sexta-feira, 5 de abril de 2019

Presidentes de PRB, PSD, PSDB, PP e DEM conversam com Bolsonaro sobre reforma da Previdência

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira (4), em reuniões no Palácio do Planalto, presidentes de quatro partidos: Marcos Pereira (PRB), Gilberto Kassab (PSD), Geraldo Alckmin (PSDB), Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM). 

O objetivo dos encontros foi discutir a formação de uma base aliada do governo no Congresso e buscar apoio para a reforma da Previdência, tida pela equipe econômica como uma medida essencial para reequilibrar as contas públicas do país. 

As audiências com presidentes de partidos são os primeiros compromissos oficiais de Bolsonaro depois de ter voltado, na quarta-feira, de uma visita de quatro dias a Israel. Ainda no exterior, o presidente prometeu foco na reforma da Previdência. 

O encontro foi uma abertura nas negociações entre o governo e os partidos. Mas não foi fechada questão em relação ao tema. 

Gilberto Kassab (PSD) afirmou que as reformas, como a da Previdência e a tributária, são "compatíveis" com o programa do Partido. No entanto, disse que não vai fechar questão (determinar que a bancada vote de determinada maneira). Ainda assim, elogiou o gesto de Bolsonaro de chamar os partidos para dialogar em busca de apoio para as reformas. 

Alckmin afirmou que o PSDB não recebeu convite para participar da base do governo. Segundo ele, a postura do partido é de "total independência" em relação Planalto. Segundo ele, não há nenhum tipo de troca, e o PSDB não participará do governo, nem aceitará cargos. Mas confirmou que o partido sempre apontou a necessidade da reforma da Previdência. Mas ponderou que a bancada do partido preza por justiça social, sem privilégios e com proteção aos mais pobres, e também pela responsabilidade fiscal. 

O tucano disse ainda que o PSDB defende mudanças na proposta da reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso pois não concorda com os pontos sobre o benefício de prestação continuada (BPC) e sobre a aposentadoria rural. 

ACM Neto afirmou que as "preocupações imediatas" do DEM não passam por ser ou não da base do governo de forma oficial. Segundo o prefeito de Salvador, o partido poderá avançar, no futuro, para integrar a base, mas ele não definiu um prazo. 

Em relação à reforma, ele afirmou que o fechamento de questão tem relação direta com o texto que será votado no plenário da Câmara dos Deputados.