Jovem de 17 anos apresenta na COP30 plataforma de inteligência artificial voltada à proteção ambiental
Aos 17 anos, a brasileira Catharina Rapchan surpreende o mundo ao liderar um projeto que une inovação tecnológica e preservação ambiental. À frente do Aruanã.AI, ela propõe uma nova forma de pensar a relação entre inteligência artificial e natureza, transformando dados em ações concretas de proteção aos ecossistemas.
Durante a COP30, em Belém, o projeto chamou a atenção por sua abordagem inovadora, que combina IA, blockchain e infraestrutura sustentável para monitorar e preservar o meio ambiente. Inspirada pela necessidade urgente de proteger os biomas brasileiros, Catharina defende que tecnologia e empatia humana podem coexistir para o bem do planeta.
“Eu queria mostrar que a tecnologia não precisa competir com a natureza. Ela pode ouvir, aprender e agir para protegê-la”, afirmou a jovem durante o evento.
Inteligência artificial com propósito
No centro do Aruanã.AI está uma rede de monitoramento inteligente equipada com câmeras, microfones e sensores ambientais. O sistema é capaz de detectar e interpretar padrões da natureza, identificando sons de motosserras, sinais de incêndio, presença de animais silvestres e até atividades ilegais em áreas de preservação.
Esses dados são processados em data centers eficientes e sustentáveis, alimentados por energia renovável e projetados para operar com baixo consumo e alto desempenho. Diferente dos modelos convencionais, a arquitetura do Aruanã.AI é descentralizada: cada unidade de processamento é autônoma e pode funcionar mesmo em regiões remotas, garantindo proteção contínua ao meio ambiente.
O projeto utiliza a tecnologia blockchain para registrar e autenticar cada dado coletado, assegurando transparência, rastreabilidade e combate à desinformação ambiental. Além disso, o sistema incorpora um modelo de incentivo por tokens digitais, que recompensa cidadãos e comunidades que contribuem com informações ou ações de monitoramento.
Essa metodologia transforma a sustentabilidade em uma economia colaborativa de cuidado, aproximando pessoas, instituições e governos da causa ambiental.
Educação e impacto social
Catharina reforça que sustentabilidade não é apenas um desafio técnico, mas também humano.
“O Aruanã.AI nasceu com base em princípios ESG e na participação comunitária. A tecnologia sozinha não vai salvar o planeta; precisamos das pessoas acreditando que fazem parte de algo maior”, explica.
Em parceria com escolas, universidades e administrações locais, o projeto promove educação e conscientização ambiental. Uma das iniciativas, o Aruanã Echo, utiliza dispositivos de escuta em florestas para identificar ruídos atípicos e alertar equipes de campo em tempo real, acionando drones ou satélites para verificação.
Muitos visitantes da COP30 se surpreenderam ao descobrir que a idealizadora do Aruanã.AI ainda cursa o ensino médio. Com maturidade e clareza, Catharina expressa a visão de uma geração que une inovação e empatia para construir um futuro sustentável.
“Vejo a tecnologia como uma linguagem”, resume. “E quero que seja uma linguagem que a natureza entenda.”
Sobre o Aruanã.AI
O Aruanã.AI é uma plataforma de inteligência ambiental que integra IA, blockchain e datacenters sustentáveis para monitorar e proteger ecossistemas naturais. Desenvolvido dentro do ecossistema LocalDC, o sistema atua em zonas costeiras, florestais e urbanas, analisando dados visuais, sonoros e ambientais para gerar informações estratégicas aplicáveis à segurança pública, biodiversidade e políticas ESG.
