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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Líder do PSL na Câmara diz que vai implodir o presidente, mas depois recua

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), afirmou durante uma reunião interna da ala ligada ao presidente do partido, Luciano Bivar (PE), que iria “implodir” o presidente Jair Bolsonaro. O áudio do encontro foi gravado escondido, pelo deputado federal Daniel Silveira PSL/RJ) que agiu como infiltrado no grupo, ação combinada com o deputado Eduardo Bolsonaro. 

Na gravação feita por Daniel Silveira o mesmo que quebrou a placa com o nome de Mariele Franco, durante as eleições de 2018, o líder do PSL afirmou: “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo”, afirmou Waldir. Logo em seguida, alguém não identificado o alerta: “Cuidado com isso, Waldir.” 

Na reunião, ocorrida no fim da tarde no gabinete da liderança do PSL na Câmara, deputados relataram que estavam sendo pressionados por Bolsonaro a assinar uma lista para destituir Waldir e apoiar o nome de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como líder da bancada. 
Dois parlamentares relataram ter recebido os pedidos em reunião com o próprio presidente no Palácio do Planalto. “Os meninos chegaram lá e o presidente disse: ‘Assina se não é meu inimigo’”. “Eu não consegui não assinar”, respondeu o deputado Luiz Lima (PSL-RJ). O deputado Loester Trutis (PSL-MS) também diz ter sido pressionado. 

Bolsonaro foi gravado por alguns parlamentares solicitando apoio ao nome do filho. Ontem, 17, o presidente afirmou considerar uma “desonestidade” a divulgação da conversa e sugeriu ter sido “grampeado”. “Eu não trato publicamente deste assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade”, afirmou. “Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de jornalista? Eu converso com os deputados.” 

Já a gravação feita pelo deputado Daniel Silveira na reunião da bancada do PSL foi admitida por ele próprio. O parlamentar justificou que fez isso para “blindar” Bolsonaro na guerra declarada contra o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE). “Era uma estratégia pensada. Eu, Carlos Jordy (PSL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF). Todo o grupo do Jair para gente poder blindar o presidente”, afirmou Silveira. 

Lá, eles iniciaram o plano de se infiltrar no grupo de parlamentares ligados a Bivar. “bolsonaristas” e “bivaristas” travam uma disputa dentro do partido. E na guerra pela liderança na Câmara, os aliados de Bivar venceram a batalha e conseguiram manter Waldir no posto, enquanto a ala ligada ao presidente perdeu a indicação de Eduardo Bolsonaro como líder. 

O líder Waldir chamou de “Judas” o deputado Daniel Silveira, que o gravou a fala dele para levar ao presidente. 

Ele disse que vai avaliar se houve quebra de decoro por parte de Silveira. 

Sobre sua fala em relação ao presidente Jair Bolsonaro, o deputado delegado Waldir baixou o tom e negou que tenha alguma carta na manga para "implodir" o presidente. "Nada. É uma fala de emoção".