Arquivos de Epstein explodem na web e citam Lula em suposta ligação nunca reconhecida pelo Planalto
O Palácio do Planalto negou que o presidente Lula tenha participado de uma ligação telefônica com Jeffrey Epstein, empresário acusado de tráfico sexual nos Estados Unidos e morto na prisão em 2019. A menção surgiu após a divulgação de arquivos do caso pelo Congresso americano.
Em um email datado de 21 de setembro de 2018, Epstein afirmou ter falado com Lula por meio de uma chamada feita pelo escritor norte-americano Noam Chomsky, que visitava o então preso na sede da Polícia Federal em Curitiba. O registro não identifica o destinatário da mensagem.
Chomsky esteve com Lula um dia antes do envio do email, conforme registros públicos da época. Na mensagem, Epstein escreveu que o escritor “lhe ligou com Lula, da prisão”, seguido da expressão “que mundo”. Em outro ponto dos arquivos, o empresário comentou sobre Jair Bolsonaro, escrevendo que “é o cara”.
Governo nega ligação
O Planalto refutou qualquer possibilidade de conversa entre Lula, Epstein e Chomsky. Em nota enviada ao UOL, a Secretaria de Comunicação Social afirmou que “a informação não procede” e que a ligação citada por Epstein “nunca aconteceu”.
A divulgação faz parte de um pacote de cerca de 20 mil arquivos tornados públicos por deputados democratas nos Estados Unidos nesta semana, material entregue ao Congresso como parte da investigação sobre a rede de exploração sexual atribuída ao empresário.
Epstein acumulava denúncias desde 2008, quando foi acusado de abusar de uma adolescente de 14 anos em sua mansão. Em 2019, voltou a ser preso, desta vez sob suspeita de traficar e explorar dezenas de meninas. Morreu na cadeia aos 66 anos, em circunstâncias descritas oficialmente como suicídio.

Email de Epstein cita ligação com Lula em 2018 – Imagem: Reprodução UOL
Citações a Trump também aparecem
Além de mencionar Lula, os documentos incluem referências ao então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo os registros, Epstein escreveu que Trump “sabia sobre as meninas” e que chegou a passar “horas” em sua casa acompanhado de uma suposta vítima de tráfico sexual, cujo nome não foi revelado nos documentos.
Os arquivos seguem repercutindo no cenário político internacional, reacendendo debates sobre a influência e o alcance da rede de relacionamentos construída por Epstein ao longo de décadas.
Fonte: Bnews Natal
Foto: Reprodução/Imagem ilustrativa gerada por IA
