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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Cientistas alertam para risco de chikungunya em áreas de mata

O vírus da chikungunya pode sair das cidades para as matas brasileiras, tornando-se silvestre e impossibilitando a erradicação da doença no país. O alerta é de cientistas dos institutos Oswaldo Cruz e Pasteur, na França, e foi divulgado nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz, no Rio. 

O processo é semelhante ao da febre amarela, doença de origem africana que se tornou endêmica no Brasil e, de tempos em tempos, espalha-se das matas para áreas urbanas.

Na pesquisa coordenada pela Fiocruz, os cientistas constataram que mosquitos silvestres, comuns na América do Sul, são capazes de transmitir o vírus da chikungunya entre três e sete dias, o que significa alto potencial de disseminação.

Hoje, tanto a chikungunya, também de origem africana, como a febre amarela são transmitidas no Brasil pelo mosquito Aedes aegypti. As duas doenças provocam febres e fortes dores pelo corpo.

Segundo o chefe do Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e coordenador do estudo, Ricardo Lourenço de Oliveira, o avanço para áreas silvestres torna o vírus mais difícil de ser enfrentado, podendo levar ao aumento no número de casos. “Esse cenário apresentaria um grave problema de saúde pública, uma vez que a infecção se tornaria mais difícil de controlar”, afirma. Nas florestas, o combate ao mosquito é impossível.

Para os cientistas, é necessário começar, o quanto antes, o monitoramento de regiões em áreas de mata.