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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Navio fantasma que 'dribla' radares é suspeito de derramar óleo em praias do NE

Análises sobre a mancha de poluição, que atinge 156 localidades de 71 municípios, já indicaram que a substância achada nas praias tem "assinatura" venezuelana, mas a origem do poluente ainda é desconhecida. 

Agora há uma suspeita de que o óleo tenha vindo de alguma embarcação entre os chamados navios fantasmas do século 21, que não são embarcações mal-assombradas, mas as que navegam sem registro oficial. Para isso, trocam de nome e até desligam o transponder. O aparelho, obrigatório em todas as embarcações, registra a localização em tempo real de cada navio. 

Os navios fantasmas costumam usar rotas menos conhecidas. Com isso, ficam mais vulneráveis a contratempos. Um eventual derramamento de óleo pode ocorrer por acidente ou pelo descarte de mercadoria irregular para evitar flagrantes. 

"O tráfico de combustível é uma das cinco atividades ilícitas mais lucrativas, atrás de drogas, armas, pessoas e animais". E a circulação de navios fantasmas petroleiros pelo Atlântico pode ser motivada justamente pelas sanções econômicas dos Estados Unidos à Venezuela, o que explica o contrabando de combustível. 

Em nota, a Marinha disse que realiza rotineiramente "patrulhas e inspeções navais", incluindo ações contra delitos ambientais. E lembra ainda que o Brasil participa de grupos de trabalho internacionais que acompanham o tráfego marítimo. 

Marinha também informou que vai notificar 30 navios após triagem sobre manchas de óleo.