terça-feira, 22 de julho de 2025

Moraes reforça que Bolsonaro não pode usar redes de forma direta e indireta

 


O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), publicou, nesta segunda-feira (21), um despacho em que reforça a proibição para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usar as redes sociais de forma direta ou indireta.

O esclarecimento vem após o ex-presidente cancelar uma entrevista ao portal Metrópoles, que seria transmitida no YouTube e no X.

O documento foi adicionado ao processo em que Bolsonaro responde por integrar o que seria um plano golpista contra o resultado da eleição de 2022, poucas horas após o cancelamento da entrevista. O ex-presidente também é investigado em um inquérito por obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

“A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros, imposta a Jair Messias Bolsonaro inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros, não podendo o investigado se valer desses meios para burlar a medida, sob pena de imediata revogação e decretação da prisão, nos termos do art. 312, § 1º, do CPP”, afirmou o ministro no despacho.

O portal Metrópoles informou que o cancelamento foi justificado por parte de Bolsonaro por temer ser preso em razão do descumprimento das medidas cautelares.

Medidas cautelares

Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal na última sexta-feira (18), em operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Desde então, o ex-presidente está sob uso de tornozeleira eletrônica e deverá cumprir com recolhimento domiciliar entre 19h e 7h, de segunda a sexta-feira, e em tempo integral aos finais de semana e feriados.

Ele também não pode usar as redes sociais, nem manter contato com o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos alegando buscar sanções americanas contra Moraes e o STF.

A Primeira Turma do STF já tem maioria para referendar a decisão de Moraes. O julgamento se encerra nesta segunda e falta somente o voto do ministro Luiz Fux.

Fonte: CNN

Foto: Ton Molina/STF

PT pede ao STF preventiva de Eduardo Bolsonaro

 


O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), protocolou nesta segunda-feira, 21, uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a reavaliação de medidas cautelares contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), incluindo a possibilidade de decretação de prisão preventiva do filho do ex-presidente da República.

O parlamentar é investigado no Inquérito 4995, que apura ataques às instituições democráticas por meio de atuação do deputado federal nos Estados Unidos.

Na petição, Lindbergh argumenta que uma transmissão ao vivo feita por Eduardo Bolsonaro no dia 20 de julho representa “grave violação à autoridade da jurisdição” e constitui ameaça direta a agentes da Polícia Federal que participaram de diligências autorizadas pelo STF na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Durante a live, o deputado do PL declarou: “Vai lá, coleguinha, cachorrinho da Polícia Federal… se eu ficar sabendo quem é você, eu vou me mexer aqui”. A fala foi classificada por Lindbergh como “covarde tentativa de intimidação” pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que afirmou que o episódio será formalmente comunicado ao Supremo.

Para o líder petista, a conduta de Eduardo Bolsonaro se insere em um padrão de “reiteradas tentativas de sabotar a persecução penal”, caracterizando crimes como coação no curso do processo e obstrução de justiça. “A mera tentativa de restringir, por meio de ameaça, a atuação de agentes da lei já consuma o delito”, sustenta.

O documento também destaca que a intimidação a servidores públicos não deve ser tratada como simples expressão de opinião, sobretudo quando parte de um agente político. “Não se trata de episódio isolado”, afirma Lindbergh. “Eduardo Bolsonaro permanece em campanha internacional contra o sistema de justiça brasileiro, com apoio de autoridades estrangeiras e discurso de viés golpista.”

Com base no artigo 312 do Código de Processo Penal, o deputado petista defende que o STF considere o episódio como novo elemento para justificar medidas mais severas, como a prisão preventiva, com o objetivo de preservar a instrução criminal e garantir a aplicação da lei penal. Também solicita a oitiva do parlamentar sobre o caso e que o Ministério Público Federal seja notificado para eventual denúncia complementar.


Fonte: O Antagonista

Foto: Reprodução 

Rogério Marinho defende a liberdade e é contra o arbítrio do STF no País



 “O ministro do STF, Alexandre de Moraes adotou medidas restritivas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), proibindo o maior líder político do país de usar suas redes sociais. Hoje (21/07), o arbítrio se agrava e Bolsonaro é impedido de dar entrevistas. Não querem somente calá-lo, querem sua morte civil”, reagiu, em nota, o líder da Oposição no Senador, Rogério Marinho (PL-RN), às cautelares impostas o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Alexandre de Moraes, do STF, proferiu um despacho em que reforça a proibição, válida desde a semana passada, de que Jair Bolsonaro use as redes sociais (diretamente ou por intermédio de terceiros). O ex-presidente cancelou, hoje mais cedo, uma entrevista que concederia ao portal Metrópoles, após sua defesa questionar o veículo de comunicação se havia risco de desrespeito à ordem de Moraes, uma vez que as declarações seriam transmitidas via Youtube e X (antigo Twitter).

No despacho relativo ao tema, Moraes afirmou que o veto à presença de Bolsonaro nas redes “inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas das redes sociais de terceiros”. O magistrado ainda completou que não seria cabível “o investigado se valer desses meios para burlar a medida”.

“A democracia não sobrevive sem liberdade de expressão. Tentar calar quem pensa diferente é sinal claro de fraqueza de quem está no poder e não aceita o contraditório. A censura prévia, o arbítrio e a perseguição não são instrumentos de justiça, mas de intimidação, matando o livre direito de opinião. É detestável e um grande retrocesso”, comentou o senador potiguar.

Rogério Marinho disse ainda que “não se combate o discurso com censura, mas com argumentos. Quem teme o debate é porque sabe que não tem o povo ao seu lado. Repudiamos essa tentativa de silenciar a maior liderança política do Brasil e, com ela, milhões de brasileiros. Chegou a hora do fim da omissão de uma maioria no Senado, para que o Congresso possa exercer seu papel e apurar cada excesso cometido pelo poder judiciário. É hora também de voltarmos às ruas e demonstrar nossa indignação”.


Leia a nota na íntegra:


“Em Defesa da Liberdade e Contra o Arbítrio


Em 18/07, o Ministro Alexandre de Moraes adotou medidas restritivas contra o presidente @jairbolsonaro, proibindo o maior líder político do país de usar suas redes sociais.

Hoje, 21/07, o arbítrio se agrava e Bolsonaro é impedido de dar entrevistas. Não querem somente calá-lo, querem sua morte civil.

A democracia não sobrevive sem liberdade de expressão. Tentar calar quem pensa diferente é sinal claro de fraqueza de quem está no poder e não aceita o contraditório. A censura prévia, o arbítrio e a perseguição não são instrumentos de justiça, mas de intimidação, matando o livre direito de opinião. É detestável e um grande retrocesso.

Não se combate o discurso com censura, mas com argumentos. Quem teme o debate é porque sabe que não tem o povo ao seu lado. Repudiamos essa tentativa de silenciar a maior liderança política do Brasil e, com ela, milhões de brasileiros.

Chegou a hora do fim da omissão de uma maioria no Senado, para que o Congresso possa exercer seu papel e apurar cada excesso cometido pelo poder judiciário!

É hora também de voltarmos às ruas e demonstrar nossa indignação.“


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: Edilson Rodrigues-Agência Senado

IOF mais alto encarece viagens internacionais e compras no exterior

 


A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que restabeleceu as alíquotas mais altas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) deve impactar diretamente o bolso dos brasileiros que viajam ou fazem compras no exterior. A medida, que unifica em 3,5% a cobrança do imposto sobre operações de câmbio com cartões de crédito, débito, cartões pré-pagos e compras de moeda em espécie, foi retomada após o ministro Alexandre de Moraes derrubar a decisão do Congresso que havia revogado esse aumento. A expectativa da Fazenda é recuperar R$ 450 milhões em 2025 e evitar perdas de R$ 3,5 bilhões em 2026.

Segundo o economista Helder Cavalcanti Vieira, o objetivo do governo ao insistir no restabelecimento das alíquotas mais altas está diretamente ligado à arrecadação e ao equilíbrio das contas públicas. “O aumento das alíquotas do IOF em operações de câmbio e crédito visa aumentar a arrecadação do governo e, consequentemente, equilibrar as contas públicas, especialmente em relação à meta fiscal. Essa medida pode reduzir o consumo externo, impactando o fluxo das viagens internacionais e as compras online e, potencialmente, gerar efeitos inflacionários na economia”, explica.

A cobrança unificada de 3,5% também afeta outras operações, como remessas ao exterior, empréstimos externos de curto prazo, cheques de viagem e compra de moeda em espécie. A Receita Federal informou que retomou a cobrança na última quinta-feira (17), com possibilidade de avaliar casos retroativos ao período entre 11 de junho e a data de publicação da nova decisão.

Para o consumidor, especialmente aquele que costuma viajar ao exterior ou realizar compras em sites internacionais, o impacto é imediato. “O aumento do IOF encarece operações de câmbio, como compra de moeda estrangeira e uso de cartões de crédito no exterior, tornando viagens internacionais e compras online mais caras. Essa medida pode desestimular o consumo externo e influenciar o comportamento dos brasileiros em relação ao gasto em viagens e compras internacionais, gerando desemprego e fuga de investimentos no segmento de turismo”, afirma Helder Cavalcanti Vieira.

A medida também altera as condições de crédito para empresas. O IOF volta a subir para até 3,38% ao ano nas operações com pessoas jurídicas em geral, e para 1,95% ao ano para empresas do Simples Nacional. Além disso, os aportes mensais em planos de previdência do tipo VGBL passam a ter alíquota de 5% para contribuições acima de R$ 300 mil anuais até 2025 e acima de R$ 600 mil a partir de 2026. A Receita também retomará a cobrança sobre a compra de cotas primárias de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que passa a ter alíquota de 0,38%.

O IOF é um imposto federal que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos. Justamente por estar presente em diferentes tipos de transações, a arrecadação desse tributo é frequentemente utilizada como um indicativo da atividade econômica no País. Helder aponta, no entanto, que essa leitura deve ser feita com prudência. “A arrecadação do IOF pode ser usada como um termômetro da atividade econômica, mas é preciso cautela na interpretação. Em períodos de recessão, o governo pode reduzir o IOF para estimular o crédito e a atividade econômica, enquanto em momentos de crescimento, pode aumentar para controlar a demanda. No entanto, o IOF não é o único indicador e deve ser analisado em conjunto com outros dados e mensurações que o mercado sinaliza”, pondera.

O imposto sobre operações de câmbio e crédito, por sua própria natureza, influencia diretamente o custo de transações com o exterior, afetando tanto o consumo de pessoas físicas quanto os investimentos de empresas. A elevação das alíquotas pode gerar efeitos indiretos no comportamento dos preços de produtos e serviços ligados à moeda estrangeira, o que pode se refletir na inflação.

“O aumento do IOF pode ter um efeito inflacionário indireto, pois encarece produtos e serviços que dependem de importações ou são indexados à moeda estrangeira, bem como as empresas que trabalham com passagens aéreas e hospedagens no exterior. Esse aumento de custos pode ser repassado para os consumidores, contribuindo para a alta dos preços e reduzindo as demandas deste mercado”, completa o economista Helder Cavalcanti Vieira.


Fonte: Tribuna do Norte 

Foto: Alex Régis

Prefeitura do Natal apresenta balanço dos 200 dias de gestão em reunião com secretariado


 A Prefeitura do Natal reuniu, nesta segunda-feira (21), todo o secretariado municipal para apresentar um balanço dos 200 dias de gestão. O encontro, marcado pela união entre as pastas e pelo alinhamento de ações, aconteceu no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão e destacou os avanços conquistados em diversas áreas da administração pública. A sessão foi realizada no contexto da centésima reunião das Câmaras Temáticas, momento simbólico que reforça o compromisso da atual gestão com planejamento, transparência e resultados concretos.

O prefeito Paulinho Freire abriu o encontro ressaltando a presença do trabalho da Prefeitura em todas as regiões da cidade. “Nestes 200 dias, mostramos que é possível fazer diferente. Natal vive um tempo de trabalho presente em cada região e na vida das pessoas. A cidade avança com compromisso, responsabilidade e foco no que realmente importa. Com planejamento e ação, Natal segue no rumo certo, olhando pra frente, cuidando da cidade e dos seus cidadãos”, afirmou.

Coube ao secretário de Governo, Sérgio Freire, apresentar o resumo das principais realizações das secretarias. “Inicialmente, o que eu quero dizer é que esta é a reunião de número 100 das Câmaras Temáticas. Nessa sessão, que marca 200 dias de gestão, apresentamos um resumo das principais ações de todas as secretarias municipais e fizemos de forma resumida, pois sabemos que cada pasta tem muitas entregas”, destacou.

A secretária de Comunicação, Cristina Vidal, destacou a relevância da divulgação institucional como ferramenta estratégica para ampliar a visibilidade das ações da gestão municipal e reforçar sua conexão com a população. “Os números positivos apresentados pelas secretarias refletem o trabalho integrado da administração. É fundamental darmos visibilidade ao que está sendo realizado. Há muitas entregas importantes acontecendo, e é nosso papel comunicar isso com clareza e responsabilidade”, afirmou.

Nos 200 primeiros dias de gestão, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA) realizou importantes ações de manutenção urbana, com destaque para a desobstrução e o monitoramento robotizado da rede de drenagem, alcançando mais de 180 km verificados e a retirada de 14 mil toneladas de resíduos. Além disso, promoveu a limpeza de 17 lagoas de captação, muitas delas há anos sem manutenção adequada.

A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) também apresentou avanços expressivos, com a implantação de 1.870 metros de binários, 28 ações para abertura de canteiros com foco em acessibilidade, a finalização de seis projetos do PAC 2024, além da instalação de 925 placas de sinalização, 2.270 metros de alamedas e 240 m² de calçadas acessíveis.

Na Assistência Social, a titular Nina Souza destacou a atualização dos dados de mais de 35mil usuários do Cadastro Único, com mutirões e a nova Central no bairro do Alecrim, entre outras ações. “Estamos cuidando das pessoas. Através do Banco de Alimentos, do recorde de arrecadação para os Fundos Municipais do Idoso e da Criança e do Adolescente por meio da campanha Restituição Solidária, além da otimização de processos que ampliam nossa atuação”, pontuou.

Na cultura, a Funcarte impulsionou o calendário de eventos com resultados expressivos. O Carnaval de 2025 reuniu cerca de 590 mil pessoas e movimentou R$ 196 milhões, um crescimento de mais de 34% em relação ao ano anterior. Já os festejos juninos superaram expectativas, com público estimado em 938 mil pessoas e movimentação econômica de R$ 188 milhões, crescimento superior a 400% em comparação a 2023.

As Secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social, Serviços Urbanos, Turismo, Finanças, Meio Ambiente, Segurança Pública, Planejamento, Empreendedorismo e inovação, Segurança, Esportes desenvolveram projetos e iniciativas que reforçam o compromisso da gestão com uma cidade mais eficiente, humana e conectada às necessidades da população. O trabalho conjunto de todas as áreas tem sido essencial para garantir resultados concretos e visíveis em todas as regiões de Natal.

Com 200 dias de gestão, a Prefeitura do Natal reafirma seu compromisso com uma administração moderna, integrada e focada em resultados. O balanço apresentado mostra que, com planejamento e trabalho conjunto, é possível promover mudanças reais e atender às necessidades da população de forma eficiente e transparente.


segunda-feira, 21 de julho de 2025

PESQUISA CONSULT/SANTA CRUZ/GOVERNO DO RN/ ESTIMULADA: Rogério Marinho lidera com 23,6%, Allyson tem 10,4% e Walter Alves 6,4%

 


Pesquisa realizada pelo instituto Consult na cidade de Santa Cruz perguntou aos eleitores em quem eles votariam para o Governo do RN se as eleições fossem hoje.

Rogério Marinho foi o mais citado, com 23,6%, seguido por Allyson Bezerra com 10,4%, Walter Alves com 6,4%, Álvaro Dias com 6%, Ezequiel Ferreira com 4% e Cadú Xavier com 3,2%.

13%,8% não votaria em nenhum e 32% não souberam dizer.

A pesquisa foi realizada no dia 9 de julho e ouviu 500 entrevistados. A margem de erro é de 4,3% e a confiabilidade é de 95%

Fonte: Blog do BG 

Foto: Reprodução


Pendrive achado em banheiro de Bolsonaro tem conteúdo irrelevante, diz PF

 


A perícia realizada no pen drive encontrado no banheiro da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, concluiu que o dispositivo não contém informações úteis para o inquérito que investiga possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito. A informação foi revelada pelo jornalista César Tralli, da TV Globo e GloboNews, nesta segunda-feira (21).

O pen drive havia sido apreendido na última sexta-feira (18) durante operação da Polícia Federal autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação que apura se Jair Bolsonaro e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atuaram para coagir instituições brasileiras e influenciar o presidente americano Donald Trump a interferir no julgamento do ex-presidente.

Em conversa com jornalistas em Brasília na sexta, Bolsonaro negou ter conhecimento sobre o dispositivo. “Uma pessoa pediu para ir ao banheiro e voltou com um pen drive na mão”, declarou Bolsonaro. “Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso.”

Ainda na sexta, a CNN informou que a perícia do aparelho já havia sido concluída na sede do Instituto Nacional de Criminalística da PF, e que o laudo, ainda sob sigilo, seria encaminhado para o responsável pela investigação nesta segunda.

Além do pen drive, também foram apreendidos US$ 14 mil em espécie, R$ 8 mil e uma cópia impressa de uma ação protocolada nos Estados Unidos pela plataforma de vídeos Rumble contra Moraes, alegando censura judicial.

Fonte: InfoMoney

Foto: Reprodução 

Restrições de Moraes dificultam até ida de Bolsonaro a hospitais

 


A ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de proibir Jair Bolsonaro (PL) de chegar a até 200 metros de qualquer embaixada e consulado de outros países dificulta a ida do ex-presidente a quase todos os lugares de Brasília, até mesmo hospitais.

Isso porque a capital federal é repleta de representações diplomáticas. Há hoje 132 locais desse tipo, segundo o governo local –sendo quase todos na área central.

Caso precise se deslocar de sua casa (no bairro Jardim Botânico) até um hospital ou centro clínico, Bolsonaro terá de traçar uma rota complexa para não correr o risco de ser preso por descumprir a determinação do Supremo. No caso de uma emergência, esse cenário se torna mais difícil e o tempo, mais escasso.

O Lago Sul, uma das regiões mais nobres de Brasília, é perto de onde o ex-presidente mora. Lá há 2 hospitais mais relevantes: o Daher e o Hospital Brasília. Todos ficam muito próximos de embaixadas (há dezenas na região). Bolsonaro ou o motorista que fosse o levar teria de fazer um malabarismo para passar longe desses locais.

Nos últimos anos, o ex-presidente tem convivido com uma série de problemas de saúde –muitos decorrentes da facada que levou durante a campanha presidencial de 2018.

Desde o episódio, Bolsonaro já realizou 10 cirurgias, sendo 7 diretamente relacionadas ao ocorrido em Juiz de Fora (MG). A última foi em abril deste ano, realizada no hospital DF Star, em Brasília. Ele ficou internado por 22 dias.

Bolsonaro costuma frequentar o hospital DF Star quando apresenta um quadro mais grave e está na capital federal. Em 2025, foram ao menos duas internações no hospital:

abril a maio – internação de 22 dias e realização de cirurgia;
junho – internado para bateria de exames depois de passar mal em visita a frigorífico em Goiás.

Da casa de Bolsonaro até o DF Star são cerca de 20 minutos de carro, segundo o Google Maps. É possível chegar até lá fazendo desvios pontuais de algumas embaixadas.

A situação para o ex-presidente se complica caso ele queira ir aos hospitais que ficam no Lago Sul, mais próximo a sua casa –como mostra o quadro acima.


Fonte: Poder 360

Foto: Wilton Junior/Estadão

EDITORIAL: O empobrecimento brasileiro


 Reportagem publicada pelo jornal Valor neste mês expõe com clareza quem paga o custo das decisões erradas que o País insiste em tomar há décadas. Em 45 anos, o Brasil regrediu da 48.ª para a 87.ª posição no ranking de PIB per capita em paridade de poder de compra (PPC) do Fundo Monetário Internacional (FMI), aproximando-se perigosamente da metade mais pobre do mundo.

Em termos absolutos, esse indicador até aumentou no período, de US$ 13,7 mil em 1980 para US$ 19,6 mil em 2024. Em conjunto, no entanto, o mundo avançou mais, o que explica a piora na posição relativa brasileira. Em poucas palavras, o indicador mostra que o País, ao longo desse período, cresceu menos que seus pares, enquanto o custo de vida da população subiu mais que a média das nações pesquisadas.

O pior é que, até 2030, a estimativa do FMI é que caiamos ainda mais, para o 89.º lugar. Antes fosse apenas mau agouro. A combinação entre crescimento baixo, poupança reduzida, investimento pífio, produtividade estagnada, mão de obra desqualificada e inflação elevada não poderia gerar resultados diferentes. Se o País seguir na mesma rota em que está há tantos anos, a tendência, de fato, é que essa degradação se acentue no futuro, afastando o Brasil não só dos mais desenvolvidos, mas também das economias emergentes.

Para quem duvida das previsões do FMI, o desempenho econômico do País nos últimos anos é ilustrativo. Ao longo de dez anos, o indicador despencou até 2016, quando o Brasil teve uma recessão; recuperou-se lentamente até 2019; caiu em 2020, ano da pandemia de covid-19; e voltou a subir aos poucos desde então. Assim, o PIB per capita em paridade de poder de compra em 2024 foi de US$ 19.594, praticamente o mesmo de 2013, quando estava em US$ 19.169. A diferença é que, em 2013, estávamos na 79.ª posição e, agora, na 87.ª.

É triste, mas previsível, pois o Brasil parece que não aprende. Há anos se sabe que o crescimento econômico não depende de subsídios para setores ineficientes, mas de investimentos privados em áreas nas quais o País tenha vocação. A História prova que a abertura de mercados reduz o custo de produção e favorece a integração de cadeias produtivas, mas o País prefere a proteção e o isolamento comercial.

Gastos públicos em excesso são um motor para a inflação, pois corrói o poder de compra da população e exige aumento da carga tributária, o que reduz a competitividade da economia brasileira. Ademais, resultam em taxas de juros elevadas, o que inviabiliza o custo de financiamentos para aquisição de bens e para a ampliação da infraestrutura. Educação de baixa qualidade, por seu lado, cria um exército de informais sem capacidade para ocupar postos de trabalho com remuneração mais elevada e que, no futuro, dependerão de políticas de assistência social para sobreviver.

Em vez de reformas estruturais para ampliar o crescimento potencial do PIB, o País aposta em puxadinhos. Favorece empresários e setores próximos do poder, impõe barreiras às importações, aposta na elevação da arrecadação, cria linhas de crédito direcionado que distorcem os juros do restante do mercado, usa as estatais como um orçamento paralelo para induzir o desenvolvimento, patina na melhoria da educação básica e deixa estudantes se iludirem com promessas de empregabilidade em cursos a distância.

Mas governo, Congresso e Judiciário parecem bastante satisfeitos com esse desempenho medíocre. Para eles, esse Brasil à deriva não existe. No Executivo, no entanto, Lula da Silva só pensa em lançar programas que possam recuperar sua popularidade até a eleição. No Legislativo, os parlamentares só querem que suas emendas sejam quitadas. E nos tribunais, sempre há espaço para um pagamento retroativo e para um novo penduricalho, tudo com isenção de impostos.

A maioria da população percebe que o dinheiro já não compra o que comprava no passado e sabe que não tem alternativa a não ser se adaptar à realidade. Mas nenhum dos Três Poderes está disposto a rever despesas e contribuir com o futuro do País em nome do interesse público. A posição do Brasil no ranking do FMI é reflexo dessas escolhas.


Fonte: Estadão

Foto: Tânia Rêgo 

MST inicia campanha nacional para cobrar reforma agrária de Lula

 


O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) lançou nesta 2ª feira (21.jul.2025) uma campanha nacional com o questionamento “Lula, cadê a reforma agrária?”. A iniciativa busca cobrar ações concretas para implementação da reforma agrária no Brasil.

A campanha marca uma mudança estratégica do movimento, que agora pretende dialogar diretamente com o presidente, sem intermediários. O MST, que apoiou a eleição de Lula em 2022, tem manifestado insatisfação com a condução da política agrária desde o início da atual gestão federal.

Na carta divulgada pelo movimento, o MST estabelece conexões entre a defesa da soberania nacional e a questão da soberania alimentar brasileira. “A ameaça à nossa soberania popular e nacional também tem vindo de dentro do próprio país, com a subordinação da nossa agricultura às empresas transnacionais e com as ações do Poder Legislativo, representante dos interesses do agronegócio e da mineração”, afirma o documento.

O movimento defende que “a reforma agrária é um instrumento de defesa das terras do país, em contraposição ao agronegócio entreguista, golpista, saqueador e antipatriótico” e sustenta que “soberania nacional só é possível com soberania alimentar”.

Dados divulgados pelo MST indicam a existência de mais de 122 mil famílias acampadas no Brasil. O movimento também aponta que aproximadamente 400 mil famílias já assentadas aguardam políticas públicas para melhorar a produção de alimentos e desenvolver seus lotes.

A organização critica a lentidão no processo de reforma agrária e o congelamento de recursos destinados à agricultura familiar e à aquisição de alimentos. O MST também se posiciona contra projetos legislativos que considera prejudiciais à reforma agrária e ao meio ambiente.

Na carta, o movimento critica o projeto de lei que flexibiliza regras de licenciamento ambiental, já aprovado pelo Congresso e aguardando decisão presidencial. Também se opõe à proposta que tramita na Câmara dos Deputados permitindo ação policial sem ordem judicial em ocupações rurais e urbanas.

“Após mais de 3 anos de governo Lula, a reforma agrária continua paralisada —e as famílias acampadas e assentadas se perguntam: Lula, cadê a reforma agrária?”, questiona o movimento em seu comunicado.

O MST tem solicitado a substituição do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a quem responsabiliza pela atual situação da reforma agrária no país. Também critica a manutenção de uma instrução normativa do governo Bolsonaro que facilita a mineração e grandes obras em áreas de assentamentos rurais.


Fonte: Poder360

Foto: Reprodução 

Ceará Mirim