sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Escritório da mulher e filhos de Alexandre de Moraes assinou contrato milionário com o Banco Master; veja detalhes

Postado em 9 de dezembro de 2025
Política

O contrato do escritório de advocacia da mulher do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o Banco Master totaliza R$ 129 milhões. O montante pago em 36 meses, a partir do início de 2024. Ou seja, previsão de R$ 3,6 milhões por mês ao escritório Barci de Moraes Advogados.

O escritório é comandado por Viviane Barci de Moraes, mulher de Alexandre de Moraes, e dois dos três filhos do ministro também trabalham lá. Uma cópia digitalizada do contrato entre o banco e o escritório de advocacia foi apreendida no celular do dono do Master, Daniel Vorcaro. Durante a Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal.

As informações sobre o contrato foram reveladas pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Segundo ela, o contrato não tinha como objeto a atuação em uma causa específica do banco, mas sim a representação em vários temas, conforme a necessidade.

Em setembro, a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, mostrou que a família do ministro Alexandre de Moraes adquiriu uma mansão de 725 metros quadrados no Lago Sul, um dos bairros mais valorizados de Brasília. O imóvel custou R$ 12 milhões e foi pago à vista.

Outras ligações do Master

O caso do Banco Master está no STFO ministro Dias Toffoli é o relator do processo e já decretou sigilo máximo às investigações contra executivos da instituição. Detalhe é que antes dessa decisão, Toffoli viajou em um jatinho particular do para assistir a final da Libertadores, em Lima, ao lado de um advogado que representa um dos empresários do Master.

A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim e confirmada pela CBN. O jatinho é do empresário Luiz Osvaldo Pastore, e dentro também estava o advogado Augusto Arruda Botelho – ele defende o diretor de compliance do Master, Luiz Antônio Bull.

Um dia antes da final, Toffoli foi sorteado relator do caso, ou seja, já sabia que comandaria o caso do Master antes da viagem. Dias após o voo, o ministro decretou sigilo máximo sobre o processo além de puxar todas as novas decisões pro STF – retirando a competência da justiça federal. A alegação é que há citações ao deputado federal João Carlos Bacelar, do PL, que tem foro privilegiado.

O cliente de Botelho, o empresário Luiz Antonio Bull, foi solto por uma decisão da justiça federal assim que o processo foi parar no STF. A justiça revogou a prisão ele e de Daniel Vorcaro. Os dois estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica.

O ministro Dias Toffoli disse a colegas que é amigo de Pastore há anos e que o processo de Daniel Vorcaro e outros executivos do Master sequer tinham chegado a ele quando a viagem foi feita. Além disso, garantiu que não conversou sobre o processo no voo.

Fonte: Bnews Natal

Foto: Reprodução/Bnews Natal