisada no período de três anos é a maior de todo o Brasil. Como comparação, a segunda maior variação foi registrada no Pará, com um aumento de 51,1%. A maioria dos Estados ainda tiveram uma diminuição no número de roubos e furtos de celulares. Foram 14 com queda, contra nove unidades da federação que registraram crescimento. Outros quatro Estados não tiveram sua variação analisada por falta de dados.

A escalada de casos no RN foi vista de ano em ano. Dos menos de 500 registros em 2018, passou para 3537 em 2019. Já em 2020, foram 7367 ocorrências de furto e roubo de celulares, concluindo com os pouco mais de 10 mil em 2021.

Para a Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), os dados não refletem a realidade. De acordo com a pasta, a ferramenta oficial utilizada pelo órgão para registrar as ocorrências é o Procedimento Policial Eletrônico (PPE). Esse sistema já existia nos anos analisados pelo Anuário, mas não atendia todas as delegacias do Estado, segundo o Coordenador de Informática e Estatística e Análise Criminal da Sesed, Gleidson Paulino.

Embora a secretaria rebata, as informações do Anuário foram disponibilizadas pela própria pasta ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública. É o que comprova o relatório enviado pela Sesed à organização, com base num pedido feito por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

No documento, que a TRIBUNA DO NORTE teve acesso, a secretaria diz que “o presente relatório trás [sic] em seu conteúdo informações estatísticas dos crimes de roubo, furto e estelionato oriundos do Estado do Rio Grande do Norte.” A Sesed registra que a fonte foi por meio do PPE e a extração dos dados através do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp). Os números fornecidos pela secretaria estão de acordo com as informações contidas dentro do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.