terça-feira, 12 de março de 2019

Servidores pressionam Congresso para barrar reforma da Previdência

Fortemente atingidos pela proposta da reforma previdenciária enviada pelo governo ao Congresso, os servidores públicos preparam um lobby poderoso para defender a manutenção daquilo que o próprio ministro da Fazenda, Paulo Guedes, classificou de “privilégios”. 

Além de fazer pressão diretamente nos parlamentares que vão votar o projeto, as categorias também elaboram um plano de ação com ramificações nas bases eleitorais dos deputados, com o objetivo de desestabilizar a base aliada do governo no Congresso Nacional. 

As entidades que representam os servidores já estão procurando ministros, autoridades e lideranças no Congresso para tentar emplacar flexibilizações no texto. 

As novas regras propostas pelo governo para os servidores públicos endurecem o caminho para a aposentadoria. Eles terão, por exemplo, que atingir a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. 

Além disso, as alíquotas pagas pelos servidores para a aposentadoria seguirão uma escala, a depender do salário. Começam em 7,5%, para quem ganha até um salário mínimo e podem chegar a 22%, para quem ganha mais de R$ 39 mil (o teto salarial do serviço público é R$ 39,2 mil, mas há servidores que extrapolam esse limite). 

Os servidores querem evitar essas mudanças a todo custo.