sexta-feira, 18 de julho de 2025

Veja todos os impostos e taxas que governo Lula aumentou desde a posse

 


Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023, o Executivo busca equilibrar as contas públicas e tenta cumprir a meta fiscal majoritariamente por meio uma ponta: o aumento da receita.

De lá para cá, os esforços foram concentrados em reverter decisões de incentivos fiscais, aumentar a incidência de impostos já existentes e criar novas taxações – que vão desde a “taxa das blusinhas” até a cobrança das bets.

Segundo levantamento feito pela CNN, o governo Lula adotou ao menos 25 medidas para aumentar a arrecadação nesse período de quase três anos, que chega a um momento de tensão entre os Três Poderes devido à recente investida com a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Veja a lista abaixo:

2023

  • Créditos tributários: publicação da MP 1202, que anteriormente determinava o fim do Perse (programa de ajuda ao setor de eventos criado durante a pandemia), mas acabou desidratada após pressão do Congresso e, no fim, estabelece “apenas” limites para a compensação de créditos tributários decorrentes de decisões judiciais;
  • Aumento do PIS/Cofins: o governo reverteu a decisão que impôs alíquotas reduzidas de PIS/Cofins em janeiro de 2023, mas a decisão foi derrubada pelo Congresso em seguida; no entanto, em outubro de 2024 o STF (Supremo Tribunal Federal) validou o decreto do Executivo e reestabeleceu a medida;
  • Fundos de investimentos exclusivos e offshore: foi estabelecida em novembro de 2023 uma nova tributação para fundos de investimentos exclusivos e offshores, com cobrança de 15% para fins de IR (Imposto de Renda) nos fundos de longo prazo, ou de 20% nos fundos de curto prazo, de até um ano;
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para armas de fogo: decreto de outubro de 2023 elevou a cobrança do IPI, com a incidência para armas de fogo passando de 29% para 55% e, para cartuchos de munições e afins, de 13% para 25%;
  • Limitação de JCP (Juros sobre Capital Próprio): o governo restringiu os benefícios fiscais do JCP, com medidas que limitaram a base de cálculo e vedaram as estruturas que permitiam maiores deduções;
  • Voto de qualidade do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais): o governo conseguiu a recriação do voto de qualidade do Carf, uma das medidas consideradas mais importantes para aumentar a arrecadação, pois antes muitos processos empatados eram decididos a favor do contribuinte, mas, agora, a Fazenda consegue a decisão a seu favor e com que os créditos não sejam cobrados; o governo estima arrecadação de cerca de R$ 60 bi por ano;
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): o governo editou uma medida provisória em que estabelece o ICMS fora da base de cálculo dos créditos de PIS/Cofins.

2024

  • Combustíveis: o governo retomou a cobrança integral de PIS/Cofins para os Governo retomou a cobrança integral de PIS/Cofins para combustíveis;
  • IRPJ e CSLL: o novo ano também marcou o fim da isenção de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais, como subvenções e crédito presumido do ICMS, que passaram a integrar a base de cálculo tributável;
  • Taxa das blusinhas: entrou em vigor em 1º de agosto a lei que estabelece a taxação de 20% sobre compras internacionais acima de US$ 50, após amplo debate no Congresso o nível da alíquota que seria cobrada; o nome faz alusão às “blusinhas” que alguns brasileiros compra em empresas estrangeiras que oferecem preços muito mais baixos que os praticados no cenário doméstico, como Shein, Shopee e Amazon;
  • Tributação de multinacionais: foi estabelecida a cobrança mínima de 15% sobre os lucros de multinacionais no país com faturamento anual igual ou superior a 750 milhões de euros em ao menos dois dos últimos quatro anos.

2025

  • Tributação das bets: a partir de 1º de janeiro deste ano foi estabelecido o marco regulado de apostas de quota fixa no Brasil, como no caso das “bets”, empresas que ofertam apostas esportivas online; cada empresa teve que pagar ao governo outorga de R$ 30 milhões para poder operar no país, além de cumprir uma série de requisitos; inicialmente os sites legalizados tinham cobrança de 12% sobre o faturamento bruto, além de 15% de IRPJ e CSLL (com sobretaxa de 10% em lucros acima de R$ 240 mil), 9,25% sobre a receita bruta (regime não cumulativo), ISS (Imposto sobre Serviço) que varia de 2% a 5% e taxa de fiscalização que varia entre 0,17% a 0,30% – o total da carga tributária fica em torno de 50%;
  • Reoneração da folha: após longa discussão ao longo de 2023 e 2024, o governo conseguiu passar a reoneração gradual da folha de pagamentos de funcionários do setor privado e da folha de pagamentos dos municípios, que haviam sido “desoneradas” em 2011 e as cobranças passaram a variar entre 1% a 4,5%; o retorno da cobrança vale a partir de 1º de janeiro de 2025 e será gradual até 2028, quando a incidência voltará a ser de 20% – alíquota que era cobrada até 2011;
  • Fim do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos): o governo tentou dar fim ao Perse, criado para atender o setor de turismo e de eventos durante a paralisação da pandemia da Covid-19, com a criação da MP 1202/2024, mas, após forte pressão do setor produtivo, houve negociação e o programa só teve fim em março de 2025, quando foi atingido o teto orçamentário estabelecido em R$ 15 bilhões.

Além das medidas acima, o governo adotou recentemente duas ações para aliviar as contas públicas e aumentar a arrecadação para chegar à meta de déficit zero: o decreto que aumenta o IOF e a MP com outras compensações, em meio ao imbróglio criado diante da primeira alternativa.


Fonte: CNN

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Deputado apresenta projeto para extinguir IOF

 


O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) apresentou nesta quinta-feira, 17, um projeto de lei que extingue a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A apresentação ocorre um dia depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar o restabelecimento de parte do decreto do presidente Lula (PT) que aumentou o tributo.

Segundo o projeto, “ficam revogadas todas as disposições legais e infralegais que autorizam a cobrança do IOF, instituído com fundamento no inciso V do caput do artigo 153 da Constituição Federal”.

A lei entraria em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. Na justificativa do projeto, Bilynskyj destaca que o IOF tem caráter regulatório e foi criado com o propósito de permitir ao Executivo intervir no mercado financeiro, com vistas à estabilidade monetária e ao controle do crédito. Entretanto, acrescenta, na prática “vem sendo mantido como fonte ordinária de arrecadação, incidindo sobre operações amplamente disseminadas no cotidiano dos cidadãos e das empresas, contribuindo para o encarecimento do crédito e para a complexidade tributária“.

Com o projeto, pontua o deputado, “busca-se pôr fim à sua exigibilidade, por meio da revogação completa da legislação que o institui e regulamenta, desonerando a atividade econômica, promovendo maior previsibilidade tributária e alinhando o sistema nacional de tributos à simplificação e racionalidade”.

Ele ressalta que a Constituição continuará a prever o imposto e que isso permite ao Estado reavaliar sua pertinência em contexto futuro, por meio de uma nova lei, mas, no momento, “sua eliminação da esfera infraconstitucional representa medida adequada à redução da carga tributária e ao incentivo à recuperação da economia nacional“.

Ainda nas palavras de Bilynskyj, “a revogação do IOF representa uma medida de justiça fiscal, pois alivia a severa carga tributária que recai, desproporcionalmente, sobre os segmentos mais vulneráveis da população brasileira”.

O parlamentar prossegue: “Ao eliminar esse imposto regressivo que incide sobre operações financeiras essenciais ao cotidiano das pessoas, promove-se maior equilíbrio e equidade no sistema tributário, contribuindo para a redução das desigualdades sociais e para o fortalecimento do poder de compra das famílias de baixa renda”.

A Mesa Diretora da Câmara ainda precisa definir por quais comissões o projeto vai tramitar.

Oposição criticou decisão de Moraes

Na quarta-feira, a decisão de Alexandre de Moraes repercutiu no plenário da Câmara. Parlamentares da oposição criticaram a decisão.

“Não sei nem para que serve nós estarmos aqui esta hora votando um projeto, se o STF decide tudo. Acabei de receber uma informação de que o rei do Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, derrubou a decisão do Congresso Nacional. Ou seja, são 513 deputados, 81 senadores da República, para no final apenas um homem decidir os rumos do Brasil”, disse o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN)

“Então, fecha o Congresso. Se é só o ministro Alexandre de Moraes que decide os rumos do Brasil, não sei para que estamos aqui, como de ontem para hoje, até uma hora da madrugada, ou seja, trabalhando em vão, porque no final quem decide é o ministro do STF”.

O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), por sua vez disse que a decisão promove um ataque institucional. “Me solidarizo à sua posição de presidente e me solidarizo com todos os deputados desta Casa pelo ataque institucional que a Câmara dos Deputados e o Senado da República acabam de sofrer por decisão do ministro Alexandre de Moraes“, declarou.

“A Casa ainda não foi intimada da decisão de um ministro que se acha um imperador. Pois agora anula a decisão do Congresso Nacional a respeito do IOF e restabelece aquilo que o governo Lula tinha definido extrapolando o seu poder de regulamentar. Senhor presidente, deputado Hugo Motta, isso aqui é gravíssimo”.

Ele prosseguiu: “É um dia em que este Parlamento, se não foi fechado por decisão de Alexandre de Moraes, é porque vossa excelência vai tomar a atitude à altura do que espera o povo brasileiro. Não existe na Constituição um Poder moderador que dê ao ministro Alexandre de Moraes, de forma monocrática, o poder de fazer aquilo que Dom Pedro I ou II podiam na Constituição de 1824”.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), por sua vez, defendeu a decisão de Moraes. “Foi uma decisão equilibrada, que reconhece o poder do presidente da República de editar decretos sobre impostos em operações de crédito”, declarou, no plenário da Câmara.

Na terça-feira, 15, a audiência de conciliação entre o governo e o Congresso Nacional realizada no Supremo Tribunal Federal para discutir os decretos que tratam do IOF terminou sem acordo.


Fonte: O Antagonista

Foto: Kayo Magalhães

São João de Natal movimentou R$ 188 milhões em 2025, diz Fecomércio


 Com programação diversificada, atrações nacionais e sucesso de público em três polos da capital, o São João de Natal movimentou R$ 188,6 milhões durante os quase 30 dias de evento em 2025. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Fecomércio (IFC-RN), que promoveu pesquisa com empresários e participantes da folia. Ao todo, a festa recebeu 938.500 pessoas, segundo dados da Prefeitura do Natal, que confirmou a intenção de fazer uma nova edição da festividade em 2026. O investimento público no evento foi de R$ 20 milhões, segundo informações da Secretaria de Cultura de Natal.

Em evento realizado no Hotel Senac Barreira Roxa, a Fecomércio apresentou os dados e um comparativo em relação ao ano de 2023, último ano em que a entidade promoveu pesquisa sobre o evento. O levantamento feito pela Fecomércio engloba tanto empresários quanto os foliões que participaram da festa nos três polos da cidade.

De acordo com os dados, 96% dos entrevistados alegaram que pretendem voltar em uma outra oportunidade ao São João de Natal. Além disso, o perfil do público foi 64,4% de residentes e 35,6% de visitantes/turistas. Apesar disso, 96% dos participantes do evento eram do Rio Grande do Norte, sendo 64% deles de Natal. O gasto médio diário individual foi de R$ 161,57 para residentes e de R$ 272,24 para visitantes e turistas. A nota média geral atribuída pelos participantes ao evento foi 9.2.

“São números significativos que mostram que estamos no caminho certo. Há algumas coisas para aprimorarmos, mas são números que nos dão mais otimismo para criarmos eventos. Não eventos para a prefeitura gastar, mas que possamos trazer a iniciativa privada com seu investimento”, disse o prefeito de Natal, Paulinho Freire (União Brasil).

“Saber que o São João de Natal se consolidou como um evento de grande importância para a cidade, impulsionando o turismo, que é uma das molas propulsoras da nossa economia, nos enche de orgulho. E já estamos com o planejamento do Carnaval e São João 2026 em andamento”, acrescentou o prefeito de Natal.

Ainda segundo a pesquisa, 76,6% dos empresários entrevistados alegaram que houve influência positiva do São João de Natal em seus negócios. Além disso, 47% dos empresários ouvidos apontaram lucro em relação à movimentação no São João de Natal. O faturamento médio diário registrado durante o período foi de R$ 3.718,47, valor 46,6% superior ao apurado em 2023. O levantamento apontou ainda que 36% dos empresários precisaram contratar funcionários durante o São João de Natal, número superior à última edição da pesquisa, em 2023, que registrou 22% de necessidade de contratação de empregados temporários.

“O São João de Natal reafirma sua força como tradição que une pessoas, movimenta o turismo, gera oportunidades de trabalho e renda e fortalece a economia da nossa cidade”, destacou o presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz.


Eventos para 2026


Durante a apresentação dos números do São João de Natal 2025, o prefeito Paulinho Freire disse que a perspectiva da gestão é antecipar anúncios das festividades do ano que vem, como o Carnaval em Natal e o próprio São João. Em relação à primeira festividade, prevista para meados de fevereiro, a perspectiva é divulgar a programação já em novembro de 2025. “O turismo precisa de previsibilidade”, disse.

O secretário de Turismo de Natal, Sanclair Solon, cita que pesquisas e levantamentos do setor turístico apontam que o turista se programa com cerca de 120 dias para uma viagem. “Temos dados das operadoras e de levantamentos que fazemos junto às áreas de estudo de que as pessoas programam viagens em sua maioria com 120 dias. Quanto mais cedo divulgarmos nossas atividades, datas e possíveis programações e formatos de execução dos eventos, mais fácil as pessoas que estão fora de Natal, vindo para cá para conhecer e aproveitarem, vão estar se programando com mais efetividade”, comenta.

A programação do São João de Natal começou no dia 31 de maio e se estendeu até o dia 29 de junho, dividida em três polos, em diferentes regiões da cidade. Grandes nomes da música nacional e local se apresentaram, além de quadrilhas juninas. Entre os artistas que passaram por Natal estão o DJ Alok, a cantora Simone Mendes e os cantores João Gomes e Xand Avião, bem como a banda de forró Calcinha Preta.

Um dos dias de maior destaque da festa foi o dia 7 de junho, quando o público superou as previsões da Prefeitura do Natal na Arena das Dunas. Segundo o executivo, foram 150 mil pessoas no entorno da Arena, onde ocorreram as apresentações da Banda Griff, Roberta Karina, À Vontade, Calcinha Preta e Pablo.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Bolsonaro afirma que pode negociar com Donald Trump para conter tarifa contra produtos brasileiros

 


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (17/7), que pode negociar com Donald Trump para conter tarifas contra produtos brasileiros. Em entrevista a jornalistas no Senado, Bolsonaro se colocou à disposição para mediar uma negociação com o presidente norte-americano, Donald Trump, em busca de um acordo para conter o aumento de tarifas contra produtos brasileiros.

Jair reafirmou seu desejo em agir como “mediador”, dizendo que poderia ajudar o Brasil a evitar as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a partir de agosto.

“Acho que teria sucesso numa audiência com presidente Trump. Estou à disposição. Se me derem um passaporte, eu negocio”, disse.

Bolsonaro teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, no contexto da investigação sobre tentativa de golpe de Estado.


Fonte: Metrópoles

Foto: Mark Wilson/Getty Images

99% dos gastos com cartão do Planalto são sem transparência, diz TCU


 O TCU (Tribunal de Contas da União) afirmou que, de um total de R$ 55,5 milhões gastos pela Presidência da República com o cartão de crédito corporativo de janeiro de 2023 a abril de 2025, R$ 55,2 milhões foram classificados como sigilosos. A cifra representa 99% do total e marca o maior percentual já registrado desde o início do monitoramento sobre o uso dos cartões corporativos pela Presidência.

Os dados, referentes ao 3º mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), constam em um relatório de monitoramento aprovado na 4ª feira (16.jul.2025) pelo plenário da corte, que mostram sucessivas falhas na transparência dos gastos com o CPGF (Cartão de Pagamento do Governo Federal).

O Tribunal também identificou que mesmo os gastos não sigilosos carecem de detalhamento. Em muitos casos, não é possível saber o que foi comprado, nem acessar os comprovantes fiscais.

Segundo o TCU, a forma de divulgação atual impede o controle social e a fiscalização adequada dos recursos públicos.

Eis as principais falhas elencadas:

  • sigilo em mais de 99% das despesas da Presidência com o cartão corporativo;
  • ausência de detalhamento por item adquirido;
  • falta de vínculo entre despesas e notas fiscais;
  • publicações fora dos padrões de dados abertos; e
  • dificuldade de cruzar informações entre o Portal da Transparência e sites oficiais.

A Vice-Presidência da República também registrou sigilo elevado: dos R$ 393,9 mil gastos com cartão corporativo no atual mandato, R$ 362,2 mil (92%) foram classificados como reservados.

SIGILO

Desde 2020, o uso do sigilo tornou-se padrão na gestão dos cartões corporativos. Em 2023, 99,6% das despesas da Presidência foram classificadas como confidenciais. Em 2024, o índice se manteve elevado: 99,28% dos gastos foram mantidos sob sigilo, somando R$ 15 milhões.

O volume é superior ao praticado durante os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), quando a média de despesas sigilosas variava de 64% a 79%.

O tribunal ressaltou haver tecnologias disponíveis para permitir a publicação automatizada de notas fiscais e itens adquiridos. No entanto, falta integração entre os sistemas da Presidência e do Portal da Transparência, o que obriga o cidadão a realizar cruzamentos manuais para descobrir o conteúdo das compras.

DETERMINAÇÕES

Diante da repetição de falhas, da ausência de avanços concretos e “medidas paliativas”, o TCU decidiu endurecer o tom e exigiu que a Presidência e a Vice-Presidência da República apresentem, em até 30 dias, um plano de ação detalhado para corrigir as lacunas na transparência dos gastos com cartão corporativo.

A medida inclui a definição de responsáveis, prazos e ações específicas para garantir o cumprimento das determinações anteriores, que vêm sendo ignoradas ou tratadas com soluções paliativas.

A decisão foi tomada depois de o tribunal reconhecer o “largo histórico” de recomendações ignoradas e o comportamento reiterado de “inércia e dispersão” dos órgãos, que, segundo o TCU, vêm postergando indefinidamente a publicização dos dados exigidos por lei.

A corte declarou que as iniciativas adotadas até agora não atendem à transparência ativa prevista na Constituição e na Lei de Acesso à Informação.

“Considerando o longo tempo que o tribunal, sem avanços, vem se debatendo sobre a problemática do cartão corporativo do governo federal, o largo histórico de ciências, recomendações e determinações já feitas, refeitas e reiteradas […] propõe-se determinar à PR e à VPR que, no prazo de 30 dias, apresentem plano de ação contendo as medidas a serem tomadas, os responsáveis e o cronograma a fim de sanar as lacunas apresentadas”, disse o ministro Walton Alencar, relator do caso no TCU.

Fonte: Poder 360

Foto: Reprodução 

Estrangeiros retiram R$ 3,5 bilhões da Bolsa de Valores em julho

 


Os investidores estrangeiros retiraram R$ 3,5 bilhões da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) na parcial de julho de 2025. Na 3ª feira (15.jul.2025), o último dado diário disponível, houve saída líquida de R$ 1,1 bilhão do mercado de ações.

A saída parcial de capital estrangeiro interrompe uma sequência de 2 meses consecutivos com entrada de recursos na Bolsa de Valores. A B3 registrou investimento líquido de R$ 10,6 bilhões em maio e de R$ 5,4 bilhões em junho. No ano, o saldo está positivo em R$ 23,0 bilhões.

A saída indica menor confiança no mercado brasileiro. Esse movimento pressiona o câmbio, reduz a liquidez da Bolsa e pode encarecer o custo de financiamento para empresas. Também sinaliza cautela com o cenário fiscal e político do país.

O Ibovespa, principal índice da B3, caiu por 7 pregões seguidos de 7 a 15 de julho. Na 4ª feira (16.jul), teve leve alta de 0,19%, mas voltou a registrar queda nesta 5ª feira (17.jul).

Às 11h25, caía 0,30%, aos 135.106 pontos. Ao considerar essa cotação, o índice recuou 2,70% no acumulado parcial do mês.

Os agentes financeiros acompanham o desenrolar sobre as tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos contra o Brasil e os possíveis impactos na economia brasileira. O cenário de incerteza fiscal também está no radar dos investidores.

Fonte: Poder 360

Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg

Caic de Lagoa Nova sofre com abandono e danos estruturais

 


Ponto de partida na trajetória de grandes nomes do esporte potiguar, o Centro de Atenção Integrada à Criança (Caic) de Lagoa Nova, em Natal, vive um contraste doloroso. O espaço, inaugurado em 1994 como um centro modelo de práticas esportivas, sociais e educacionais, hoje está bastante danificado, com quadras interditadas, mato alto, infiltrações e piso esburacado. De acordo com a Subsecretaria Estadual de Esporte e Lazer (SEEC-SEL), um projeto de reforma está previsto para ser iniciado ainda em 2025, com orçamento de R$20.011.768,67. Enquanto a execução não sai do papel, os atletas lidam com as adversidades.

Hoje, o Caic conta com pista de atletismo, dois ginásios poliesportivos, piscina olímpica e uma arena de areia. O complexo também possui alojamentos, refeitório e salas multiuso. Apesar disso, alguns espaços estão sem funcionalidade, como os dois ginásios poliesportivos, que estão interditados para uso. No menor deles, a parte interna se tornou um depósito com cadeiras, sofás e mesas jogadas. Já a pista de atletismo, além dos buracos, também conta com a sinalização apagada e uma área de acúmulo de água. Além dos atletas, o espaço é usado por treinadores e professores autônomos durante o horário aberto ao público em geral, que por sua vez enfrentam outros problemas.

Aos 23 anos, o atleta Luis Eduardo é um dos que conhecem bem as condições do local. “É complicado porque, querendo ou não, a gente necessita de um local para treinar e, por muitas vezes, nós somos prejudicados, porque não tem uma qualidade boa”, conta. Luis pratica atletismo há quase uma década, com destaque nas provas de 100 e 200 metros, já conquistando cerca de 17 medalhas em campeonatos estaduais adultos. Mesmo com a estrutura precária, não abandona os treinos no Caic. “A gente vai dando sangue aqui enquanto der. Sou muito grato por tudo que o esporte me proporcionou”, resume.

De acordo com Cezar Nunes, subsecretário estadual de Esporte e Lazer, o projeto de revitalização do Caic foi finalizado oficialmente neste mês e será executado em etapas iniciando ainda em 2025. O projeto, segundo ele, está orçado em mais de R$ 20 milhões. Apresentado ao Ministério do Esporte no último dia 8 de julho, a expectativa é executar reformas em toda a estrutura: pista de atletismo, piscinas, ginásios, campo, alojamentos e museu do atleta, além da parte administrativa.


Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Magnus Nascimento

Prefeito Allyson lança 1º programa de intercâmbio internacional para alunos da rede pública no RN

 


O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, anunciou a criação de um programa inédito para a educação de Mossoró e do Rio Grande do Norte. É o programa ‘’De Mossoró para o Mundo’’, que vai oportunizar aos alunos da rede municipal de ensino de Mossoró o estudo em língua estrangeira e intercâmbio internacional.

O gestor detalhou o assunto em entrevista nesta terça-feira (15), na TV Ponta Negra. ‘’Será tudo pago pela Prefeitura de Mossoró, é um grande investimento na educação dos nossos alunos’’, pontuou Allyson Bezerra.

O programa oportunizará aos alunos da rede municipal de ensino de Mossoró a formação em curso de inglês e viagem a países como Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. O objetivo é que os estudantes obtenham experiência cultural e educacional e compartilhem as experiências com a comunidade escolar.

A Prefeitura de Mossoró vai garantir aos estudantes selecionados passaporte, passagens aéreas, estadia, alimentação, malas, roupas de inverno (se necessário, conforme o país), e todos os demais custos que envolvem a viagem. ‘’Nós queremos que o estudante, ao voltar para Mossoró, possa falar desse poder transformador que tem a educação, e que motive os seus colegas, a sua comunidade’’, frisou Allyson.

Para participar do programa, os alunos devem estar frequentando regularmente as aulas, apresentar boas notas e ter o cartão de vacina atualizado, entre outros critérios estabelecidos

Fonte: Blog do Bagada

Foto: Divulgação 

Prefeitura de Extremoz abre matrículas para a educação de jovens e adultos (EJA)



 A Prefeitura de Extremoz, por meio da Secretaria Municipal de Educação, está com matrículas abertas para a EJA – Educação de Jovens e Adultos. O programa é destinado a jovens, adultos e idosos a partir de 15 anos que ainda não concluíram o Ensino Fundamental.

As inscrições podem ser realizadas na Escola Municipal Profa Vera Lúcia Gonçalves, Escola Municipal CEL José Franco Ribeiro ou diretamente na Secretaria Municipal de Educação. Para matrícula, é necessário apresentar documento com foto, CPF e comprovante de residência.

“A EJA representa mais que uma oportunidade educacional. Ela significa dignidade e portas abertas para o futuro. Nosso compromisso é garantir acesso à educação a todos os moradores da nossa cidade”, afirmou a prefeita Jussara Sales.

As aulas são realizadas no turno noturno, facilitando o acesso de quem trabalha durante o dia. A Prefeitura de Extremoz convida a população a aproveitar essa chance de retomar os estudos e ampliar suas oportunidades profissionais e pessoais.


Aluguel em Natal tem 6ª maior alta entre as capitais do Nordeste

 


O preço do aluguel residencial em Natal subiu 11,09% em 12 meses no período encerrado em junho deste ano, um pouco acima da média nacional, que registrou alta de 11,02%, de acordo com dados do índice FipeZAP de Locação Residencial. Com o resultado, a cidade ocupa o 6º lugar no Nordeste e o 11º no País no ranking das 22 capitais analisadas. Quando se considera apenas o primeiro semestre deste ano, o aumento foi de 5,93% (também o 6º maior entre as capitais do Nordeste e o 16º entre as capitais brasileiras) e, novamente acima da média nacional, que foi de 5,66% para o recorte.


Fontes ouvidas pela reportagem atribuem o cenário especialmente à escassez de imóveis na capital potiguar. É o que aponta o economista Robespierre do Ó, que cita, ainda, as taxas de juros praticadas no mercado de financiamento imobiliário como reflexos da alta em todo o País. “Em 12 meses, o Índice Geral de Preços (IGP) acumulou em 4,39% e isso significa um aumento real no preço do aluguel. E, de forma simultânea, há uma falta de imóveis em Natal, enquanto os consumidores seguem procurando moradia para locação”, avalia o economista.
Ricardo Abreu, da Abreu Imóveis, disse que o quadro verificado pelo índice FipeZAP ainda reflete as restrições do antigo Plano Diretor, que gerou escassez de imóveis na capital. “Levou-se muito tempo sem construir em Natal, porque o antigo Plano Diretor afugentou empresas que poderiam ter investido por aqui. Então, o que existe hoje é a lei da oferta e da procura – esta última, por sinal, é grande. Na Abreu são cerca de 1,5 mil ligações por mês de clientes à procura de locação”, afirma.


Segundo Moisés Marinho, diretor-secretário do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do estado (Creci-RN), os consumidores têm reclamado dos preços mais altos, embora isso não tenha impactado negativamente no setor de locação residencial. Ele aponta que a negociação é o melhor caminho para conquistar o cliente. “A depender do perfil, é necessário ajustar valores e fazer acordos. Mas, em geral, não tem havido dificuldades na locação. A gente observa que, quando um imóvel é desocupado, não leva muito tempo até que ele seja alugado novamente”, descreve Marinho.


Ele afirma que é difícil tecer um panorama dos próximos meses, mas pontua que, se não houver grandes intercorrências, os preços tenderão a ficar estabilizados na capital. “A gente visualiza uma tendência de acomodação, mas é claro que algo pode acontecer no mercado e tudo mudar rapidamente”, disse.


Os dados do Índice FipeZAP apontam que, na análise mensal, junho passado apresentou retração no preço dos aluguéis residenciais em Natal, de -0,37%. Salvador (-0,82%), Aracaju (-0,76%), Vitória (-0,17%), Maceió (-0,12%) e Brasília (-0,09%) também apresentaram variação negativa em junho. Na capital potiguar o acumulado de 12 meses com encerramento em junho foi menor do que o acumulado em igual recorte encerrado no mês anterior (no período encerrado em maio de 2025, o aumento de preços dos aluguéis residenciais foi de 12,57% na cidade). Para o economista Robespierre do Ó, o cenário futuro vai depender de como o mercado vai se comportar.


“Se os novos empreendimentos em lançamento atenderem todas as faixas de renda, a tendência é de estabilidade nos preços dos aluguéis ou até de queda, embora eu não acredite que irá ocorrer qualquer redução, porque a taxa de juros no Brasil está proibitiva depois das medidas do Banco Central para frear o consumo”, diz. Já Ricardo Abreu avalia que mudanças mais visíveis só devem ocorrer em dois anos, quando parte dos imóveis que começaram a ser construídos após a entrada em vigor do atual Plano Diretor chegará ao mercado de locação.


“A partir da atualização do Plano, várias construções foram iniciadas, mas há um tempo até que esses imóveis comecem a girar. Desse modo, os aluguéis ainda devem continuar subindo pelos próximos dois anos”, sublinha. Para o levantamento de junho, o índice FipeZAP analisou 1.671 anúncios de locação em Natal com preço médio de R$ 39,06 o metro quadrado. Os bairros com os valores mais altos, em média, foram Ponta Negra (R$ 49,5/m²), Lagoa Nova (R$ 41,0/m²) e Petrópolis (R$ 40,4 /m²).


Em todo o País o aluguel residencial registrou um aumento de 0,51% em junho de 2025, sinal de desaceleração após altas de 1,15% em abril e de 0,59% em maio. O crescimento acumulado no primeiro semestre, no entanto, foi de 5,66%, superando a inflação, que registrou 2,99% no mesmo período. O acumulado dos 12 meses (11,02%) é, do mesmo modo, superior à inflação medida pelo IPCA, de 5,35% para esse recorte.

NÚMEROS

Alta acumulada em 12 meses no preços de aluguéis residencias por capital:

Salvador (+22,68%)
Belém (+19,85%)
Porto Alegre (+18,75%)
Fortaleza (+16,84%)
Cuiabá (+15,77%)
Manaus (+14,57%)
Belo Horizonte (+13,51%)
Recife (+13,29%)
Teresina (+13,15%)
João Pessoa (+12,12%)
Natal (+11,09%)
Campo Grande (+10,85%)
São Paulo (+10,81%)
São Luís (+10,27%)
Curitiba (+10,03%)
Maceió (+9,92%)
Rio de Janeiro (+9,66%)
Goiânia (+9,65%)
Vitória (+9,31%)
Florianópolis (+9,18%)
Aracaju (+0,28%)
Brasília (-1,54%

Fonte: Índice FipeZAP

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Alex Régis

Ceará Mirim